A adolescente potiguar Letícia Maria Neves, de 12 anos,
morreu nesta quinta-feira (27) após travar uma batalha de cerca de um ano
contra um cancêr agressivo, o Linfoma de Burkitt. A jovem havia lançado uma
campanha de financiamento coletivo para um novo tratamento há cerca de uma
semana, que custava cerca de R$ 2,5 milhões.
O anúncio da morte da jovem, conhecida como Lelê, foi
anunciada pela própria família nas redes sociais da adolescente. "Nossa
Lelê está subindo para os céus nos braços de Jesus. Nossa família pede
orações", disse a mensagem.
Segundo a irmã da jovem, Luana Neves, "a doença avançou
drasticamente" nos últimos três dias e Lelê não resistiu.
A família é natural de São Miguel, no interior do Rio Grande
do Norte, mas havia se mudado para Fortaleza neste ano para o tratamento da
doença e passou os últimos meses em Curitiba num hospital também especializado.
A campanha de financiamento coletivo de Lelê ganhou força nos
últimos dias, com artistas como Tatá Werneck e Paolla Oliveira fazendo campanha
para arrecadação do valor para o tratamento, que é chamado de Cart T Cell e
precisaria ser feito, em parte, nos Estados Unidos. Ela havia arrecadado quase
R$ 500 mil.
A realização do novo tratamento era tida como urgente pela
família. Isso porque a adolescente passava pelo seu momento "mais
crítico", segundo havia explicado a irmã Luana Neves ao g1 no início da
campanha. Letícia havia realizado oito ciclos de quimioterapia, mas o tumor não
regrediu.
Diagnóstico
Letícia recebeu no início deste ano o diagnóstico de Linfoma
de Burkitt após uma série de exames feitos desde o ano passado. Com residência
fixa em São Miguel, a família passou a morar em Fortaleza, mas passou os
últimos meses em Curitiba por conta do tratamento da doença.
A descoberta do câncer aconteceu no fim do ano passado após
Letícia alegar dores. "Em uma consulta de rotina, a médica apalpou a massa
no abdômen", conta a irmã Luana.
Cart T Cell
Letícia ainda não podia receber o transplante de medula óssea
porque o câncer ainda não havia regredido. Foi daí que surgiu a possibilidade
de fazer o tratamento Cart T Cell. A recomendação foi feita pela própria
médica.
"Descobrimos [o tratamento] através de uma outra criança
que ia fazer em Barcelona. E procuramos saber com as médicas. O hospital onde
ela está já tem estrutura para realizar, mas o procedimento ainda não tinha
sido liberado no Brasil", explicou Luana ao g1 na época da campanha.
Basicamente o tratamento consiste na retirada das células
doentes de Letícia, que serão levadas para um laboratório nos Estados Unidos e
retornarão mais saudáveis, sendo reinjetadas nela, na tentativa de combater o
tumor.
G1
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