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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Lula e Janja fazem viagens pelo Brasil para reverter queda de popularidade

 


Pressionado pelo aumento da desaprovação popular, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciará uma série de viagens pelo Brasil a partir desta quinta-feira (6). A estratégia, definida pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, busca reverter o desgaste do governo e já prevê uma divisão de tarefas entre Lula, a primeira-dama Rosângela da Silva (Janja), o vice-presidente Geraldo Alckmin e diversos ministros. As informações são do Estadão.

Mesmo antes da cirurgia para drenar um sangramento intracraniano, em dezembro do ano passado, Lula priorizava compromissos internacionais. No entanto, pesquisas recentes acenderam o alerta no Palácio do Planalto. Embora um levantamento da Genial/Quaest divulgado na segunda-feira (3) indique que Lula venceria todos os potenciais adversários em 2026, 49% dos entrevistados afirmaram que não votariam nele sob nenhuma circunstância. Além disso, no fim de janeiro, a desaprovação do presidente (49%) superou a aprovação (47%) pela primeira vez.

Para conter essa tendência, Lula e Janja percorrerão o país em agendas separadas, ampliando a comunicação sobre as ações do governo. O presidente, por sua vez, levará ministros para reforçar a divulgação de programas e obras, sob a avaliação de que “2026 já começou”. O objetivo é intensificar o enfrentamento aos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tanto no discurso público quanto nas redes sociais.


Viagens e anúncios

Nesta quinta-feira (6), Lula estará no Rio de Janeiro ao lado da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e do chefe da Casa Civil, Rui Costa, para a reabertura da emergência do Hospital Federal de Bonsucesso, fechada desde 2020. A pasta da Saúde, que administra um dos maiores orçamentos da Esplanada (R$ 239,7 bilhões), ainda busca uma “marca” forte no atual governo.

Na sexta-feira (7), o presidente viajará para Paramirim (BA) para a cerimônia “Água Para Todos – Bahia”, onde fará anúncios sobre segurança hídrica. A região, tradicional reduto do PT, também apresenta sinais de perda de apoio, segundo levantamentos recentes. Na viagem, Lula estará acompanhado de ministros como Sidônio Palmeira, Rui Costa, Waldez Góes (Integração), Jader Filho (Cidades) e do governador Jerônimo Rodrigues (PT).

Enquanto isso, Janja também intensificará sua agenda pelo país, ao lado de ministros das áreas de educação e empreendedorismo feminino. A primeira-dama anunciou sua participação em agendas com Camilo Santana (Educação), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Cida Gonçalves (Mulheres), além de acompanhar o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social) em Roma para compromissos internacionais.

Lula e Alckmin também planejam visitas a outros estados, mas o calendário ainda está em definição. O presidente deseja que o vice divulgue mais o programa de reindustrialização “Nova Indústria Brasil”, que vem sendo bem recebido pelo setor empresarial, mas ainda carece de popularização.

Na próxima semana, Lula viajará para Belém (PA) e Macapá (AP). No Pará, ele anunciará ações relacionadas à COP-30 e ao Minha Casa, Minha Vida, um dos carros-chefe do governo. Em Macapá, no dia 13, o presidente entregará títulos de regularização fundiária para assentados, acompanhado do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.

Já no dia 22, ele retorna ao Rio de Janeiro para um evento de comemoração aos 45 anos do PT. Também está prevista uma visita ao Polo Naval de Rio Grande (RS). A expectativa no Planalto é de que Lula mantenha um ritmo de até duas viagens por semana, retomando um plano interrompido em 2023 por problemas de saúde.

Em reunião ministerial no dia 20 de janeiro, o presidente reclamou que algumas promessas ainda não foram cumpridas e cobrou mais entregas de seus ministros. Uma semana depois, recebeu liberação médica para retomar as viagens.


O Dina Explica

O desgaste na popularidade de Lula tem múltiplas razões. Além da economia com crescimento abaixo do esperado, há dificuldades para transformar anúncios em entregas concretas, um fator que o próprio presidente reconhece. O governo, até agora, não conseguiu consolidar uma “marca” forte como em seus mandatos anteriores, e essa percepção começa a ser refletida nas pesquisas.


A nova estratégia de comunicação busca reforçar a presença do governo nos estados e disputar a narrativa com a oposição. O desafio, porém, será converter esses eventos em resultados práticos e reverter a tendência de desaprovação. A reeleição de 2026 ainda está longe, mas a movimentação de Lula mostra que a corrida já começou.


BLOG DO DINA


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