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17 março 2024

Oficiais generais perderam a “unidade de comando” em depoimento à PF

REDAÇÃO ITAJÁ TV

O depoimento do ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, à PF (Polícia Federal) entrou em contradição com o depoimento do general Estevam Theophilo, ex-chefe do Coter (Comando de Operações Terrestres).

Os documentos foram divulgados nesta 6ª feira (15.mar.2024) depois de determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), para quebrar o sigilo dos depoimentos sobre o suposto plano de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência.

À PF, o general Estevam Theophilo disse ter ido 3 vezes ao Palácio da Alvorada –residência oficial do presidente da República– depois do 2º turno das eleições de 2022. Segundo ele, as 3 vezes em que compareceu no Alvorada foi a pedido de Freire Gomes, então comandante do Exército. Eis a íntegra do depoimento de Theophilo (PDF – 548 kB).

O ex-chefer do Coter afirmou ainda que foi acompanhado de Freire Gomes em duas ocasiões. A única vez que teria ido sozinho, em 9 de dezembro de 2022, seria também por ordem do então comandante. Na ocasião, Theophilo teria se encontrado a sós com Bolsonaro. De acordo com ele, o encontro foi para “ouvir lamentações” do então chefe do Executivo sobre o resultado das eleições.

No entanto, o depoimento de Freire Gomes não bate com a versão de Theophilo. Ao ser questionado sobre a ida do general ao Palácio da Alvorada, o ex-comandante disse ter tomado conhecimento do encontro de Theophilo e Bolsonaro em 9 de dezembro por meio de áudio encaminhado pelo tenente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens do ex-presidente.

Freire Gomes afirmou que o áudio enviado por Cid dizia que a presença de Theophilo havia sido solicitada pelo próprio Bolsonaro. O ex-comandante disse que não partiu dele a ordem para que o general fosse até o Palácio da Alvorada. Eis a íntegra do depoimento de Freire Gomes (PDF – 9 MB).

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