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23 março 2022

ARAS PEDE AO STF ABERTURA DE INQUÉRITO CONTRA MINISTRO DA EDUCAÇÃO POR PRIVILÉGIO A PASTORES


 

O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (23) a abertura de uma investigação contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro, pastores, servidores e os prefeitos envolvidos no esquema do gabinete paralelo do MEC.

O pedido tem como base representações de parlamentares a partir de uma série de reportagens dos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo que revelou a atuação dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura na captura do ministério. O Estadão revelou que houve até mesmo pedido de propina em dinheiro e ouro para prefeitos em troca de recursos para a construção de creches e escolas públicas nos municípios.

Logo após as revelações, subprocuradores-gerais se movimentaram para encaminhar representações a Aras contra o ministro da Educação, mas a iniciativa foi abandonada na medida em que parlamentares recorreram à Justiça para cobrar respostas ao gabinete paralelo. A avaliação dos integrantes da Procuradoria-Geral da República (PGR) é de que a maior parte das denúncias deverá ser analisada pela primeira instância no Distrito Federal, sobretudo as acusações de improbidade.

Na última terça-feira (22), diversos parlamentares de oposição acionaram a PGR e outras instâncias do Ministério Público (MP), como a Procuradoria da República no Distrito Federal, para cobrar investigações que levem à responsabilização dos pastores, do ministro da Educação e do presidente Jair Bolsonaro (PL), tido como o responsável por abrir as portas do MEC para as lideranças religiosas.

 

PORTAL 98

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