Em seu primeiro mandado no como senador, Rogério Marinho (PL) é o único dos 11 parlamentares da bancada federal do Rio Grande do Norte a constar na lista dos “100 Cabeças” do Congresso Nacional em 2023, aponta levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP).
Sem nenhuma afinidade ideológica com a atual administração federal e com a responsabilidade de liderar a oposição ao governo do presidente Lula (PT), é destacado pelo DIAP entre os 40 novos parlamentares mais influentes do Congresso Nacional, composto por 513 deputados e 81 senadores, totalizando 594 parlamentares em exercício de mandato.
Entre os 100 parlamentares que comandam o processo decisório no Congresso Nacional em 2023, 71 são deputados, e 29 são senadores. Desses, 69% pertencem à base de sustentação do governo e 31% à oposição.
Segundo o DIAP, que há 30 anos acompanha a distribuição regional dos parlamentares mais influentes do Congresso Nacional, durante todo esse período constatou tendência da prevalência de representantes nas regiões ricas, urbanizadas e industrializadas, com concentração maior nas regiões Sudeste e Sul do País, na elite do Poder Legislativo, em relação às regiões carentes ou menos desenvolvidas. Essa tendência, no entanto, pela 4ª vez consecutiva não se manteve, apesar de a Região Sudeste, sozinha, representar 36% da elite parlamentar.
De acordo com DIAP, este ano a Região Nordeste é a que mais tem representantes nesta edição de os “Cabeças” do Congresso Nacional, 42, sendo 28 deputados e 14 senadores. Sozinha, a região tem a maior quantidade de senadores, 14, ou mais de 48% de toda a representação do Senado Federal na elite.
Em segundo, está a Região Sudeste com 36 parlamentares, seguida pelas regiões Sul, com 11 parlamentares, Norte, com 7 parlamentares e, por último, a Centro-Oeste, com 4 parlamentares nos “Cabeças” do Congresso Nacional 2023.
O estudo, que inclui apenas parlamentares que exerceram o mandato do primeiro trimestre do ano até setembro, levou em conta diferentes critérios, como a capacidade de conduzir debates, elaborar propostas e senso de oportunidades para tomada de decisões, para elencar os 100 nomes de destaque no Legislativo no ano.
Os “Cabeças” do Congresso Nacional são, na definição do DIAP, aqueles parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de todas ou algumas das qualidades e habilidades aqui descritas.
Entre os atributos que caracterizam protagonista do processo legislativo1, se destacam a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações, seja pelo saber, senso de oportunidade, eficiência na leitura da realidade, que é dinâmica, e, principalmente, facilidade para conceber ideias, constituir posições, elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando a repercussão e tomada de decisão. Enfim, é o parlamentar que, isoladamente ou em conjunto com outras forças, é capaz de criar papel e contexto para desempenhá-lo.
A escolha dos parlamentares mais influentes de 2023, neste 1º ano da 57ª Legislatura, foi impactada por três vetores: alternância do poder na Presidência da República, reeleição dos presidentes das casas legislativas e formação de federações partidárias.
Explicação dos 3 vetores
No primeiro caso, pelo deslocamento de partidos e parlamentares da situação para a oposição e vice-versa. No segundo, pelo poder que tem o presidente da Casa reeleito para alocar aliados nos espaços do poder no interior da Casa legislativa. E no terceiro, pelo arranjo partidário decorrente da união de partidos durante toda a legislatura.
A pesquisa inclui apenas os parlamentares que estavam no efetivo exercício do mandato no período de avaliação, que vai do 1º trimestre de 2023 até setembro de 2023. Assim, quem esteve ou está licenciado do mandato, mesmo influente, não faz parte da lista. Por isto, não constam entre os 100 mais influentes de 2023, os deputados que estão licenciados do mandato, cumprindo missão no Poder Executivo.
Tribuna do Norte