Como parte da mobilização durante o Outubro Rosa, mês de
conscientização e luta contra câncer de mama, o Governo Federal realizou um
evento para reforçar as ações de prevenção e combate à doença, principal causa
de mortes de mulheres no Brasil. Em 2022, estima-se que cerca de 66 mil
brasileiras descobriram o câncer de mama. O Ministério da Saúde, Ministério da
Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e a Caixa Econômica Federal
participaram das ações.
O Ministério da Saúde anunciou a ampliação do acesso à
cirurgia de reconstrução mamária em mulheres com diagnóstico de câncer de mama
que foram submetidas a mastectomia pelo Sistema Único de Saúde. Os hospitais
serão habilitados e classificados de acordo com o desempenho, baseado em
critérios técnicos. Dessa forma, os serviços de saúde que alcançarem melhor
desempenho, receberão mais recursos financeiros para ampliação do acesso. O
impacto orçamentário previsto é de R$ 100 milhões.
O tratamento começa na Unidade Básica de Saúde (UBS), com
estratégia definida para o público-alvo, pois o câncer é rastreável, segundo a
secretária da Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Maíra Botelho. “O
acesso ao tratamento não é só por meio de medicamentos e quimioterapia.
Queremos uma população bem informada e profissionais de saúde capacitados em
todos os níveis de atenção", esclarece.
O SUS oferece assistência integral, acolhimento e cuidado
para mulheres, do diagnóstico ao tratamento do câncer de mama. É importante
ressaltar que a mamografia de rastreamento é recomendada periodicamente a cada
dois anos para mulheres entre 50 e 69 anos, faixa etária com maior risco para o
desenvolvimento do câncer de mama. Só em 2021, mais de 3,4 milhões de
mamografias foram feitas no SUS em todo o país.
O Brasil possui uma das maiores políticas públicas do mundo
no enfrentamento ao câncer, de acordo com o ministro da Saúde, Marcelo
Queiroga. “Mesmo com todo o investimento, a eficiência na atenção básica é
fundamental, porque prevenir o câncer de mama é diferente de diagnosticar
precocemente. Realizar atividades físicas, amamentar, controlar o peso corporal
e não consumir bebidas alcoólicas são medidas básicas de prevenção”, afirma.
O diagnóstico precoce salva vidas e aumenta
significativamente as chances de cura. Para reforçar e conscientizar sobre a
importância da prevenção, o Ministério da Saúde e a Caixa Econômica Federal
assinam um Acordo de Cooperação Técnica para fortalecer a sensibilização e
orientação para as mulheres. As informações sobre prevenção de doenças como o
câncer de mama e de colo de útero serão disponibilizadas no aplicativo Caixa
Tem. O objetivo dessa parceria é que as recomendações das autoridades de saúde cheguem
de forma mais rápida e efetiva no público-alvo pelo celular.
Prevenção
O câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer na
população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto na região Norte, onde
o câncer do colo do útero ocupa o primeiro lugar. O Governo Federal vem
promovendo ações em todo o Brasil, fortalecendo a prevenção e o diagnóstico
precoce da doença.
A doença geralmente se manifesta através de um nódulo
irregular, duro e indolor. A pele da mama pode ficar avermelhada, com
alterações no mamilo e saída espontânea de líquido. Segundo o Instituto
Nacional do Câncer (INCA), um em cada três casos de câncer pode ser curado se
for descoberto logo no início. Diversos fatores são relacionados ao câncer de
mama e o risco de desenvolver a doença aumenta para mulheres acima de 50 anos.
Por isso, aquelas que tem entre 50 e 69 anos, devem fazer a mamografia a cada
dois anos.
Combater fatores de risco também é essencial para a
prevenção, como sedentarismo, obesidade, consumo de bebida alcoólica e
sobrepeso após a menopausa. Segundo o INCA, apenas entre 5% e 10% dos casos
estão relacionados com causas hereditárias ou genéticas.
Ministério da Saúde
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