A ministra da
Saúde, Nísia Trindade, anunciou nesta quinta-feira 1º a criação de um Centro de
Operação de Emergência (COE) para intensificar as ações de combate e prevenção
à dengue, que apresenta uma explosão de casos em
algumas regiões do Brasil.
“[A dengue] É uma preocupação, sem
dúvida. Por isso, o Ministério da Saúde instituiu
o centro de operação de emergência da dengue. Esse centro é criado sempre
criado quando temos uma situação de preocupação, alerta ou emergência”,
anunciou Nísia.
Do início do ano
para cá, mais de 243 mil casos de dengue foram confirmados no país, a maior
parte deles no sudeste e centro oeste.
A ministra afirmou
que não existe uma situação de emergência em todo o país, mas a criação do COE
é importante para atender as regiões mais atingidas e evitar a proliferação de
casos.
“Já vínhamos trabalhando
numa sala de acompanhamento de situação desde novembro, mas consideramos que é
importante, neste momento, uma mobilização nacional. A instituição do COE
reforça a nossa capacidade de mobilização e significa um estágio de mais
estrutura para situações de emergência e anteciparmos situações de emergência”,
disse.
A chegada da
vacina Qdenga ao Sistema Único de Saúde (SUS), que deve começar a ser
distribuída na próxima semana, é motivo para esperança, mas para Nísia
Trindade, não será a solução para o problema atual da dengue no país.
“A vacina começará
a ser distribuída na próxima semana e, a partir da chegada aos municípios, eles
organizam sua vacinação. Lembrando sempre, a vacina não é uma solução para este
momento de surto de dengue. Neste momento, a prioridade, em termos de
emergência, é cuidar e continuar prevenindo”, pontuou a ministra.
Apenas neste mês
de janeiro, o Brasil registrou mais de 243 mil casos prováveis de
dengue. No primeiro mês deste, 24 pessoas morreram em decorrência da
doença no Brasil. Outros 163 óbitos suspeitos seguem em investigação.
Nísia
Trindade participou da 1ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores
Tripartite de 2024, com a participação dos conselhos representantes das
secretarias estaduais e municipais de saúde (Conass e Conasems), onde atualizou
o cenário epidemiológico da dengue no Brasil.
A ministra evitou
fazer projeções de número de casos e mortes para os próximos meses.
“As mortes são evitáveis, desde que
haja hidratação e os cuidados adequados. Ainda não estamos fazendo essas
projeções, estamos trabalhando nesse quadro e com a mensagem principal de que
não há porque as pessoas morrerem de dengue”, disse.
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