O presidente do PL Waldemar Costa Neto foi preso em
flagrante na Polícia Federal na manhã desta quinta-feira por porte ilegal de
arma de fogo. Ele estava sendo alvo de um mandado de busca e apreensão em uma
ação que investiga a tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado
Democrático de Direito.
De acordo com a PF, estão sendo
cumpridos 30 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão
preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição
de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do
país, com entrega dos passaportes e suspensão do exercício de funções públicas.
Policiais federais cumprem as medidas
judiciais, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal, nos estados do Amazonas,
Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito
Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.
Nesta fase, as apurações apontam que o
grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência
de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do
pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica
de milícia digital.
O primeiro eixo consistiu na construção
e propagação da versão de fraude nas Eleições de 2022, por meio da disseminação
falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso
reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os
resultados do segundo turno do pleito em 2022.
O segundo eixo de atuação consistiu na
prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito,
através de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e
táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível.
"Os fatos investigados configuram,
em tese, os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado
Democrático de Direito e golpe de Estado", informou a PF, em nota.
O GLOBO
Nenhum comentário:
Postar um comentário