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18 outubro 2022

Maqueiros e zeladores terceirizados paralisam atividades em hospitais da rede estadual em Natal

POR ISMAEL JEFFERSON



Servidores terceirizados que atuam nos hospitais públicos da rede estadual em Natal paralisaram as atividades às 7h da manhã desta terça-feira (18), segundo o sindicato que representa a categoria.

Os trabalhadores paralisados atuam em diversas áreas das unidades de saúde, como maqueiros, zeladores, cozinheiros, entre outros.

O motivo, segundo o sindicato, é o atraso no pagamento dos salários, além de outros valores como vale-alimentação e vale-transporte. Segundo Domingos Ferreira, presidente do sindicato, há trabalhadores sem férias há mais de quatro anos.

"O pagamento do salário, que era para ocorrer até o quinto dia útil do mês, não aconteceu até hoje, dia 18. E não há nenhuma previsão da Secretaria de Saúde nem das empresas", relatou.

De acordo com ele, foram afetados os serviços de hospitais como o Walfredo Gurgel, o Santa Catarina, João Machado, Maria Alice Fernandes, o Hospital da PM, entre outros.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que ainda não recebeu a nota fiscal do serviço realizado pela empresa contratada no mês de setembro, "documento necessário para o trâmite do processo de pagamento".

A Sesap ainda disse que não tem débitos em aberto com a empresa Safe e afirmou que nenhuma unidade hospitalar foi "comunicada a tempo" sobre a paralisação dos profissionais.

Já a Safe declarou, por meio de nota, que a nota fiscal do mês de setembro não foi encaminhada por orientação da própria Sesap, que, por ainda não ter a informação oficial sobre a concessão do reajuste solicitado pelas empresas terceirizadas em relação à data base de janeiro de 2022, ainda não repassou o valor para a emissão da nota fiscal.

"Tão logo essa autorização seja emitida, a qual está programada para esta terça-feira, a nota fiscal do referido mês será entregue para dar início ao trâmite de pagamento pela Sesap que tem sua previsão de conclusão para próxima sexta-feira, dia 21".

Ainda de acordo com a empresa, logo que os valores forem recebidos, serão repassados aos colaboradores.

 

De acordo com o sindicato, cerca de 30% dos trabalhadores continuam trabalhando. "Se o pagamento não for realizado até amanhã, os hospitais regionais também deverão paralisar", afirmou o representante da categoria.

 

G1




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