Estudantes de uma universidade particular de Natal
criaram um aplicativo para celular que pretende tornar mais eficiente o
acompanhamento de pacientes com Doenças Renais Crônicas (DRC).
A
ferramenta foi pensada para acompanhar a evolução clínica dos pacientes na
etapa do pós-tratamento de hemodiálise, e oferece acesso a diagnósticos, dicas
de saúde, consultas on-line, vídeos instrutivos sobre cuidados pessoais e
procedimentos relacionados ao tratamento de diálise.
O
idealizador do Nefrontec é o estudante de Enfermagem da Universidade Potiguar,
Lucas Santos, de 23 anos. "Pensar em formas de diminuir as complicações
ligadas ao tratamento de hemodiálise, especialmente para os indivíduos que
fazem o procedimento em suas residências, foi uma grande motivação",
conta.
O
aplicativo pode garantir maior segurança e conforto aos pacientes que vivem em
áreas rurais ou distantes dos centros médicos, através do suporte remoto
oferecido 24 horas, evitando a necessidade de deslocamentos frequentes para
atualizações do seu estado de saúde.
"O
procedimento de hemodiálise pode ser cansativo e, frequentemente, os pacientes
lidam com problemas sem a presença direta de cuidadores. Diante deste cenário,
senti que era urgente a criação de uma ferramenta que possibilitasse o
monitoramento remoto dos pacientes, detectando potenciais complicações e
oferecendo um apoio mais completo", destacou Lucas Santos.
A
ferramenta ganhou destaque na edição de mês de março da revista Research,
Society and Development (Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, em tradução
livre). O periódico possui excelência internacional, de acordo com o Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).
Sob
orientação da professora Vera Lúcia Morais da Silva, o projeto contou com a
participação de outros seis alunos: Samuel Paranhos, 25 anos, Fabielle Gimenes,
21 anos, Erivan Filho, 20 anos, Victor Gustavo Castro, 21 anos - sendo os
quatro de Enfermagem; Heloísa Matias, 20 anos, de Medicina; e Marta Marquês, 40
anos, de Farmácia.
Atualmente,
o Nefrontec opera em formato de protótipo. Recentemente, o app foi testado para
simulação com 10 pacientes e, segundo os responsáveis, obteve nível
satisfatório. As próximas fases do desenvolvimento, ainda em estágio de
aperfeiçoamento, serão focadas em viabilizar a criação de um produto
comercializável.
g1 RN
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