O
Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (MPRN) obteve uma sentença
que condena vereadores, ex-vereadores e um empresário por improbidade
administrativa na Vara Única de Santana do Matos. A ação civil pública foi
ajuizada após uma investigação ministerial que revelou um esquema de corrupção
envolvendo contratos de locação de veículos firmados pela Câmara Municipal.
O caso envolve os vereadores Airton Ovídio de Azevedo, conhecido por “Mago de
Miro”, Edilson Lopes da Silva, conhecido por “Bial”, os ex-vereadores Erinaldo
Florencio Xavier da Costa, conhecido por “Naldinho”, e Antônio Macedo Neto, e o
empresário Antônio Tavares Neto da Conceito Rent a Car Ltda-ME e Antônio
Tavares Neto-ME. Todos foram sentenciados à devolução de dinheiro ao erário público
e os parlamentares e ex-parlamentares à perda da função pública e à suspensão
dos direitos políticos por oito anos.
Além da multa a ser paga, o empresário está proibido de contratar com o poder
público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta
ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja
sócio majoritário, pelo prazo de 10 anos. A proibição atinge as duas empresas
também.
Em específico, Antônio Tavares Neto terá que devolver ao Município R$ 23.470,00
correspondente ao pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano
causado; Erinaldo Florêncio, R$ 23.470,00; Antônio Macedo recebeu sentença de
perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, no valor de R$
3.840,00,acrescido de multa civil equivalente ao valor do acréscimo
patrimonial, isto é, R$ 3.840,00; Airton Ovídio terá que pagar multa de R$
17.630,00 mais perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio
no mesmo valor; Edilson Lopes teve uma multa de R$ 2.000,00 mais perda dos bens
ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio de R$ 2.000,00.
O MPRN identificou que parte dos recursos pagos pela Câmara retornaram de forma ilícita para as contas bancárias dos vereadores mencionados, evidenciando a prática de corrupção.
A investigação revelou que os vereadores Airton Ovídio de Azevedo, Antônio Macedo Neto e Edilson Lopes da Silva receberam, respectivamente, R$ 17.630,00, R$ 3.840,00 e R$ 2.000,00 de contas associadas às empresas. Erinaldo Florêncio Xavier da Costa recebeu a quantia R$ 1.900,00.
Os dados bancários foram obtidos mediante autorização judicial e confirmaram essas transações ilícitas.
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