O ex-presidente Lula defendeu nesta
quinta-feira 20 no Rio de Janeiro as ações movidas pelo PT no TSE (Tribunal
Superior Eleitoral) que geraram direitos de respostas e retirada de conteúdos
em veículos jornalísticos e a obtenção de tempo de TV de Jair Bolsonaro (PL) na
propaganda eleitoral.
Ele afirmou que o Judiciário é o
local apropriado para discutir ofensas e mentiras. O petista afirmou que “será
assim fora e dentro do governo” e que busca “reeducar a sociedade brasileira ao
utilizar meios de comunicação”.
“O que temos que entender é que o
Poder Judiciário existe para isso: quando você se sente prejudicado, ao invés
de fazer o que eles fazem, a gente vai para a Justiça. O partido irá recorrer
toda vez que se sentir prejudicado. O partido irá entrar na Justiça, que é o
caminho correto para a gente fazer justiça”, disse.
“E será assim fora do governo e
dentro do governo para que a gente possa reeducar a sociedade brasileira ao
utilizar o meio de comunicação para fazer coisa mais séria, coisa mais
entendível pelo povo e não contar mentira e assustar a sociedade brasileira.”
Lula já obteve sucessivas
decisões no TSE que lhe garantiram direito de resposta por críticas proferidas
na Jovem Pan. Também conseguiu a retirada de reportagens publicadas na véspera
do primeiro turno que o associavam ao líder do PCC, Marcos William Camacho, o
Marcola.
O petista também conseguiu no
tribunal direito de resposta em boa parte das inserções de Bolsonaro previstas
para a última semana de campanha.
Nesta quarta, os ministros do TSE
decidiram conceder os primeiros direitos de resposta na televisão ao
ex-presidente e ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Nas decisões tomadas até o fim da
tarde desta quarta-feira 19, Lula teve sete pedidos aprovados para rebater
acusações de ser “ladrão”, “corrupto” e de envolvimento com o crime. As
respostas do petista serão distribuídas em 184 inserções de 30 segundos cada.
Já Bolsonaro obteve uma decisão
favorável para responder, em 14 inserções de 30 segundos, à propaganda do
petista que o associava ao canibalismo, usando uma entrevista dada pelo
presidente ao jornal americano The New York Times em 2016, afirmando estar
disposto a comer carne de um indígena morto.
Até então, o TSE ainda não havia
aprovado direitos de resposta nas propagandas eleitorais dos candidatos a
presidente. Agora, o tempo das manifestações será igual ao que foi usado na
peça que o tribunal julgou irregular.
Para as inserções, será ocupado o
tempo originalmente previsto para a propaganda adversária. A corte ainda não
detalhou em quais dias as respostas serão apresentadas.
Fora da propaganda eleitoral, já
foram aprovados cinco direitos de resposta a Lula na Jovem Pan pelo tribunal.
Em um dos casos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), a deputada federal Carla
Zambelli (PL-SP) e a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) também devem divulgar
resposta de Lula rebatendo acusações de envolvimento do petista no assassinato
do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.
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