O reforço para a Segurança Pública do Rio Grande do Norte contará, ao todo, com 500 homens da Força Nacional até o domingo. Foi o que afirmou a Secretaria de Segurança do Estado (Sesed), na manhã desta sexta-feira (17). Atualmente, o estado conta com 200 agentes da Força Nacional nas ruas. A presença das Forças Armadas, cobrada por diversos políticos e solicitada oficialmente pela oposição ao presidente Lula, não é cogitada pelo Governo Estado.
Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (17), membros da cúpula da Segurança explicaram como transcorreu a operação Normandia, que cumpriu 18 dos 30 mandados de prisão preventiva expedidos. Por isso, a investigação ainda está em campo na busca pelos demais criminosos. O Governo não informou para irão os presos na operação.
A delegada da Polícia Civil, Ana Cláudia Saraiva, afirmou que desde início dos ataques as forças de segurança vêm agindo de forma integrada junto às forças disponibilizados pela União e aos policiais do Ceará e da Paraíba. Ela destacou que os líderes das facções já foram identificados. "As forças de segurança do Rio Grande do Norte não vão baixar a cabeça para a criminalidade", afirmou.
Apesar observarem redução nos ataques nesta sexta-feira, o Ministério da Justiça encaminhará mais homens da Força Nacional para o reforço da segurança na capital e interior. O ministro Flávio Dino chegou a afirmar que poderia encaminhar até 800 homens ao estado, mas a expectativa é que 500 estejam atuando até domingo.
Sobre a possibilidade de solicitar reforço às Forças Armadas, o Governo ainda considera desnecessário " tendo em vista que já foi confirmado o reforço por parte do ministro Flávio Dino de mais agentes da Força Nacional".
Até o momento, Rio Grande do Norte registrou ataques em 53 cidades em quatro dias.
Cobrança
Em entrevista à Jovem Pan News Natal, o deputado estadual Coronel Azevedo (PL) acusou a governadora Fátima Bezerra (PT) de não solicitar auxílio das Forças Armadas por "limitadores ideológicos". O parlamentar defende que "a questão ideológica não pode afetar as decisões da governadora". Outros parlamentares sugeriram a mesma ação.
O senador Rogério Marinho (PL) protocolou pedido de intervenção federal na segurança pública do Rio Grande do Norte. O documento foi enviado no fim da quinta-feira (16) para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). Segundo o senador, inclusive, avalia que a solicitação de intervenção na segurança deveria partir da própria governadora, "para que possa haver uma interrupção dos ataques e depois condição para resolver o problema".
Tribuna do Norte
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