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15 março 2022

RN VAI PASSAR A VACINAR POPULAÇÃO CONTRA FEBRE AMARELA APARTIR DE ABRIL

 

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) anunciou que vai implantar no Rio Grande do Norte a vacinação da febre amarela. O início da campanha será em abril e o público alvo a população a partir dos 9 meses de idade até 59 anos.

Desde 2020 a vacina da febre amarela foi incluída no calendário básico para todos os estados do Brasil, incluindo o RN, que até então era área sem recomendação de vacina, explicou a Sesap.

Essa ampliação aconteceu em função da reemergência do vírus amarílico nas duas últimas décadas para além da área considerada endêmica, que é a região amazônica. A doença atingiu estados como Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, que não haviam registros históricos.

Diante desse avanço, se aproximando de grandes regiões metropolitanas densamente povoadas, com populações não vacinadas e infestadas por Aedes aegypti, foi vista a necessidade de ampliação da área de vacinação para todo o país.

 

Fórum

Em 22 de março, um encontro com referências estaduais e municipais da área da imunização, da atenção à saúde e da vigilância em saúde vai debater essa campanha de vacinação.

O “Fórum para implantação da vacina da Febre Amarela no RN” ocorrerá na Escola Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales - Mini auditório da Escola do Governo.

Além da campanha, será debatido o aumento progressivo da cobertura vacinal, a vigilância de eventos adversos possivelmente associados à vacina e o fortalecimento da vigilância integrada da febre amarela.

Febre Amarela

A febre amarela é uma doença viral aguda, imunoprevenível, transmitida ao homem e aos primatas não humanos (macacos), por meio da picada de mosquitos infectados. Possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. Em áreas de mata, os principais vetores são os mosquitos Haemagogus e Sabethes. Já nas áreas urbanas, o vetor do vírus é o Aedes aegypti. O último caso de febre amarela urbana foi registrado no Brasil em 1942 e todos os casos confirmados desde então decorrem do ciclo silvestre de transmissão.

Atualmente, a febre amarela silvestre (FA) é uma doença endêmica no Brasil (região amazônica). Na região extra-amazônica, períodos epidêmicos são registrados ocasionalmente, caracterizando a reemergência do vírus no país.

Os sintomas da febre amarela são: início súbito de febre; calafrios; dor de cabeça intensa; dores nas costas; dores no corpo em geral; náuseas e vômitos; fadiga e fraqueza.

Vigilância

Entre julho de 2021 e janeiro de 2022 (SE-03), foram notificados 197 casos humanos suspeitos de FA, dos quais dois foram confirmados por critério laboratorial, 166 (85,0%) foram descartados e 29 (15,0%) estão em investigação. Os casos confirmados eram do sexo masculino, na faixa etária entre 20 e 29 anos, sem informação relacionada a vacinação e com estado vacinal ignorado. Ambos exerciam atividades laborais (extrativismo de madeira e pesca) em áreas florestais do Pará (região endêmica), com local provável de infecção nos municípios de Afuá e Oeiras do Pará, e evoluíram para o óbito.

A maioria das pessoas melhora após os sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% apresentam um breve período de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença.

Como prevenir a febre amarela

A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da febre amarela e é ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para toda a população.

Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, sendo que a pessoa que recebeu uma dose da vacina antes de completar (5) cinco anos, está indicada a dose de reforço, independentemente da idade que tiver. Essa medida está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A vacina, que é administrada via subcutânea, está disponível durante todo o ano nas unidades de saúde e deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de maior risco (áreas silvestres em regiões com comprovada circulação viral), principalmente para os indivíduos que são vacinados pela primeira vez. G1



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