O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi preso novamente nesta sexta-feira (22). A informação foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A ordem de prisão preventiva do militar foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator no STF de inquérito que apura os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, que culminaram na invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília. O magistrado também é o responsável pelos inquéritos das milícias digitais e das fake news.
O episódio ocorre após o vazamento de áudios em que Mauro Cid diz a um amigo ter sido vítima de coação por parte da Polícia Federal (PF), durante depoimentos no âmbito das investigações sobre suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Nas gravações, reveladas pela revista Veja, o militar também critica Moraes e diz que o magistrado já tem sua “sentença pronta”.
O STF informou que, depois do término de audiência de confirmação dos termos do acordo de colaboração premiada firmado pelo militar, foi cumprido o mandado de prisão preventiva por conta de descumprimento de medidas cautelares e por obstrução à Justiça. Cid foi encaminhado ao Instituto Médico Legal pelos agentes da PF.
Antes de ser preso, o militar foi ouvido por cerca de meia hora por um juiz auxiliar de Alexandre de Moraes na Suprema Corte. Agentes da Polícia Federal cumpriram mandado de busca e apreensão na residência do militar.
Nos áudios obtidos pela revista, Cid ataca o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e critica a atuação da Polícia Federal no caso.
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