O jipeiro Ailton Berto da Silva foi condenado a 49 anos e 6 meses de prisão em regime fechado por ter matado o amigo Fantone Henry Filgueira Maia e baleado outras duas pessoas - Mac Arthur e Ivo Bruno - durante uma confraternização na praia de Santa Rita, em Extremoz. O julgamento foi encerrado na noite dessa quarta-feira (25), no fórum Desembargador Francisco Lima, em Extremoz.
Além da prisão, o homem também foi condenado a pagar cerca de R$ 100 mil para as vítimas pelos danos causados. Ele não ficou no salão do júri no momento em que sua sentença era lida pela juíza Gisele Guedes.
Antes da sentença, foram três dias de debates e depoimentos. Ao todo, 29 testemunhas foram ouvidas. No primeiro dia de julgamento, na segunda-feira (23), foram 15 pessoas, sendo 11 de acusação e quatro de defesa. Na terça-feira (24), foram mais 14 testemunhas, todas de defesa.
Durante o julgamento, os promotores mostraram que Ailton foi frio, atirou por motivo fútil e sabia o que estava fazendo quando sacou a arma no meio da confraternização e começou a atirar. A defesa, por sua vez, tentou argumentar que o réu foi vitimado por gatilhos emocionais quando atirou contra as três vítimas.
Amigos e familiares de Fantone, Mac Arthur e Ivo comemoraram a condenação. "Não vai trazer Tone de volta, não apagar o que passamos, mas a justiça foi feita", afirmou Juliana Araújo, esposa de Mac Arthur e que também foi testemunha.
César Suricato é amigo das vítimas e estava na confraternização, mas tinha saído pouco antes do crime. Ele acompanhou o julgamento e ficou satisfeito com a pena. "Graças a Deus ele pegou uma pena significativa. A gente achava que não iria ser tanto. Nesse caso, a justiça foi feita", destacou.
Relembre o crime
Era noite do dia 30 de novembro de 2019. Um grupo de amigos jipeiros estavam em uma casa de praia em Santa Rita. Após um mal entendido, Ailton sacou uma arma de fogo e atirou em quem estava perto dele. Fantone foi o primeiro a ser atingido. Além dele, outras duas pessoas foram baleadas, Arthur Coste e Ivo Bruno. Eles ficaram internados por quase um mês e deixaram o hospital juntos.
Ailton Berto fugiu após o crime e foi preso pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no dia 6 de dezembro. Em abril de 2020, ele foi colocado em liberdade, mas voltou a ser preso poucos dias depois.
Portal da Tropical
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