POR ISMAEL JEFFERSON
O padre Egídio de Carvalho Neto foi denunciado pelo Ministério Público da Paraíba, acusado de ter liderado um esquema de desvio e lavagem de dinheiro público por quase dez anos enquanto era presidente do Instituto São José, responsável por gerir o Hospital Padre Zé, em João Pessoa (PB).
Segundo denúncias, a unidade de saúde tinha dificuldades para continuar em operação e acumulava dívidas, além de deixar desamparados pacientes em situação de vulnerabilidade.
Esta semana, o padre teve a prisão preventiva mantida após audiência de custódia e seguiu para a Penitenciária Especial do Valentina de Figueiredo.
De acordo com as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) o padre esteve envolvido em atividades como aquisição de 29 imóveis em estados como Paraíba, Pernambuco e São Paulo, quitação de dívidas com dinheiro do instituto e pagamento da faculdade de Medicina do sobrinho em São Paulo, com mensalidades de R$ 13 mil, entre outras ações.
Fraude de R$ 363 mil em Equipamentos para Tratamento da Covid-19
Um dos incidentes com maior destaque teria ocorrido em 2021, durante a pandemia da Covid-19. Uma auditoria conduzida pela administração atual do Hospital Padre Zé revelou que Egídio teria autorizado a aquisição de 38 monitores multiparamétricos, vitais para o tratamento de indivíduos com Síndrome Respiratória Aguda Grave, no montante de R$ 363,9 mil, utilizando recursos provenientes de um convênio com a prefeitura de João Pessoa.
Os aparelhos, destinados ao tratamento de pacientes carentes com Covid-19, aparentemente nunca foram entregues. Em uma conversa obtida pelos investigadores, a diretora Jannyne Dantas declara, por meio de áudio, que os monitores de fato não foram entregues e que a nota fiscal seria falsa.
*Com informações do Portal Grande Ponto
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