O Porto de Natal terá uma queda imediata superior a 50% em suas operações. O motivo é que, no fim de semana, a empresa francesa CMA-CGM deixou de operar no terminal potiguar. O prejuízo estimado inicialmente é de R$ 5 milhões por ano, mas a Companhia das Docas do Rio Grande do Norte (Codern) está em busca de alternativas para suprir a falta que a empresa fará.
Desde o ano passado, a Codern já havia sido informada que a CMA não mais atuaria no Rio Grande do Norte. A gigante do transporte marítimo explicou que vai operar com navios de 260 metros, o que impossibilita manobras na foz do Rio Potengi.
Essa limitação se deve à altura da Ponte Newton Navarro e à falta de defensas. Devido a isso, apenas barcos com altura inferior a 52 metros e 220 metros de comprimento entram no terminal potiguar. As defensas são estruturas que precisam ser instaladas na base das colunas da ponte, garantindo segurança de modo a suportar o impacto em caso de colisão, sem danos à ponte.
A principal atividade realizada pela empresa no Rio Grande do Norte era o transporte de cargas para a Europa, especialmente frutas. Agora, a operação da transportadora será realizada através de porto no Ceará.
De acordo com a Codern, não há nenhum outro acordo com empresas de transporte marítimo para operação no Porto de Natal. Há uma negociação para que uma grande empresa no setor da fruticultura passe a utilizar o terminal, mas ainda não há a confirmação.
Tribuna do Norte
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