Os preços da gasolina e do diesel
no Brasil entraram em 2024 praticamente em paridade com os preços do mercado
internacional, segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de
Combustíveis (Abicom), que, no entanto, vê janelas abertas apenas para a compra
de gasolina, que está há 74 dias sem reajuste nas refinarias da Petrobras e com
preço 1% acima do praticado no Golfo do México, referência dos importadores
brasileiros.
O
preço do petróleo no patamar de US$ 77 o barril e o câmbio estabilizado em
torno dos R$ 4,8 ajudam a conter os preços no mercado interno, segundo a
Abicom.
Já
para o diesel, cujo preço foi reduzido duas vezes em dezembro pela Petrobras,
as oportunidades de importação estão fechadas. A Acelen, que controla a
Refinaria de Mataripe, única unidade de refino privada relevante, também
reduziu na última quarta-feira do ano passado, 27, o preço do diesel em R$
0,10/litro.
O
preço do diesel está 2% abaixo do praticado no Golfo do México nas refinarias
da Petrobras e 1% a menos na média das refinarias brasileiras. No ano passado,
a estatal reduziu o diesel em 22,5%, sendo a última queda promovida na semana
passada, da ordem de 7,9%, ou R$ 0,30 por litro. No início de dezembro a
estatal já havia reduzido o preço do diesel em R$ 0,27/litro.
Desde
maio, a Petrobras abandonou a política de paridade com a importação (PPI) e
adotou uma estratégia comercial baseada no custo alternativo do cliente, como
valor a ser priorizado na precificação, e o valor marginal para a Petrobras. De
acordo com o presidente da estatal, Jean Paul Prates, a nova estratégia deu
maior previsibilidade para o mercado, ao mesmo tempo em que manteve a
lucratividade da companhia.
Estadão Conteúdo
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