O navio-sonda NS-42 da Petrobras, responsável pela perfuração do
poço de Pitu Oeste, na bacia potiguar, deve chegar ao Rio Grande do Norte na
próxima quarta-feira (20), conforme previsão da petroleira. A chegada da
Petrobras marca o retorno da estatal à Margem Equatorial brasileira, que vai do
RN até o Amapá. Em contato com a reportagem da TRIBUNA DO NORTE, a Petrobras
reafirmou que pretende iniciar a exploração ainda neste mês de dezembro.
A sonda contratada pela Petrobras estava na Baía de Guanabara para
abastecimento e limpeza de casco, a fim de prevenir a disseminação de
coral-sol, espécie exótica de corais. Pitu Oeste será o terceiro poço da
concessão BM-POT-17 e a previsão é de que a sua perfuração dure de 3 a 5 meses.
O último poço dessa concessão foi perfurado em 2015. Nesta fase, não há
produção de petróleo.
“O poço de Pitu Oeste significa a retomada de nossas atividades na Margem
Equatorial e uma campanha exploratória na qual acreditamos, pois expandirá
ainda mais as atividades da Petrobras para o Nordeste e o Norte e ajudará a
financiar a nossa transição energética”, declarou Joelson Falcão Mendes,
diretor de Exploração e Produção da Petrobras.
A Petrobras recebeu do Ibama, em outubro de 2023, a licença de operação para
perfuração de poços exploratórios, em águas profundas da Bacia Potiguar, na
Margem Equatorial brasileira. Trata-se da 21ª licença concedida pelo órgão
desde 2004 para perfuração na Margem Equatorial. No âmbito da mesma Licença
ambiental, a Petrobras planeja perfurar o poço Anhangá, na concessão POT-M-762,
a 79km da costa do Rio Grande do Norte e próximo ao poço Pitu Oeste.
“Em nosso Plano Estratégico 2024-2028 está previsto o investimento de US$ 3,1
bilhões em investimentos em atividades exploratórias na Margem Equatorial. Esse
esforço já dá a medida da confiança em que depositamos no potencial dessa faixa
do litoral brasileiro, muito promissora e fundamental para garantirmos a
segurança energética do país”, explicou Jean Paul Prates, presidente da
Petrobras.
Essa perfuração vai ampliar a pesquisa exploratória, pela qual a companhia
pretende obter mais informações geológicas da área e avaliar a viabilidade
econômica e a extensão da descoberta de petróleo realizada em 2013 no poço de
Pitu.
A companhia não realizava uma Avaliação Pré-Operacional desde 2013, quando
obteve a primeira licença para a mesma área, em Pitu. O último poço dessa
concessão foi perfurado em 2015. A Petrobras pretende perfurar 16 poços
exploratórios na Margem Equatorial, em cinco anos e garante que aplicará na
Bacia Potiguar e nas demais bacias da Margem Equatorial toda sua expertise
técnica, adquirida ao longo de 70 anos de liderança no setor de óleo e gás
brasileiro.
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