REDAÇÃO ITAJÁ TV
Da comemoração eufórica, fotos
nas redes sociais com amigos e familiares, a uma frustração sem precedentes. A
sonhada vaga na universidade federal para graduação em um curso superior se
tornou um trauma na vida de estudantes do Rio Grande do Norte, que chegaram a
ver seus nomes como aprovados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), mas
acabaram sendo excluídos após correção do sistema. Este foi o caso de duas
jovens potiguares, uma de Parnamirim e outra de Jardim do Seridó, situação que
se repetiu em outros estados. Após o constrangimento, ambas vão recorrer à
Justiça em busca das vagas.
A estudante de 18 anos, Jainy Azevedo de Araújo, de Jardim do Seridó, chegou a
comemorar com família e amigos e até posts nas redes sociais a vaga no curso de
Medicina, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Na quarta-feira (31),
24h depois, a frustração: o resultado oficial divulgado mostrava que ela não
estava selecionada para o curso. A família entrou com um mandado de segurança
na Justiça Federal do RN com o intuito de garantir a vaga.
“Pedimos a aprovação na instituição, no caso, seguir o que havia sido divulgado
em virtude da nota que ela teve. A jovem não pode ser responsabilizada pelos
erros no sistema. Em virtude do constrangimento de ter reunido familiares e
amigos para comemorar e em caso não o seja acolhido o pedido de matrícula
devidamente na instituição, pedimos uma indenização por danos morais”, aponta o
advogado Allyson Moisés Medeiros, que representa a estudante.
Ainda segundo o advogado, foi pedida uma indenização por danos morais no valor
de R$ 30 mil para a estudante, quantia considerada pequena para o defensor da
estudante. “Pedimos esse valor para mostrar ao juiz que a estudante está
interessada na aprovação e não na indenização”, acrescenta.
Outro caso aconteceu em Natal, com a estudante Clara Letícia Pereira Leite, de
18 anos. Ela publicou post nas redes sociais mostrando que havia sido
selecionada no curso de Direito na UFRN na chamada regular na terça-feira. O
cenário foi o mesmo: ela chegou a ver a aprovação na terça, mas na quarta-feira
o resultado foi diferente.
“Pretendo acionar a Justiça após esse episódio. Já fiz consultas com alguns
advogados. A questão é a frustração. Quando vi o resultado novo me senti
iludida, impotente, traída. A sensação foi muito ruim. Já tínhamos marcado
churrasco, comemoração. Minha família adiou viagem para podermos celebrar. No
fim das contas perdi minha vaga”, acrescenta.
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