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09 agosto 2024

Tragédia em Vinhedo: Especialistas Apontam Primeiras Hipóteses para a Queda do Avião

REDAÇÃO ITAJÁ TV

 

A formação de gelo nas asas da aeronave é a principal hipótese para explicar a queda do avião da VoePass em Vinhedo, na última sexta-feira (9), segundo o engenheiro aeronáutico Celso Faria de Souza, perito criminal em acidentes aéreos e diretor da Associação Brasileira de Segurança de Voo (Abravoo).

Em entrevista ao jornal O Globo, Souza analisou imagens da queda e apontou que a estrutura da aeronave estava intacta, sem avarias visíveis. “Havia previsão de formação de gelo na área do acidente. O gelo pode ter se formado na asa da aeronave e o sistema de degelo, por alguma razão, não funcionou. Com isso, o avião perdeu sustentação e caiu da forma que vemos no vídeo”, explicou o especialista.

 

A hipótese do gelo nas asas é corroborada por relatos de outros pilotos que sobrevoaram a região no mesmo dia. Um piloto de A320, por exemplo, reportou a formação de gelo na janela lateral da cabine, um fenômeno raro.

“Se tivesse que apostar na possível razão da queda, diria que há chance de 95% de que isso tenha provocado a queda”, afirmou Souza.

 

Outras hipóteses e fatores contribuintes

Embora a hipótese do gelo seja a mais provável, Souza também mencionou a possibilidade de um desbalanceamento da carga dentro da aeronave como outra causa possível, mas considerou essa hipótese menos provável.

 

Dados do site Flight Radar mostram que o avião estava voando a 17 mil pés, em uma área com formação de gelo severa, confirmando a análise de outros especialistas. Pilotos ouvidos pela reportagem destacaram que as condições climáticas adversas, com formação de gelo, podem ter sido um fator determinante para o acidente.

 

O ATR-72, modelo da aeronave envolvida na tragédia, tem um sistema de degelo diferente dos jatos de grande porte e opera em altitudes mais baixas, o que o torna mais suscetível ao acúmulo de gelo nas asas.

 

Procedimentos de emergência

Pilotos são treinados para recuperar a aeronave em casos de perda de sustentação. No entanto, no caso do acidente em Vinhedo, a altitude da aeronave no momento da queda poderia ter sido suficiente para uma recuperação, caso o sistema de degelo tivesse funcionado corretamente.


GAZETA BRASIL 


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