OO Núcleo de Ginecologia e Obstetrícia de Mossoró (NGO) emitiu uma nota na tarde desta segunda-feira (25) esclarecendo a situação dos médicos obstetras do Hospital Maternidade Almeida Castro, que seguem sem salários há sete meses. Apesar da decisão judicial que determinou o bloqueio de R$ 4,7 milhões das contas do Governo do Rio Grande do Norte, os profissionais afirmam não terem sido oficialmente informados sobre a liberação dos recursos.
De acordo com o NGO, o Governo não apresentou cronograma de pagamento, nem reconheceu formalmente a decisão judicial. O grupo relatou que, ao longo de 2024, recebeu apenas promessas informais de solução para a crise, sem qualquer avanço concreto.
Diante das incertezas, os médicos decidiram manter uma paralisação planejada, garantindo atendimento apenas para casos de urgência, enquanto buscam uma solução para a crise. A APAMIM, entidade responsável pela maternidade, tem contado com recursos do convênio firmado com a Prefeitura de Mossoró para custear parte das escalas médicas e assegurar o funcionamento mínimo dos serviços.
Confira a nota:
NOTA À IMPRENSA E AO PÚBLICO EM GERAL
O NÚCLEO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DE MOSSORÓ (NGO) vem a público esclarecer informações sobre a atual situação envolvendo os profissionais que atuam no Hospital Maternidade Almeida Castro, de fundamental importância para a assistência à saúde da população de Mossoró e região.
Apesar da existência de decisão judicial indicando o bloqueio de valores para o pagamento dos serviços prestados, o NGO não foi oficialmente comunicado sobre a efetiva liberação ou disponibilidade desses recursos para os profissionais. Além disso, até o presente momento, não houve qualquer manifestação formal por parte do Estado do Rio Grande do Norte reconhecendo a decisão, apresentando um cronograma de pagamento ou oferecendo informações concretas sobre a resolução dessa questão.
Durante o ano de 2024, o NGO tem recebido apenas indicativos informais e reiteradas promessas de solução da problemática em questão, sem que haja avanço concreto ou medida efetiva para a devida resolução do significativo atraso no pagamento da remuneração dos seus profissionais.
Diante deste cenário de incertezas e dificuldades, o NGO manifesta sua solidariedade à população, que enfrenta diretamente os impactos dessa situação. Temos mantido diálogo constante com a gestão do Hospital Maternidade Almeida Castro, buscando soluções que assegurem a manutenção de um atendimento mínimo e eficiente.
Nesse sentido, estamos comprometidos em promover uma paralisação de forma planejada e responsável, priorizando a acolhida e assistência aos casos de urgência. Essa está comprometida e apoia a gestão da Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância de Mossoró (APAMIM), com quem o NGO conta para manter uma escala custeada através do Convênio APAMIM-Prefeitura Municipal de Mossoró.
O NGO reafirma sua dedicação na luta por condições dignas de trabalho e pela garantia do direito à saúde da população. Continuaremos buscando soluções junto aos órgãos responsáveis e permaneceremos atentos à evolução do caso, sempre em defesa do bem-estar coletivo.
Mossoró/RN, 25 de novembro de 2024.
Núcleo de Ginecologia e Obstetrícia de Mossoró (NGO)
ISMAEL SOUZA
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