O local em que a capivara Filó está sendo mantida pelo Ibama passará por vistoria. A decisão foi tomada pela Justiça neste fim de semana, depois de a deputada estadual do Amazonas Joana Darc (União Brasil) mostrar, em live transmitida pelas redes sociais, que o animal estaria sendo mal cuidado pelo órgão do Estado.
No vídeo, a parlamentar mostrou que Filó estava em uma pequena jaula. Antes de ser entregue aos cuidados do Ibama, a capivara fazia sucesso nas redes sociais ao lado de seu criador, o influenciador digital Agenor Tupinambá. Diretamente do interior amazonense, ele mostrava que o animal tomava banho de rio e tinha direito até de ficar em um “ofurô” improvisado.
Apesar disso, por ordem judicial, o influenciador foi obrigado a entregar Filó para o Ibama. A decisão foi tomada com base na tese de que o animal tinha sido retirado de seu habitat natural. Além disso, Agenor foi multado e obrigado a apagar de seus perfis no Instagram e no TikTok as fotos e os vídeos em que a capivara aparecia.
“Me digam se onde a Filó estava não era melhor do que essa gaiola?”, perguntou Joana ao mostrar o local onde o animal está agora. “Olha essa gaiola imunda. Isso é um cativeiro e ela está sofrendo maus-tratos aqui”, criticou a deputada estadual do Amazonas, que defende que a capivara seja devolvida ao influenciador digital.
Decisão manda vistoriar local onde a capivara Filó está
A decisão que determina que o local onde Filó está seja vistoriado partiu do juiz Márcio André Lopes Cavalcante, da Justiça Federal do Amazonas. No sábado 29, o magistrado concedeu liminar permitindo que a deputada Joana Darc tenha acesso, ao lado de médicos veterinários, ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Manaus — que é onde o Ibama deixou o animal.
“Concedo a liminar para autorizar que a Comissão de Proteção aos Animais da Aleam [Assembleia Legislativa do Amazonas], na pessoa de sua presidente, deputada Joana Darc, acompanhada de assessores parlamentares e de médicos veterinários, possa adentrar ao Ibama, mais especificamente no Cetas, para que possam fiscalizar as instalações e realizar avaliação clínica e física da capivara Filó, devendo ser disponibilizado total acesso ao animal, sem qualquer embaraço”, afirmou Lopes Cavalcante em trecho de sua decisão.
Ao determinar a vistoria, o juiz afirmou que o animal vivia em seu habitat natural antes de ser entregue ao órgão do Estado. “Até poucos dias, [a capivara Filó] vivia em seu habitat costumeiro, estando em boas condições de saúde.”
“[A capivara] foi levada abruptamente do interior do Estado para a capital e encontra-se em condições que são desconhecidas do particular Agenor Bruce Tupinambá, dos demais órgãos de proteção animal e de toda a sociedade, que tem o direito de saber o estado de saúde e as condições em que a capivara está vivendo”, registrou o juiz federal.
Revista oeste
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