Para o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da
Silva, as discussões sobre economia são as mais importantes da campanha
eleitoral. “A economia é o centro do nosso debate. É da economia que a
sociedade brasileira sobrevive. Se a economia tiver bem, o povo estará bem. Se
a economia estiver mal, o povo estará mal”, enfatizou ao falar à
imprensa.ebcebc
Entre os pontos que o candidato aponta como essenciais está a
fome. “Porque você tem 30 milhões de pessoas passando fome. A fome tinha sido extirpada
desse país”, ressaltou.
A alta dos preços, especialmente dos alimentos, é outro ponto
que, para Lula, precisa de atenção redobrada. “O governo fez toda a encenação
para baixar a gasolina, ela voltou a subir outra vez. O preço dos alimentos não
baixou até agora”, destacou.
Lula também trouxe a necessidade de que o salário mínimo seja
reajustado além da reposição das perdas com a inflação. “O salário mínimo não é
aumentado há cinco anos. Como é que você explica que em um país que você tem
quase 70 milhões de pessoas que ganham um salário mínimo você passa cinco anos
sem reajustar o salário mínimo? Não é possível”, enfatizou.
Para conter os ciclos de alta dos alimentos, o candidato
defende a adoção do sistema de estoque regulador. “Todo país do mundo que
queira ter o mínimo de soberania tem que ter um programa de segurança
alimentar. Tem que ter uma política concreta de estoque regulador para que em
qualquer momento de crise não falte alimentos no país. Nós utilizávamos a Conab
[Companhia Nacional de Abastecimento] para fazer estoque regulador. Todos os
alimentos que não eram perecíveis, a gente estocava. Quando o produto começava
a aumentar no mercado, a gente liberava os produtos da Conab para equilibrar o
preço”, disse em referência as medidas adotadas em seus governos anteriores.
Lula também alertou para a redução da produção de alimentos
essenciais. “Hoje, nós temos vários produtos em que diminuiu a área de plantio.
O feijão é um deles e a mandioca é outro. São dois alimentos que fazem parte do
cotidiano e dos hábitos alimentares do povo brasileiro”, disse.
Segundo o candidato, é preciso incentivar os pequenos
produtores e agricultores familiares para reverter a queda no plantio de itens
essenciais. “Nós sabemos que quem produz 70% dos alimentos que vão para a mesa
da sociedade brasileira são as propriedades até 100 hectares, a grande maioria
da agricultura familiar. Nós temos que colocar mais dinheiro para crédito, mais
dinheiro no Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar]”, defendeu.
AGORA RN
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