Os profissionais da saúde do Hospital e Maternidade Dr. Antônio Ferreira Sobrinho, enfrentam uma grave crise. Parte da equipe de saúde interrompeu os atendimentos por estarem com seus salários atrasados, e a unidade corre o risco de ficar sem médicos a partir das 7h deste sábado (27). A situação já impacta os serviços prestados no setor de urgência do hospital, que opera com equipe reduzida e funcionamento limitado à área de emergência.
Relatos apontam que o atendimento está sendo realizado de forma improvisada. A unidade conta com apenas dois técnicos de enfermagem, sem a presença de um enfermeiro-chefe, exigência das normas de funcionamento hospitalar.
Tentamos contato com o secretário interino de Saúde do município, José Afonso. O mesmo recusou nossa ligação, dificultando o esclarecimento sobre medidas que poderiam ser adotadas para contornar a situação.
Em meio à crise, os profissionais implementaram um sistema de triagem de emergência para classificar os atendimentos em três cores: verde (casos menos graves), laranja (casos graves) e vermelha (emergências gravíssimas). Segundo informações apuradas da própria equipe de profissionais do hospital, a partir das 15h deste sábado, apenas pacientes classificados como “cor vermelha” serão atendidos, o que representa uma restrição severa ao acesso aos serviços de saúde.
O plantão do médico Dr. Anderson se encerrar às 7h da manhã deste sábado, e não há garantias de que outros médicos assumam caso os pagamentos dos profissionais da saúde não sejam realizados. A iminente paralisação total dos atendimentos agrava um quadro já crítico.
Funcionários que permanecem na unidade destacam as condições precárias de trabalho, incluindo falta de recursos e equipe insuficiente. Essa situação eleva a preocupação com a assistência à população, sobretudo em casos de urgência e emergência, que podem resultar em desfechos graves.
SÃO RAFAEL NOTÍCIA
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