A Polícia Militar de Tocantins confirmou, nesta quarta-feira (25), a morte de mais duas pessoas após a ponte Ponte Juscelino Kubitschek, que liga os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), desabar sobre o rio Tocantins. Com a atualização, o número de mortes em decorrência do acidente subiu para 6.
As autoridades ainda buscam por mais 11 desaparecidos. Os óbitos confirmados até o momento são de:
Lorena Rodrigues Ribeiro (25 anos);
Lorrane Cidronio de Jesus (11 anos);
Kecio Francisco Santos Lopes (42 anos);
Andreia Maria de Sousa (45 anos);
Anisio Padilha Soares (43 anos);
Silvana dos Santos Rocha Soares (53 anos).
As equipes especializadas em resgate subaquático retornaram com as buscas no rio Tocantins nesta segunda-feira (25) após a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), órgão do governo federal, afirmar que a água não está contaminada com defensivos agrícolas e ácido sulfúrico.
Com a queda da ponte, três caminhões que transportavam os produtos caíram no rio e derrubaram a mercadoria. Com isso, profissionais da Marinha buscam os seguintes desaparecidos:
Beroaldo dos Santos (51 anos);
Alessandra do Socorro Ribeiro (50 anos);
Salmon Alves Santos (65 anos);
Felipe Giuvannuci Ribeiro (10 anos);
Cássia de Sousa Tavares (34 anos);
Cecília Tavares Rodrigues (3 anos);
Marçon Gley Ferreira
Osmarina da Silva Carvalho (48 anos);
Gessimar Ferreira (38 anos);
Ailson Gomes Carneiro (57 anos);
Elisangela Santos das Chagas (50 anos).
Equipes de resgate utilizam helicóptero, embarcações, motos aquáticas e viaturas para localizar vítimas e veículos submersos após a queda da ponte na BR-226, ocorrida no último domingo (22). O rio Tocantins tem profundidade de 50 metros o que, por sua vez, exige operação complexa da Marinha para localizar as pessoas.
O acidente derrubou no rio 10 veículos, incluindo caminhões, carros e motos, e revelou problemas graves na estrutura. Um relatório de 2020 já classificava a ponte como “precária” e “sofrível”. Em 2024, uma licitação foi aberta para a restauração, mas a reforma não ocorreu devido à desclassificação da empresa contratada.
MPF abre investigação
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento para apurar possíveis danos ambientais no Rio Tocantins e na região após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek. Os caminhões carregados com ácido sulfúrico e agrotóxicos, que transitavam na ponte no momento do acidente, caíram no rio, levantando preocupações sobre contaminação ambiental.
O MPF solicitou que a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão e o Ibama enviem equipes para inspecionar a área, coletar amostras de água e isolar possíveis áreas contaminadas, além de determinar ações para conter eventuais poluições.
Também foi enviado um requerimento à Companhia de Saneamento do Maranhão (Caema) para avaliar se o acidente afetou o abastecimento de água na região e verificar as condições da água fornecida após o desastre.
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