A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (21),
uma operação que investiga os crimes de lavagem de dinheiro, associação
criminosa e falsidade ideológica ligados ao contrabando de cigarros.
Pelo menos 12 mandados de busca e um de prisão preventiva e
sequestro de bens são cumpridos em seis estados brasileiros.
Segundo a PF, os suspeitos teriam movimentado mais de R$ 100
milhões.
Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal do Rio
Grande do Norte e, segundo a Polícia Federal, tão sendo cumpridos em Natal/RN,
Juazeiro do Norte/CE, Anápolis/GO, Brasília/DF, Salvador/BA e Boa Vista/RR.
Segundo a corporação as investigações que resultaram na
"Operação Pomelo" começaram por meio de um inquérito aberto em 2018,
quando o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou
"operações atípicas" realizadas por pessoas que moravam em Natal.
Ainda de acordo com a corporação, com a participação da
Receita Federal, os investigadores descobriram um suposto grupo liderado por um
foragido da Justiça do Ceará, que adotou identidade falsa no Rio Grande do
Norte e atuava principalmente no contrabando de cigarro do Paraguai para o
restante do país.
Na capital potiguar, a polícia também identificou um grupo
que prestava apoio logístico para as ações criminosas, pagando fornecedores de
cigarros, comprando caminhões e reboques utilizados para o transporte da
mercadoria e contratando motoristas, entre outras atividades.
"Por meio das contas bancárias dos investigados, o grupo
movimentou mais de R$ 100 mi, parte do qual destinado a doleiros investigados
em outras operações da Polícia Federal como, por exemplo, Chorume, Shawarma e
Hora da Ceifa", informou a corporação.
Os investigados poderão responder por lavagem de dinheiro,
contrabando, organização criminosa e falsidade e, se condenados, poderão
cumprir penas superiores a nove anos de reclusão.
Segundo a PF, o nome de operação faz referência ao fruto
pomelo, cítrico como a laranja - uma referência ao uso de terceiros nas
atividades criminosas.
G1
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