A Polícia Federal (PF) prendeu, na área migratória do
aeroporto de Guarulhos, um operador especializado em lavar dinheiro com
criptoativos – segundo o investigadores, em apenas dez meses, a conta bancária
usada pelo suspeito movimentou mais de R$ 1,4 bilhão.
O investigado foi preso neste domingo, 7, quando tentava embarcar para
Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A ordem de custódia cautelar foi expedida no
bojo da Operação Colossus para “resguardar a ordem pública, a instrução
criminal e a aplicação da lei penal”.
De acordo com a Polícia Federal, o homem fixou residência em
Dubai para “seguir com a prática criminosa” e “dificultar a atuação das
autoridades”. O alvo foi preso após dias de monitoramento feito pela PF.
Na Colossus, foi identificado que uma das empresas controladas pelo
investigado movimentou, entre 2017 e 2021, mais de R$ 13 bilhões entre créditos
e débitos, sem apresentar registros de emissão de Notas Fiscais compatíveis com
a movimentação bancária Também foram encontradas evidências de operação com
dinheiro proveniente de tráfico de drogas e outros crimes.
O suspeito é investigado por receber recursos ilícitos no
País e lavar o dinheiro com a disponibilização dos montantes como criptoativos,
tanto no exterior quanto no País. A ocultação da origem do dinheiro se dava
pelo uso de empresas de fachada de laranjas. A PF também apura suposta prática
dos crimes de falsidade ideológica, evasão de divisas, funcionamento irregular
de instituição financeira e falsa identidade em operação de câmbio.
Os investigadores tem provas de que, mesmo morando fora,
o suspeito segue lavando dinheiro: foi identificada uma conta bancária de uma
empresa pertencente a um “laranja” usada pelo investigado para o recebimento e
transferência de recursos. “Com registros de atuação ao longo do último ano, em
apenas dez meses a conta bancária por ele utilizada apresentou movimentação
bancária superior a R$ 1,4 bilhão”, ressaltou a corporação.
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