Um levantamento realizado pela Secretaria Extraordinária de
Enfrentamento à Pandemia da Covid-19 (Secovid) apontou que 85% do público entre
70 e 79 anos já tomaram a dose de reforço contra a Covid-19 no Brasil. Entre os
idosos com mais de 80 anos, a cobertura é de 83%; e de 70% entre 60 e 69. No
total, 23,2 milhões de idosos cumpriram esta etapa.
De acordo com uma pesquisa encomendada pelo Ministério da
Saúde, em parceria com a Universidade de Oxford, a estratégia adotada para esta
etapa da campanha amplia ainda mais a imunidade contra a Covid-19. O estudo foi
publicado na The Lancet em janeiro deste ano.
Os resultados da pesquisa mostraram que a combinação
heteróloga, ou seja, de vacinas diferentes, é a estratégia mais eficaz para a
dose de reforço, especialmente na população que recebeu a vacina Coronavac,
como o público idoso no início da Campanha Nacional de Vacinação.
A análise revelou que os indivíduos que receberam como dose
de reforço a vacina de RNA mensageiro, da Pfizer, aumentaram em cerca de 152
vezes a produção de anticorpos, 28 dias após a aplicação. Os anticorpos
ajudaram a bloquear a entrada do vírus nas células. Essa elevação foi cerca de
90 vezes maior com a Astrazeneca, de 77 vezes com a Janssen e 12 com a
Coronavac.
Por isso, o Ministério da Saúde recomenda que,
preferencialmente, a dose de reforço seja administrada com o imunizante da
Pfizer.
Marco Guimarães
Ministério da Saúde
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