Um laudo
preliminar do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) do Rio Grande do
Norte aponta um medicamento como o possível contaminante da água que fez 10
alunos passarem mal em uma escola pública da zona rural de Governador Dix-Sept Rosado,
no Oeste potiguar.
Os estudantes passaram mal e
foram levados a unidades de saúde na última quinta-feira (8). A
suspeita é de que os adolescentes tenham ingerido um tipo de benzodiazepínico,
provavelmente o medicamento diazepan, misturado à agua, segundo o perito
criminal Clélio Diogo.
Segundo a
Polícia Civil, a água pode ter sofrido a contaminação em uma garrafa que teria
sido compartilhada entre os colegas.
Os peritos
colheram amostras de sangue e de urina de um dos estudantes que ficou internado
no Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró. O resultado apontou a presença
do fármaco.
O
estudante relatou aos peritos que após ingerir a água sentiu um gosto amargo e,
pouco tempo depois, teve tontura e uma queda de pressão.
De acordo
com o perito, a concentração da substância não seria suficiente para causar
problemas mais graves aos estudantes. "Esses fármacos são seguros. Para
causar morte, precisam de uma dose muito alta mesmo. O que não foi o caso. Ela
foi alta, mas não atingiu o que a gente chama na toxicologia de dose
letal", disse.
Responsável
pelas investigações, o delegado Caio Fábio, informou que a principal hipótese
da polícia é de que não houve envenenamento, mas "uma contaminação na água
através de uma diluição de um remédio (possivelmente diazepan) em uma garrafa
particular de um dos alunos que foi compartilhada com outros".
O delegado
informou ainda que o médico que atendeu as crianças foi ouvido pela polícia e
confirmou que os sintomas apresentados são compatíveis com o tipo de substância
identificada no laudo do Itep.
A Polícia
Civil ainda vai ouvir outras pessoas na escola, inclusive as crianças que
receberam atendimento.
A escola continua
interditada e sem aulas. Nesta segunda-feira (12), o município informou que
realiza uma limpeza completa nos reservatórios de água e na unidade como um
todo. Ainda não há previsão de prazo para retomada das atividades.
G1RN
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