Servidores terceirizados que
atuam nos hospitais públicos da rede estadual em Natal paralisaram as
atividades às 7h da manhã desta terça-feira (18), segundo o sindicato que
representa a categoria.
Os trabalhadores paralisados
atuam em diversas áreas das unidades de saúde, como maqueiros, zeladores,
cozinheiros, entre outros.
O motivo, segundo o sindicato, é
o atraso no pagamento dos salários, além de outros valores como
vale-alimentação e vale-transporte. Segundo Domingos Ferreira, presidente do
sindicato, há trabalhadores sem férias há mais de quatro anos.
"O pagamento do salário, que
era para ocorrer até o quinto dia útil do mês, não aconteceu até hoje, dia 18.
E não há nenhuma previsão da Secretaria de Saúde nem das empresas",
relatou.
De acordo com ele, foram afetados
os serviços de hospitais como o Walfredo Gurgel, o Santa Catarina, João
Machado, Maria Alice Fernandes, o Hospital da PM, entre outros.
Em nota, a Secretaria Estadual de
Saúde afirmou que ainda não recebeu a nota fiscal do serviço realizado pela
empresa contratada no mês de setembro, "documento necessário para o
trâmite do processo de pagamento".
A Sesap ainda disse que não tem
débitos em aberto com a empresa Safe e afirmou que nenhuma unidade hospitalar
foi "comunicada a tempo" sobre a paralisação dos profissionais.
Já a Safe declarou, por meio de
nota, que a nota fiscal do mês de setembro não foi encaminhada por orientação
da própria Sesap, que, por ainda não ter a informação oficial sobre a concessão
do reajuste solicitado pelas empresas terceirizadas em relação à data base de
janeiro de 2022, ainda não repassou o valor para a emissão da nota fiscal.
"Tão logo essa autorização
seja emitida, a qual está programada para esta terça-feira, a nota fiscal do
referido mês será entregue para dar início ao trâmite de pagamento pela Sesap
que tem sua previsão de conclusão para próxima sexta-feira, dia 21".
Ainda de acordo com a empresa,
logo que os valores forem recebidos, serão repassados aos colaboradores.
De acordo com o sindicato, cerca
de 30% dos trabalhadores continuam trabalhando. "Se o pagamento não for
realizado até amanhã, os hospitais regionais também deverão paralisar",
afirmou o representante da categoria.
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário