Imagens do circuito de monitoramento de um estabelecimento
comercial na Rua Santa Ifigênia, na região central de São Paulo, flagraram um grupo de usuários da Cracolândia invadindo uma loja de venda de câmeras de
segurança, que foi saqueada neste fim de semana, no fim da madrugada do sábado
(27/1).
As imagens mostram o fluxo de usuários reunidos em plena Rua
Santa Ifigênia, próximos ao número 670, por volta das 5h40, já com o dia claro.
Algumas pessoas estão sentadas em frente a outras lojas, enquanto um grupo
força a porta metálica da comércio de câmeras
Quando o grupo consegue arrebentar a porta, dezenas de usuários
de crack se aproximam do local para furtar os equipamentos, enquanto outros
tentam se distanciar da confusão e levam alguns pertences para longe.
Nas imagens, é possível notar que ao
menos seis minutos após o arrombamento ainda havia pessoas entrando e saindo da
loja, carregando pordutos pelo meio da Santa Ifigênia.
Policiais militares da 2ª companhia do 7º
BPM foram acionados para comparecer ao local do furto às 6h13. Segundo a PM, a
ocorrência foi encaminhada ao 2º Distrito Policial (Bom Retiro). O proprietário
teria afirmado aos policiais que faria posteriormente um boletim de ocorrência
a respeito do caso e foi dispensada a perícia no comércio.
A responsabilidade pela região onde
aconteceu o saque é do 3º DP (Campos Elíseos), que fica a 500 metros da loja.
Saques praticados por usuários da
Cracolândia não são incomuns. Em novembro, por exemplo, uma loja na Rua do Triunfo foi invadida e os
responsáveis pelo crime usavam até carrinhos de compras para carregar
notebooks, alto-falantes automotivos e caixas de som.
A região do 3º DP, onde fica a Cracolândia, registrou 6.199
roubos ao longo do ano passado, média de 17 por dia. Foram também 11.092
furtos, cerca de 30 por dia.
Segundo os dados oficiais da
Secretaria da Segurança Pública, houve queda de 14,2% no roubos em comparação
com 2022 (7.226 casos). Em relação aos furtos, os números permaneceram
praticamente estáveis (11.136 casos, variação de 0,4%).
Questionada, a SSP afirmou que não
havia registro do saque à loja até a publicação da reportagem.
Metrópoles
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