A Arquidiocese de Natal comunicou nesta sexta-feira (3), através de nota oficial, que o padre Júlio Cézar Souza Cavalcante, pároco de Candelária, foi afastado de suas funções por tempo indeterminado. O padre tem 51 anos e foi ordenado em 1999. Ele é o responsável pelo Tribunal Eclesiástico e pelos processos de nulidade matrimonial.
A decisão foi tomada pelo arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha, que determinou ainda a abertura de uma investigação para apurar a conduta do sacerdote.
O afastamento de Júlio Cézar ocorre no mesmo dia em que veio à tona o envolvimento do padre em um caso homossexual com um fiel.
Toda a situação foi exposta em um áudio vazado nas redes sociais. A identidade dos demais envolvidos será preservada pela reportagem. O PORTAL DA 98 FM também não vai divulgar o áudio.
No áudio, de pouco mais de 13 minutos, uma mulher procura o padre após descobrir que seu marido teve um caso com o sacerdote durante vários meses antes do casamento. O padre Júlio celebrou o casamento do casal, há 10 anos.
Na gravação, padre Júlio confessa que teve o caso com o homem e admite também que os dois tiveram relações sexuais. O homem também admite o caso. No áudio, o padre diz que se arrependeu e que, depois do casamento, o caso acabou.
“Foi uma fraqueza. Confessamos e prometemos que não ia ter mais em respeito a você”, diz padre Júlio no áudio, se dirigindo à mulher. Ele afirma, ainda, que teve outros casos antes do homem, mas que, depois desse, não ocorreu mais.
Padre Júlio afirma na gravação que, antes de celebrar o casamento do casal, já tinha “pedido perdão” a Deus pelo que aconteceu e diz também que se confessou. “Dali em diante, houve um compromisso de não ter. E não teve”, diz o padre no áudio.
A reportagem ainda não conseguiu localizar o padre.
Leia nota na íntegra:
“Tendo tomado conhecimento dos fatos que vieram à tona envolvendo o Pe. Júlio Cezar Souza Cavalcante, o Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, determinou o afastamento do referido sacerdote de todas as suas funções ministeriais exercidas na Arquidiocese de Natal, a fim de que possam ser apurados os fatos e tomadas as devidas providências. Também determinou que fosse aberta uma investigação prévia, conforme prescreve o Direito Canônico, para que sejam averiguadas as possíveis responsabilidades.
Rogamos ao Bom Deus que tudo seja esclarecido e, para o bem do povo de Deus, possa reinar a paz nos corações.”
Arquidiocese de Natal
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