O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao
Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (23) a abertura de uma
investigação contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro, pastores,
servidores e os prefeitos envolvidos no esquema do gabinete paralelo do MEC.
O pedido tem como base representações de parlamentares a
partir de uma série de reportagens dos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de
S. Paulo que revelou a atuação dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura na
captura do ministério. O Estadão revelou que houve até mesmo pedido de propina
em dinheiro e ouro para prefeitos em troca de recursos para a construção de
creches e escolas públicas nos municípios.
Logo após as revelações, subprocuradores-gerais se
movimentaram para encaminhar representações a Aras contra o ministro da
Educação, mas a iniciativa foi abandonada na medida em que parlamentares
recorreram à Justiça para cobrar respostas ao gabinete paralelo. A avaliação
dos integrantes da Procuradoria-Geral da República (PGR) é de que a maior parte
das denúncias deverá ser analisada pela primeira instância no Distrito Federal,
sobretudo as acusações de improbidade.
Na última terça-feira (22), diversos parlamentares de
oposição acionaram a PGR e outras instâncias do Ministério Público (MP), como a
Procuradoria da República no Distrito Federal, para cobrar investigações que
levem à responsabilização dos pastores, do ministro da Educação e do presidente
Jair Bolsonaro (PL), tido como o responsável por abrir as portas do MEC para as
lideranças religiosas.
PORTAL 98
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