As investigações sobre a fuga de dois detentos do
presídio de segurança máxima de Mossoró (RN) apontam que o último sinal obtido de celular dos fugitivos foi
no sábado (17), em área rural, perto da divisa do rio Grande do Norte com o
Ceará.
Desde
então, os dois celulares roubados de moradores de uma casa que foi invadida
pelos detentos na sexta-feira (16) silenciaram. A suspeita dos
investigadores é de os aparelhos que tenham ficado sem bateria. Além de roubar
os celulares, os fugitivos comeram, pediram para entrar em redes sociais e
assistiram a notícias sobre a fuga. A casa fica a cerca de três quilômetros da
Penitenciária Federal de Mossoró, na comunidade de Riacho Grande.
Os
principais envolvidos na força-tarefa de recaptura acreditam que os dois criminosos
permanecem na região e não conseguiram abrir muita distância do local do
presídio.
Nesta
segunda (19), os policiais intensificam buscas por Rogério Mendonça e Deibson
Nascimento em cidade na divisa com o Ceará.
Em
visita a Mossoró neste domingo (18), o ministro da Justiça e da Segurança
Pública, Ricardo Lewandowski, alegou que a complexidade do terreno é um ponto
de dificuldade para os trabalhos. Também afirmou que não há prazo para a captura dos presos.
A
operação conta com helicópteros, drones, cães farejadores e outros equipamentos
tecnológicos sofisticados, além de mais de 500 homens das forças de segurança estaduais e
federal.
Investigação no sistema prisional
Enquanto
os 500 homens da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF)
continuam realizando buscas pelos dois presos, uma investigação interna é
realizada no sistema prisional federal.
A
corregedora da Senappen, Marlene da Rosa, que é policial federal penal, recolhe
depoimentos de funcionários do presídio de Mossoró para apurar eventual
responsabilidades na fuga. Uma equipe da corregedoria da Senappen conduz os
interrogatórios.
A
dúvida é se houve ou não colaboração de agentes penais ou se a fuga foi
facilitada.
Esta
é uma investigação que não tem ligação com a que é conduzida pela PF.
Para
reforçar a segurança no presídio de segurança máxima de Mossoró, minimizando as
falhas estruturais expostas pela fuga histórica, as celas devem começar a receber
uma chapa de aço no local onde estão as luminárias por onde os dois presos
escaparam.
Uma
solução mais definitiva pode ser realizada em um segundo momento, que deve ter
a instalação de grades reforçando a estrutura ou a substituição das luminárias
de dentro das celas.
G1/RN
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