Como mostrou a Folha de S.Paulo em junho de 2021, documentos de auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) apontavam o risco de a Saúde perder cerca de 28 milhões de doses até agosto daquele ano.
A Saúde já havia deixado vencer um estoque avaliado em R$ 243 milhões de vacinas, além de testes e outros itens, como também revelou a Folha de S.Paulo, em 2021. Quase todos os produtos perderam a validade na gestão Bolsonaro.
O TCU confirmou, no começo de março, que cerca de 2 milhões de doses de vacinas da Covid doadas pelos Estados Unidos foram descartadas.
Procurado, Ridauto disse que todas as doses recebidas durante sua gestão foram mantidas em “perfeitas condições de armazenagem”, “não tendo havido qualquer perda de vacinas de Covid por dano ou armazenagem inadequada”.
“Quanto à decisão de se adquirir ou receber vacinas (e das quantidades a serem adquiridas), ou a utilização desse material, ou seja, a decisão de enviá-lo ou não aos estados e DF, isso não competia ao órgão que eu dirigia, o Dlog”, afirmou ainda. Ele declarou que os “gestores competentes” devem responder pelas compras e pelo período em que as doses ficaram estocadas.
Rosana Leite foi procurada, mas não se manifestou.
DOSES CONTRA A COVID-19 VENCIDAS POR ANO:
2021: 1.904.140
2022: 9.922.430
2023 (até 28/02): 27.125.070
Total: 38.951.640
MATEUS VARGAS, RAQUEL LOPES E CONSTANÇA REZENDE – BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)
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