Ex-vice-governador do Estado e ex-deputado estadual Fábio
Dantas, que é filiado ao partido Solidariedade, admite ser candidato a
governador em uma aliança dos partidos de oposição para enfrentar nas urnas a
governadora Fátima Bezerra (PT). “O Rio Grande do Norte não precisa apenas de
um nome, a oposição precisa se unir em torno de um projeto, que discuta com
solidez e a partir desse planho escolher os nomes”, diz ele.
Mas, Fábio Dantas não refutou
uma eventual candidatura: “Nunca me furtei a desafios. Para mim, desafio
é combustível para alimentar os meus sonhos e de pessoas que pensam igual, que
o Rio Grande do Norte é o território de um povo só”.
Fábio Dantas lembrou, em entrevista ao “Meio Dia RN” (96 FM),
que o seu partido já tem um pré-candidato ao governo, Brenno Queiroga.
“Inclusive votei nele em 2018 para governador e se ele persistir na candidatura
voto nele novamente”, comentou.
No entanto, Fábio Dantas declarou que “se por acaso for
convocado e a oposição se unir em torno do seu nome, aceitaria a candidatura e
o SD teria de buscar apoios”, inclusive do prefeito de Natal, Álvaro Dias
(PSDB), que considera bem avaliado pela população: “Quem quiser ser candidato a
governador, certamente vai precisar do seu apoio”.
Fábio Dantas disse que na campanha de 2014 para o governo, dizia ao então
candidato que terminou sendo eleito governador, Robinson Faria, que seria mais
fácil ele vencer do que governar. “Nessa eleição não, é mais difícil vencer do
que governar, estou preparado para governar o Rio Grande do Norte, não estou
preparado para disputar uma eleição, mas se for candidato, tenho que superar a
adversidade do processo eleitoral”, destacou.
Ele disse que o maior debate da governadora Fátima Bezerra “é
que pagou folhas atrasadas”, mas passou três anos e meio, praticamente, e não
quitou as folhas, está pagando um servidor que ganhava R$ 1 mil em 2018 sem
nenhuma correção monetária, como determinou o Supremo Tribunal Federal (STF) “e
o estado tem dinheiro pra isso, não paga porque não quer”.
Finalmente, Dantas disse que o SD está aberto a discussões
com outros partidos. “Não pretendo ser candidato com estigma de A, B ou C, se
eu for candidato a algum cargo, aqui não é uma eleição nacional, é uma eleição
estadual, em que vai se discutir a melhoria de vida do nosso povo”.
PC do B defende permanência de Antenor Roberto
O Partido Comunista do Brasil (PC do B) divulgou nota em que
volta a defender a manutenção da aliança com política com o PT e a permanência
do vice-governador Antenor Roberto de Medeiros como companheiro de chapa na
campanha de reeleição da governadora Fátima Bezerra.
Presidente estadual do PC do B, Divanilton Pereira, assina a
nota, relatando que desde 1989, seu partido prioriza uma aliança estratégica
com PT “e outras organizações populares, sempre orientado por um entendimento
programático”. A nota do PC do B é decorrente das negociações que o PT vem
mantendo com o presidente estadual do MDB, deputado Walter Alves, cogitado para
ser o candidato a vice-governador na chapa de Fátima Bezerra.
O chefe do Gabinete Civil, Raimundo Alves, avalia “com muito
respeito” o posicionamento político do PC do B, “mas as negociações serão
feitas de partido pra partido”. Em relação as conversas com o MDB, ele disse
que “permanecemos em negociação”.
Nas eleições de 2018, período de intensa resistência
democrática, o PC do B relata que
disponibilizou Manuela D`Ávila como candidata a vice de Fernando Haddad,
candidato à presidência pelo PT, “repercutindo essa diretriz tática também no
Rio Grande do Norte, a professora Fátima Bezerra foi eleita governadora tendo
Antenor Roberto, como vice-governador”.
Desde então, diz a nota, o PC do B e o vice-governador “se
empenham pelo êxito do governo Fátima Bezerra por compreendermos que essa
assertiva é uma necessidade histórica que se impõe”.
Divanilton Pereira afirma que “enfrentamos um legado de
absoluta calamidade administrativa, orçamentária, financeira e fiscal.
Contribuímos para que a resultante desses esforços alcançasse a reorganização
do Estado, uma condição fundamental para atingirmos objetivos maiores, em
especial, o do nosso desenvolvimento”.
Raimundo Alves afirma que não há definição sobre vice
O debate em torno da indicação de um candidato a
vice-governador na chapa de reeleição da governadora Fátima Bezerra (PT) deve
se prolongar por mais tempo, é o que admitiu o chefe do Gabinete Civil do Governo, Raimundo Alves
Júnior ao reconhecer também, inclusive, o diálogo com o presidente estadual do
MDB, deputado Walter Alves, que está sendo cogitado para ocupar essa posição na
chapa majoritária com vistas as eleições de 2022.
“Não tem uma coisa batida como as pessoas querem”, avisou
Raimundo Alves, em “live” nas redes sociais com a deputada Isolda Dantas (PT),
respondendo indagações de militantes petistas.
Embora o PT tenha autorizado a governadora Fátima Bezerra a
liderar as conversas com partidos políticos em torno do fechamento da chapa
majoritária, Raimundo Alves também atua como intermediário nesse processo de
discussão política, que, segundo ele, ainda será levado ao debate nas
instâncias internas do partido, onde esse tipo de debate “não funciona como uma
coisa que alguém define e vai entrar, o PT se alimenta do debate interno”.
Em determinado trecho da “live” com a deputada Isolda Dantas,
o chefe do GAG afirmou que “não precisamos pessoalizar” esse debate em torno do
vice, que ainda “não tem uma definição”.
Isolda Dantas também deu a entender que a definição de um
companheiro de chapa da governadora passa por uma discussão em torno de
programas de governo: “As pautas construídas ao longo do tempo têm de ser
preservadas”.
Raimundo Alves disse que toda a discussão em torno da
composição da chapa majoritária passa pela direção nacional do PT, vez que a
prioridade é a eleição de Lula e, aqui, no Rio Grande do Norte, a reeleição de
Fátima Bezerra.
Por essa razão, explicou Alves, o mais importante é delimitar
uma discussão em torno do campo democrático, bem mais importante, no momento
político do país, do que a questão econômica, porque a prioridade também é
derrotar o bolsonarismo, razão pela qual o que está sendo discutido nacional
também terá repercussão no Rio Grande do
Norte e em todo o país.
“As pessoas precisam entender que a vice não é uma coisa
específica, estamos trabalhando um processo de reconstrução nacional”, defendeu
ele, achando que esse processo de discussão não passa somente por nomes, embora
reconhecendo que isso “é algo legítimo e do projeto dos partidos.
Podemos não recebeu convite para encontro
O partido Podemos não recebeu nenhum convite para participar
de união com outras legenda de oposição ao governo Fátima Bezerra (PT), a fim
de discutir um projeto administrativo e candidaturas majoritárias no Rio Grande
do Norte. “Não faz nenhum sentido uma reunião dessa sem o Podemos ser convidado”, disse o presidente da sua
Executiva Estadual, advogado Felipe Madruga de Souza.
Por conta dos resultados das pesquisas que colocam o senador
Styvenson Valentim em segundo lugar nas pesquisas de intenções de votos,
Fernando Madura considera “natural que ele seja pré-candidato a governo do
Estado”, além de credenciar o PODEMOS a estar presente nas discussões sobre
eleições de 2022.
Mas, Madruga afirma que o PODEMOS não está fechado a
conversas com outros partidos: “A base
da política é o diálogo, nós dialogamos com todas as correntes que tenham
convergência com o nosso projeto, a gente senta com todo mundo sem nenhum tipo
de melindre e com uma conversa aberta”.
Felipe Madruga assumiu a presidência estadual do Podemos em
março, a fim de cuidar da elaboração de um projeto político para o Rio Grande
do Norte e permitir que o senador
Styvenson Valentim concentrasse atuação no mandato em Brasília.
Madruga disse, ainda, que o Podemos vai ter chapa completa para deputado federal,
“temos, inclusive, excedentes de pré-candidatos, no momento adequado vamos ter
um debate politico interno para definir os nomes apresentar esses nomes ao Rio Grande do
Norte”.
O dirigente estadual do partido também afirmou que está se
avançando numa chapa para a Assembleia Legislativa, porém, como teve um curto
período de tempo para a sua montagem, apenas dez dias, será muito difícil
apresentar uma chapa completa com 25 nomes”.
TRIBUNA DO NORTE
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