A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) instalou, nesta quinta-feira (16), o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para dengue e outras arboviroses. Assim, o RN é o 1º estado do Brasil a instalar um centro, que reúne representantes de diversos órgãos públicos do Governo do Estado e também a níveis municipal e federal.
A reunião de abertura do COE foi realizada na sede da Sesap, no Centro de Natal. Durante o encontro, os participantes alinharam as primeiras ações conjuntas, com atenção inicial para a diminuição dos focos de reprodução do Aedes aegypti nos 30 municípios prioritários identificados pela Saúde.
De acordo com o plano de contingência para as arboviroses, o RN encontra-se em nível de alerta, com possibilidade de entrar em situação de epidemia caso registre um aumento expressivo de casos ou confirme algum caso de óbito. Até o fim da tarde desta quinta-feira não havia registro de internação por dengue no estado.
“No período epidêmico do ano passado montamos uma estratégia que foi bem sucedida, com apenas dois óbitos apesar do alto número de casos, e agora queremos repetir. Agora, de forma ainda mais antecipada, visto que o COE de 2024 foi aberto apenas em março”, pontuou a secretária de Estado da Saúde Pública, Lyane Ramalho, que coordenou a reunião.
CRESCIMENTO NOS CASOS
Dentre os principais fatores que provocaram a abertura do Centro está a curva ascendente de casos vista desde o fim de dezembro passado. Nas duas primeiras semanas epidemiológicas de janeiro foi notificado um crescimento de 185% nos casos prováveis em relação às duas semanas finais de 2024.
“Precisamos também monitorar de perto a questão da circulação da dengue tipo 3, que não é registrada no estado há 17 anos”, pontuou Diana Rego, coordenadora de vigilância em saúde da Sesap. A preocupação pelo retorno desse sorotipo se dá pela possibilidade dele encontrar vulnerável uma parcela considerável da população, visto que ele não circula no RN desde o fim da década de 2000, o que pode acarretar em casos mais graves.
Na próxima semana, as equipes da Sesap retornam ao calendário de visita aos 30 municípios prioritários, que foram escolhidos a partir da incidência de casos, casos graves, óbitos, quantidade de focos de mosquitos e fluxo turístico. As visitas reúnem, tal qual o COE, não apenas a saúde, mas integrantes da educação, limpeza urbana e meio ambiente, infraestrutura, entre outros órgãos municipais.
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