O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve anunciar nesta segunda-feira (10) a imposição de tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, medida que pode impactar diretamente o Brasil. O país está entre os maiores fornecedores de aço para o mercado americano, ao lado de México, Canadá e Coreia do Sul.
Em 2024, o Brasil exportou mais de quatro milhões de toneladas de aço para os Estados Unidos, sendo o segundo maior fornecedor, atrás apenas do Canadá.
Durante seu primeiro mandato, Trump já havia imposto tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio. Posteriormente, revogou as taxas para produtos brasileiros e de outros parceiros comerciais, como Canadá, México, União Europeia e Reino Unido.
O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil, José Augusto de Castro, avalia que, caso a nova tarifa seja confirmada, o Brasil pode ter dificuldades para exportar metade do volume atual de aço para os Estados Unidos.
Segundo a TV Globo, o governo brasileiro aguardará o anúncio oficial antes de se pronunciar sobre o tema.
Retaliação da China
Enquanto os Estados Unidos se preparam para a nova política tarifária, a China implementou, na madrugada desta segunda-feira (horário local), taxas de 10% e 15% sobre determinados produtos americanos, incluindo energia, equipamentos agrícolas e alguns modelos de veículos.
A medida é uma resposta direta à decisão de Trump de impor uma tarifa adicional de 10% sobre todas as importações chinesas. Estima-se que a retaliação chinesa impacte cerca de US$ 14 bilhões em produtos dos EUA, intensificando a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.
Na semana passada, Trump ameaçou ampliar as tarifas caso houvesse retaliação por parte da China. O presidente chegou a afirmar que conversaria com o líder chinês, Xi Jinping, mas, após a nova medida de Pequim, declarou que não tem pressa para um diálogo.
TRIBUNA DO NORTE
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