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domingo, 26 de janeiro de 2025

BRAVA ENERGIA INICIA PROCESSO DE VENDA DE ATIVOS NO RN

REDAÇÃO ITAJÁ TV

A companhia Brava Energia informou, nesta últimasexta-feira (24), que iniciou o processo de venda de ativos onshore e de águas rasas, que envolvem operações nos setores de petróleo e gás. Entre os ativos colocados à disposição estão trechos de exploração no Rio Grande do Norte, estado onde a companhia administra 11 concessões de óleo e gás, que registraram uma produção média diária de aproximadamente 250 barris de óleo equivalente no período compreendido entre janeiro e novembro de 2024. A movimentação faz parte da estratégia de gestão de portfólio da empresa.

Em comunicado ao mercado, a Brava Energia revelou que o Conselho de Administração deliberou, na quinta-feira (23), sobre os proponentes (interessados) habilitados para avançar no processo de venda. Apesar do anúncio, a empresa não detalhou o cronograma do procedimento, o valor dos ativos, ou mesmo especificou quais áreas do Polo Potiguar estão incluídas na negociação, mantendo, por ora, a confidencialidade sobre os próximos passos.

A companhia, em nota, destacou que o processo será conduzido com base em suas diretrizes de governança corporativa, garantindo transparência ao mercado e investidores, bem como a conformidade com a legislação em vigor.

Além do Rio Grande do Norte, a Brava Energia possui ativos em terra e no mar nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Ceará, posicionando-se como uma das principais operadoras do setor no país. A Brava Energia surgiu após a fusão entre a 3R e a Enauta. Segundo informações do Radar Econômico, da Veja, a expectativa é de levantar pelo menos US$ 3 bilhões com a política de desinvestimentos da Brava.

Repercussão
O anuncio, no entanto, foi recebido com preocupação por representantes do setor no território potiguar. Em contato com a reportagem da TRIBUNA DO NORTE, nomes ligados a área apontaram que a ação pode ser prejudicial para a geração e manutenção de empregos, além ser negativo para o bem-estar econômico e potencial de investimento na região.

De acordo com o secretário-adjunto da Desenvolvimento Econômico, Hugo Fonseca, o Governo do Estado também observa o movimento mercadológico com preocupação. Ele contou que os principais pontos de atenção do Estado em relação ao processo envolvem a manutenção dos investimentos e empregos no Estado, além da forma como as vendas de ativos serão realizados. Sobre o último tópico, Hugo Fonseca explicou que a empresa contratou um banco privado para avaliar o valor atual dos ativos.

“Em 2019, a Brava Energia adquiriu o pólo potiguar por R$ 2,4 bilhões. Agora, ela está fazendo uma nova avaliação deste valor. Sabemos que já existem pelo menos cinco empresas interessadas na compra desses ativos”, relatou.

Ele ressaltou que as informações foram levantadas através do monitoramento do mercado, realizado pelo Estado.

Coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros do RN (SindPetro RN), Marcos Brasil afirmou que a venda de ativos do pólo potiguar gera um cenário de incerteza para a economia local, tendo em vista que uma nova empresa pode ser incapaz de manter uma estrutura de produção funcional e lucrativa. Como exemplo, Brasil citou a atuação mal-sucedida de empresas do setor nos estados do Espírito Santo e Sergipe. Ao contrário destas, ele compreende que a Brava conseguiu dar estabilidade as atividades petrolíferas no atual momento.

“A notícia trouxe preocupação porque hoje temos em torno de seis mil pessoas trabalhando no setor do petróleo. Lá no Sergipe, a empresa que comprou ativos lá está em dificuldades. No Espírito Santo, a empresa que comprou lá da Petróleo do Aguaste está praticamente quebrada. Já está até na justiça”, apontou.

A manutenção dos postos de trabalho também é uma das prioridades do setor. Marcos Brasil contou que a aquisição dos ativos pode diminuir a quantidade de empregos disponibilizados. “A nossa preocupação é manter os postos de trabalho atuais e buscar uma empresa que mantenha também os salários atuais. A gente não quer que haja perda de posto de trabalho, nem perdas salariais”, afirmou.

TRIBUNA DO NORTE 



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