A Federação Nacional dos
Policiais Penais Federais, que é a unificação dos cinco sindicatos de policiais
penais federais existentes, informou por meio de carta aberta à população que,
apesar do que aconteceu, as penitenciárias federais continuam seguras e cumprindo
o papel de isolar lideranças criminosas inseridas no Sistema Penitenciário
Federal – SPF/SENAPPEN.
Na
carta, a Federação Nacional também explica que “os foragidos [Deibson Cabral e
Rogério da Silva] não tiveram apoio externo, ou seja, não havia logística
externa; eles não possuíam veículo para fuga, celulares, casa de apoio e nem
rota de fuga, o que nos leva a acreditar que não houve planejamento prévio e
sim uma oportunidade que foi aproveitada e obtiveram êxito”.
Ainda é
explicado que existem presos de altíssimo poder econômico cumprindo pena neste
momento na mesma Penitenciária Federal em Mossoró, a exemplo de Luís Fernando
da Costa que já está há 17 anos no Sistema Penitenciário Federal. “De que forma
esses presos teriam conseguido cooptar policiais penais federais com tanta
facilidade, uma vez que chegaram em setembro de 2023 na unidade e existem
presos mais expressivos que há 17 esperam uma chance de fuga?”, questiona a
carta.
O comunicado também diz que as
penitenciárias sempre tiveram problemas estruturais e à medida que chegavam ao
conhecimento das entidades de classe, eram repassados às respectivas
autoridades. Alguns foram resolvidos como, por exemplo, o projeto de construção
de muralhas que foi demanda da Federação em 2019, mas apenas uma, a de
Brasília, foi entregue até o momento.
“A cidade de Mossoró tem um índice de
salinidade muito elevado, o que acelera a degradação das estruturas e não se
descarta a hipótese do vergalhão que o foragido utilizou inicialmente para
arrancar a luminária seja da própria estrutura da cela que talvez estivesse
exposto e não foi observado, porém é só uma hipótese, vamos aguardar as
investigações”, diz a nota.
No fim da carta, é dito que as
entidades sindicais esperam que tudo seja apurado e, havendo responsáveis, que
respondam pelas suas ações e/ou omissões na forma da lei, “somente quem, de
certa forma, estiver errado responda pelos respectivos erros; este episódio não
pode se transformar em caça às bruxas para servir de exemplo, pois é uma
questão de justiça”.
Com Informações Fim da linha
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