REDAÇÃO ITAJÁ TV
Em resposta à acusação da Secretaria de Administração penitenciária do Rio Grande do Norte (Seap/RN) contra um policial penal que estava de serviço na Secretaria, por furto qualificado, a presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Rio Grande do Norte (Sindppen), Vilma Batista, anunciou que vai recorrer ao Ministério Público estadual e ao Ministério Público do Trabalho para denunciar a secretária adjunta da pasta, Arméli Brennand, por assédio moral, constrangimento e perseguição. Ela também disse que a gestora fica “de conversinha com as organizações criminosas”.
O desabafo de Vilma foi feito por suas redes sociais. Ela foi procurada pela Tribuna do Norte para esclarecer melhor as acusações, mas não retornou o contato da TRIBUNA DO NORTE. “Gostaria aqui de denunciar, mais uma vez, um abuso de autoridade, assédio moral, perseguição, falta de respeito, constrangimento, dentre várias outras situações praticadas pela gestão da Secretaria de Administração Penitenciária”, disse ela no vídeo que divulgou.
Dessa vez, Vilma se referiu à Arméli Brennand, que é promotora de justiça aposentada e está Secretária adjunta da Seap/RN. “Não basta ela ter ido ficar pendurada nas grades da unidade prisional, especificamente do pavilhão 5 (do complexo de Alcaçuz), para estar lá, de conversinha com as organizações criminosas, tentando inclusive fazer vários papos para acessar o que aconteceu em março. É a mesmas secretária que, antes de ser nomeada, estava lá dando ‘boa tarde’, ‘bom dia’ e baixando a guarda para o líder da organização criminosa”, denuncia a presidente do Sindppen.
Na publicação, Batista não detalhou quem seria o citado líder e nem apresentou provas ou explicou o que seria “baixar a guarda” para o criminoso. Contudo, ela reforçou que Arméli estaria “aterrorizando a vida dos policiais penais” e deixa claro que a razão da revolta é pela pasta ter denunciado “caluniosamente um policial penal que foi conduzido coercitivamente à delegacia pelo simples fato de ter entrado na sala da administração, ter tomado café e comido um biscoito.”
O caso citado ocorreu na terça-feira (29) quando, segundo divulgou a Seap, um policial penal de plantão na segurança do prédio da pasta abandonou a Central de Monitoramento e entrou na sala do secretário, sem autorização, pegou alimentos que estavam na geladeira da copa e ainda urinou na garagem da secretaria. O servidor foi então conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos.
“Quando o delegado viu as imagens, viu que se tratava de uma denúncia caluniosa e também de uma falta de respeito. Vamos denunciar ao Ministério Público, ao Ministério Público do Trabalho e pedir providências à governadora que fez, inclusive, um movimento, um evento sobre a lei de assédio moral, mas quem mais pratica assédio moral são as amiguinhas da governadora”, afirmou Vilma Batista.
Para ela, a atual gestão do sistema prisional está retrocedendo com a sistemática de ordem e disciplina até então adotada. “Até esse povo entrar no sistema prisional, os presos já não queriam mais fugir, não queriam mais matar uns aos outros e, infelizmente, é o que acontece no nosso dia a dia por falta de atuação dessa gestão. Porque essa gestão que deveria ter mantido o trabalho que a gente fez, foi a mesma gestão que foi baixar a cabeça para um líder sem futuro numa organização criminosa”, denunciou.
A Seap informou que não vai se pronunciar quanto às acusações de Vilma Batista e que, em nota havia esclarecido sobre o ocorrido com o policial penal flagrado por câmeras de segurança. “O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) foi acionado para verificar as câmeras de monitoramento no período entre a noite de segunda-feira (28) e a manhã do dia 29. Percebeu-se que o policial penal de plantão na segurança do prédio abandonou a Central de Monitoramento por câmeras em diversas oportunidades”, diz a nota.
Nas imagens, a pasta diz que o servidor aparece abandonando seu posto por diversas vezes, entrando sem autorização no gabinete do secretário e “em atitude indecorosa, urinou na garagem da secretaria na frente das câmeras de vigilância, e a apenas 27 passos do banheiro”.
A Seap diz ainda que encaminhou o caso ao conhecimento dos órgãos competentes, para suas análises e providências que julgarem adequadas, mas não divulgou nenhuma imagem que foi captada e que levou à acusação do policial penal.
TRIBUNA DO NORTE
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