Em menos de duas semanas, dois casos semelhantes chocaram o
Rio Grande do Norte. Dois homens que não aceitavam o término dos seus
relacionamentos assassinaram as ex-mulheres e depois cometeram suicídio. Um
caso aconteceu na Zona Norte de Natal e o outro em Parnamirim (entenda mais
abaixo).
As duas foram classificadas como vítimas do crime de
feminicídio, quando o homicídio ocorre pelo fato da vítima ser mulher. Apenas
em 2022 - de janeiro ao início de março - oito mulheres morreram por esse tipo
de crime no Rio Grande do Norte, segundo a Polícia Civil.
O número já representa 40% do total de feminicídios de todo o
ano de 2021, quando foram registrados 20 pela Polícia Civil. Em 2020, foram 13.
Manuela Josino Miranda, de 32 anos, foi a vítima mais
recente. Ela foi morta na quinta-feira (3) com um tiro na cabeça pelo ex-marido
Maciel Ramalho, 40, na casa da mãe e em frente as duas filhas do casal, de 5 e
7 anos.
O crime aconteceu no Conjunto Parque dos Coqueiros, na Zona
Norte de Natal. O casal viveu junto 12 anos e estava separado há cerca de 30
dias. Maciel tentou encontrar uma vez a ex-mulher na residência mais cedo, mas
não teve sucesso e decidiu retornar mais tarde, quando cometeu o crime.
Já Kalina de Azevedo, 43, foi morta também a tiros disparados
pelo ex-marido, Maurício Rocha de Farias Neto, 39, no apartamento em que os
dois moraram em Nova Parnamirim - ela tinha ido ao local pegar os pertences
após finalmente conseguir se separar do homem depois de oito meses de
tentativa.
Nos dois casos, as investigações dos crimes apontaram ameaças
feitas previamente pelos ex-maridos. Em um dos áudios enviados por Maciel a
Manuela, ele dizia: "Tudo que você fez comigo, você vai pagar. Lá na
frente você vai pagar". G1
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