A Justiça Federal do Espírito Santo determinou a suspensão do Telegram no Brasil. Para adotar tal medida, o Poder Judiciário alegou que o aplicativo de mensagens não entregou para a Polícia Federal (PF) todos os dados solicitados sobre grupos neonazistas.
A PF afirma, segundo o site G1, que enviará ainda nesta quarta-feira, 26, ofícios ao Google e à Apple para que retirem o acesso ao aplicativo de suas lojas virtuais. A corporação também deverá encaminhar documento com a decisão para as operadoras de telefonia celular no país.
Até o momento, a equipe responsável pelo Telegram no Brasil não se posicionou.
Apesar da decisão da Justiça Federal, o app seguia ativo até às 15h40 desta quarta-feira — tanto na Play Store quanto na Apple Store, lojas virtuais dos sistemas operacionais de Google e Apple, respectivamente.
A decisão pela suspensão do aplicativo é em decorrência de investigações relacionadas aos ataques ocorridos em novembro de 2022 em duas escolas de Aracruz, no Espírito Santo. Na ocasião, quatro pessoas foram mortas e 13 ficaram feridas. De acordo com a PF, o responsável pelo crime usava a plataforma para participar de grupos antissemitas.
PF pediu acesso a grupos do Telegram
“Observou a autoridade policial que o menor infrator era integrante de grupos de Telegram de compartilhamento de material de extremismo ideológico, cuja divulgação de tutoriais de assassinato, vídeos de mortes violentas, tutoriais de fabricação de artefatos explosivos, de promoção de ódio a minorias e ideais neonazistas”, afirma a PF em trecho do documento em que pediu a quebra do sigilo telemático do responsável pelo crime em Aracruz.
Fonte: Revista Oeste
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