Empresas terceirizadas responsáveis pelos serviços de alimentação nos hospitais públicos do Rio Grande do Norte deflagraram greve nesta quarta-feira (16), em protesto contra atrasos salariais e no pagamento de vales-alimentação. A paralisação afetou diretamente o fornecimento de refeições em unidades como o Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró, e o Hospital Regional Monsenhor Antônio Barros, em São José de Mipibu.
Segundo o Sindicato de Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN), a alimentação de funcionários, médicos e acompanhantes foi suspensa, comprometendo a rotina hospitalar. Os trabalhadores das empresas JMT e Fortex, responsáveis pelos serviços, alegam não ter recebido os pagamentos referentes ao mês de março.
A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) informou que os repasses financeiros à empresa JMT foram realizados, mas os trabalhadores continuam sem receber. Em relação à empresa Fortex, a Sesap ainda não se posicionou.
Para garantir o atendimento mínimo à população, 30% dos serviços continuam funcionando, conforme determina a legislação. Em assembleia, os trabalhadores decidiram iniciar uma greve parcial, em formato de revezamento, como forma de manter os serviços essenciais com segurança mínima.
As exigências imediatas dos grevistas incluem o pagamento integral e imediato dos salários atrasados, regularização dos vales-alimentação, garantia de alimentação para os trabalhadores, fiscalização da atuação das empresas e comprometimento do Governo do Estado com a saúde pública.
A diretora geral do Hospital Tarcísio Maia, Kaline França, informou que nesta quinta-feira (17) serão liberados metade dos vales-alimentação atrasados. Esta é a segunda paralisação em apenas quatro meses, evidenciando a recorrência dos problemas enfrentados pelos trabalhadores terceirizados na área da saúde no estado.
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