A Polícia Civil prendeu, na manhã desta segunda-feira (13), um homem suspeito de envolvimento em homicídios e apontado como chefe de uma organização criminosa em Porto Alegre. Wagner Wilian Domingues da Cruz, o "Vavá", estava em uma academia no Rio Grande Norte e foi surpreendido por agentes à paisana. Veja vídeo acima.
Wagner foi preso temporariamente por suspeita de participação no assassinato de Adair Machado Rocha, ocorrido em novembro de 2022, no bairro Coronel Aparício Borges, em Porto Alegre. A advogada do homem, Luana Pontes Hubner, afirma que o cliente "não retornou para a Capital em nenhum momento". Segundo a defesa, o suspeito vivia no RN desde agosto, quando recebeu liberdade.
De acordo com a delegada Isadora Galian, que coordenou a ação, desde sexta (10) os agentes trabalhavam para localizar Wagner. Ele recebeu a voz de prisão enquanto treinava em um dos equipamentos da academia, no município de Parnamirim, a 12 km de distância de Natal. O homem não ofereceu resistência.
"Acho que não existia necessidade de filmar e fazer o sensacionalismo, porque ele estava na academia", defende a advogada.
Ainda não há confirmação se o preso será transferido para o Rio Grande do Sul ou se permanecerá no Rio Grande do Norte.
Histórico de violência
Conforme a polícia, Wagner possui uma extensa lista de antecedentes criminais. Ele responde a processos por homicídio doloso, tráfico de drogas, associação para o tráfico, falsidade ideológica, receptação e porte ilegal de arma.
"Salienta-se que 'Vavá', investigado de alta periculosidade, retornou do sistema penitenciário federal em agosto de 2022. Após a sua soltura, Porto Alegre foi palco de uma nova guerra de facções criminosas, vitimando mais de 40 pessoas em apenas um mês. Em um dos casos, a vítima foi torturada, esquartejada e teve seu corpo cortado com os dizeres 'Vavá'", destaca o comunicado enviado pela Polícia Civil.
O homem também possui relação com conflitos armados ocorridos nos últimos anos na Vila Maria da Conceição. Entre 2016 e 2017, a região registrou diversos homicídios, em sua maioria envolvendo a disputa por pontos de tráfico.
Em 2020, Wagner estava na lista de apenados gaúchos que foram transferidos para penitenciárias federais. Ele ficou preso em Porto Velho, em Roraima.
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