No Rio Grande do Norte, 121 municípios
ainda mantêm o lixão como única forma de disposição final dos resíduos,
enquanto 46 encaminham seus resíduos para aterros sanitários licenciados no RN
ou na Paraíba. Atualmente, menos de um terço dos municípios do Estado fazem a
destinação adequada dos resíduos sólidos. Os dados são do Comitê
Interinstitucional para a Gestão dos Resíduos Sólidos e do Saneamento do Rio
Grande do Norte.
O encerramento dos lixões está previsto
na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e busca mitigar os impactos ao
meio ambiente por meio da adoção de aterros sanitários ou outras soluções
passíveis de licenciamento ambiental, que seguem normas para o tratamento e
controle de resíduos. As cidades têm até esta sexta-feira (2) para encerrar os
lixões e adotar aterros sanitários ou outros equipamentos licenciados para a
disposição final de rejeitos. O prazo está estipulado na Lei nº 12.305/2010,
alterada pelo novo marco do Saneamento (Lei 14.026/2020). A redação original da
Lei 12.305/2010 previa o ano de 2014 como fatal para erradicação dos lixões.
De acordo com a Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS), a ordem de prioridade na gestão e gerenciamento de
resíduos sólidos estabelecida pelo art. 9° da PNRS apresenta a não geração como
ação prioritária, seguida da redução. Para reverter o cenário atual, a
produção, distribuição e consumo devem ser repensados. “A posição adotada pelo
consumidor é a chave para viabilizar uma ruptura com o modelo atual de gestão
de RSU, que vem apresentando índices incipientes de reaproveitamento de
materiais”, afirma o documento do plano nacional.
Tribuna do Norte
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