07 abril 2022
Fábio Dantas admite candidatura ao governo
Ex-vice-governador do Estado e ex-deputado estadual Fábio
Dantas, que é filiado ao partido Solidariedade, admite ser candidato a
governador em uma aliança dos partidos de oposição para enfrentar nas urnas a
governadora Fátima Bezerra (PT). “O Rio Grande do Norte não precisa apenas de
um nome, a oposição precisa se unir em torno de um projeto, que discuta com
solidez e a partir desse planho escolher os nomes”, diz ele.
Mas, Fábio Dantas não refutou
uma eventual candidatura: “Nunca me furtei a desafios. Para mim, desafio
é combustível para alimentar os meus sonhos e de pessoas que pensam igual, que
o Rio Grande do Norte é o território de um povo só”.
Fábio Dantas lembrou, em entrevista ao “Meio Dia RN” (96 FM),
que o seu partido já tem um pré-candidato ao governo, Brenno Queiroga.
“Inclusive votei nele em 2018 para governador e se ele persistir na candidatura
voto nele novamente”, comentou.
No entanto, Fábio Dantas declarou que “se por acaso for
convocado e a oposição se unir em torno do seu nome, aceitaria a candidatura e
o SD teria de buscar apoios”, inclusive do prefeito de Natal, Álvaro Dias
(PSDB), que considera bem avaliado pela população: “Quem quiser ser candidato a
governador, certamente vai precisar do seu apoio”.
Fábio Dantas disse que na campanha de 2014 para o governo, dizia ao então
candidato que terminou sendo eleito governador, Robinson Faria, que seria mais
fácil ele vencer do que governar. “Nessa eleição não, é mais difícil vencer do
que governar, estou preparado para governar o Rio Grande do Norte, não estou
preparado para disputar uma eleição, mas se for candidato, tenho que superar a
adversidade do processo eleitoral”, destacou.
Ele disse que o maior debate da governadora Fátima Bezerra “é
que pagou folhas atrasadas”, mas passou três anos e meio, praticamente, e não
quitou as folhas, está pagando um servidor que ganhava R$ 1 mil em 2018 sem
nenhuma correção monetária, como determinou o Supremo Tribunal Federal (STF) “e
o estado tem dinheiro pra isso, não paga porque não quer”.
Finalmente, Dantas disse que o SD está aberto a discussões
com outros partidos. “Não pretendo ser candidato com estigma de A, B ou C, se
eu for candidato a algum cargo, aqui não é uma eleição nacional, é uma eleição
estadual, em que vai se discutir a melhoria de vida do nosso povo”.
PC do B defende permanência de Antenor Roberto
O Partido Comunista do Brasil (PC do B) divulgou nota em que
volta a defender a manutenção da aliança com política com o PT e a permanência
do vice-governador Antenor Roberto de Medeiros como companheiro de chapa na
campanha de reeleição da governadora Fátima Bezerra.
Presidente estadual do PC do B, Divanilton Pereira, assina a
nota, relatando que desde 1989, seu partido prioriza uma aliança estratégica
com PT “e outras organizações populares, sempre orientado por um entendimento
programático”. A nota do PC do B é decorrente das negociações que o PT vem
mantendo com o presidente estadual do MDB, deputado Walter Alves, cogitado para
ser o candidato a vice-governador na chapa de Fátima Bezerra.
O chefe do Gabinete Civil, Raimundo Alves, avalia “com muito
respeito” o posicionamento político do PC do B, “mas as negociações serão
feitas de partido pra partido”. Em relação as conversas com o MDB, ele disse
que “permanecemos em negociação”.
Nas eleições de 2018, período de intensa resistência
democrática, o PC do B relata que
disponibilizou Manuela D`Ávila como candidata a vice de Fernando Haddad,
candidato à presidência pelo PT, “repercutindo essa diretriz tática também no
Rio Grande do Norte, a professora Fátima Bezerra foi eleita governadora tendo
Antenor Roberto, como vice-governador”.
Desde então, diz a nota, o PC do B e o vice-governador “se
empenham pelo êxito do governo Fátima Bezerra por compreendermos que essa
assertiva é uma necessidade histórica que se impõe”.
Divanilton Pereira afirma que “enfrentamos um legado de
absoluta calamidade administrativa, orçamentária, financeira e fiscal.
Contribuímos para que a resultante desses esforços alcançasse a reorganização
do Estado, uma condição fundamental para atingirmos objetivos maiores, em
especial, o do nosso desenvolvimento”.
Raimundo Alves afirma que não há definição sobre vice
O debate em torno da indicação de um candidato a
vice-governador na chapa de reeleição da governadora Fátima Bezerra (PT) deve
se prolongar por mais tempo, é o que admitiu o chefe do Gabinete Civil do Governo, Raimundo Alves
Júnior ao reconhecer também, inclusive, o diálogo com o presidente estadual do
MDB, deputado Walter Alves, que está sendo cogitado para ocupar essa posição na
chapa majoritária com vistas as eleições de 2022.
“Não tem uma coisa batida como as pessoas querem”, avisou
Raimundo Alves, em “live” nas redes sociais com a deputada Isolda Dantas (PT),
respondendo indagações de militantes petistas.
Embora o PT tenha autorizado a governadora Fátima Bezerra a
liderar as conversas com partidos políticos em torno do fechamento da chapa
majoritária, Raimundo Alves também atua como intermediário nesse processo de
discussão política, que, segundo ele, ainda será levado ao debate nas
instâncias internas do partido, onde esse tipo de debate “não funciona como uma
coisa que alguém define e vai entrar, o PT se alimenta do debate interno”.
Em determinado trecho da “live” com a deputada Isolda Dantas,
o chefe do GAG afirmou que “não precisamos pessoalizar” esse debate em torno do
vice, que ainda “não tem uma definição”.
Isolda Dantas também deu a entender que a definição de um
companheiro de chapa da governadora passa por uma discussão em torno de
programas de governo: “As pautas construídas ao longo do tempo têm de ser
preservadas”.
Raimundo Alves disse que toda a discussão em torno da
composição da chapa majoritária passa pela direção nacional do PT, vez que a
prioridade é a eleição de Lula e, aqui, no Rio Grande do Norte, a reeleição de
Fátima Bezerra.
Por essa razão, explicou Alves, o mais importante é delimitar
uma discussão em torno do campo democrático, bem mais importante, no momento
político do país, do que a questão econômica, porque a prioridade também é
derrotar o bolsonarismo, razão pela qual o que está sendo discutido nacional
também terá repercussão no Rio Grande do
Norte e em todo o país.
“As pessoas precisam entender que a vice não é uma coisa
específica, estamos trabalhando um processo de reconstrução nacional”, defendeu
ele, achando que esse processo de discussão não passa somente por nomes, embora
reconhecendo que isso “é algo legítimo e do projeto dos partidos.
Podemos não recebeu convite para encontro
O partido Podemos não recebeu nenhum convite para participar
de união com outras legenda de oposição ao governo Fátima Bezerra (PT), a fim
de discutir um projeto administrativo e candidaturas majoritárias no Rio Grande
do Norte. “Não faz nenhum sentido uma reunião dessa sem o Podemos ser convidado”, disse o presidente da sua
Executiva Estadual, advogado Felipe Madruga de Souza.
Por conta dos resultados das pesquisas que colocam o senador
Styvenson Valentim em segundo lugar nas pesquisas de intenções de votos,
Fernando Madura considera “natural que ele seja pré-candidato a governo do
Estado”, além de credenciar o PODEMOS a estar presente nas discussões sobre
eleições de 2022.
Mas, Madruga afirma que o PODEMOS não está fechado a
conversas com outros partidos: “A base
da política é o diálogo, nós dialogamos com todas as correntes que tenham
convergência com o nosso projeto, a gente senta com todo mundo sem nenhum tipo
de melindre e com uma conversa aberta”.
Felipe Madruga assumiu a presidência estadual do Podemos em
março, a fim de cuidar da elaboração de um projeto político para o Rio Grande
do Norte e permitir que o senador
Styvenson Valentim concentrasse atuação no mandato em Brasília.
Madruga disse, ainda, que o Podemos vai ter chapa completa para deputado federal,
“temos, inclusive, excedentes de pré-candidatos, no momento adequado vamos ter
um debate politico interno para definir os nomes apresentar esses nomes ao Rio Grande do
Norte”.
O dirigente estadual do partido também afirmou que está se
avançando numa chapa para a Assembleia Legislativa, porém, como teve um curto
período de tempo para a sua montagem, apenas dez dias, será muito difícil
apresentar uma chapa completa com 25 nomes”.
TRIBUNA DO NORTE
Polícia faz busca a apreensão na casa e gabinete do Gabriel Monteiro
A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpre na manhã de hoje (7)
mandados de busca e apreensão em 11 locais relacionados ao vereador Gabriel
Monteiro (PL) e a assessores e ex-assessores dele, incluindo a casa do
parlamentar na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade, e o gabinete na Câmara
dos Vereadores, na Cinelândia.
A operação é referente à investigação do vazamento de um
vídeo em que o vereador aparece fazendo sexo com uma menor de idade. Ambos
alegam que a relação e a filmagem foram consensuais, porém Monteiro acusa
funcionários de vazarem o vídeo, que circulou por grupos de WhatsApp.
A busca e apreensão foi autorizada pelo plantão judiciário
para recolher notebooks, computadores, tablets, celulares, kindles,
smartphones, mídias externas e portáteis tais como HDs externos, pendrives,
CDs, DVDs e semelhantes.
Também foi autorizado pela Justiça o afastamento do sigilo
telefônico e informático para todo o conteúdo dos aparelhos e mídias
apreendidos, bem como a quebra do sigilo de dados das mensagens contidas em
aplicativos nos equipamentos.
Agência Brasil
Morre Canindé Queiroz, fundador do extinto jornal Gazeta do Oeste, em Mossoró
O jornalista Canindé
Queiroz, fundador do extinto jornal Gazeta do Oeste, morreu na madrugada desta
quinta-feira (7) aos 79 anos. Ele marcou época na mídia mossoroense.
Canindé estava internado desde a última terça-feira (5)
devido a uma infecção, no Hospital Wilson Rosado, em Mossoró.
O jornalista faria 80 anos no próximo dia 14 de abril. Ele
deixa seis filhos, nove netos e a esposa, Maria Emília. O velório acontecerá na
Capela São Vicente.
Tribuna do Norte
Bolsonaro veta a 'Lei Paulo Gustavo'
Deputados federais
foram às redes nesta quarta-feira, 6, marcar posição contra o veto do
presidente Jair Bolsonaro à "Lei Paulo Gustavo", que previa a
liberação de R$ 3,8 bilhões da União para o setor cultural. Os parlamentares
que se manifestaram, a maioria pertencente a partidos de esquerda, prometeram
se mobilizar na Câmara para derrubar o veto presidencial.
Com o nome do humorista Paulo Gustavo, que morreu por
complicações da covid-19 no ano passado, a proposta foi aprovada pelo Senado em
15 de março e enviada para sanção presidencial. Em nota, a Secretaria-Geral da
Presidência afirmou que a "Lei Paulo Gustavo" foi rejeitada por não
se atrelar ao interesse público. A decisão também foi publicada no Diário
Oficial da União (DOU) desta quarta-feira.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) chamou o chefe do
Executivo de "canalha" e disse que, se o montante em questão fosse
para propina, tanto "em barra de ouro" como "em Bíblia",
seria liberado. Ele se referia às revelações do Estadão sobre o Ministério da
Educação, que teve sua agenda capturada por pastores evangélicos e foi alvo de
denúncias de corrupção por parte de prefeitos.
O pré-candidato a deputado federal por São Paulo Guilherme
Boulos (PSOL) afirmou que, no governo Bolsonaro, "sobra dinheiro para o
Centrão e falta para a Cultura". O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) seguiu
a mesma linha: "tem dinheiro para o Centrão, mas não para a Cultura. O
setor movimenta a economia, garante emprego e renda para milhões de
brasileiros", disse.
O perfil oficial do PT no Senado chamou o governo de
"fascista" e argumentou que o projeto não cria nova despesa.
"Ele apenas garante que o dinheiro que está parado em 2 fundos culturais
seja liberado. A arte liberta e faz pensar, por isso é tão atacada pelos
fascistas!", publicou. Ao justificar o veto, o ex-secretário de fomento à
Cultura André Porciuncula afirmou que a lei era "repleta de ilegalidades e
inconstitucionalidades", mas não detalhou quais.
Ex-candidata a vice na chapa de Fernando Haddad (PT) em 2018
na disputa pela Presidência, Manuela d´Ávila (PCdoB) afirmou que Bolsonaro é
"inimigo da Cultura e da arte". A deputada Benedita da Silva (PT-RJ)
disse que o veto é "mais uma ação contra o povo e contra o setor
cultural".
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) classificou o governo
como "autoritário" pelo veto ao projeto. "Todo governo
autoritário morre de medo da cultura livre e questionadora. Vamos derrubar esse
veto fascista no Congresso!", publicou. Já o deputado José Guimarães,
também do PT, chamou de "revoltante" a ação do presidente.
A deputada Nathália Bonavides citou o orçamento secreto,
esquema revelado pelo Estadão, para confrontar o veto. Disse: "O governo
busca impedir a destinação de recursos para ações emergenciais na área da
cultura enquanto garante recursos sem limites para orçamento secreto". O
deputado Alexandre Padilha (PT-SP), por sua vez, disse se tratar de mais um
absurdo de "um governo que odeia tudo, especialmente a arte".
Tribuna do Norte
Bandeira verde volta à conta de luz
O presidente Jair
Bolsonaro anunciou na noite desta quarta-feira (6), no Twitter o fim da
bandeira escassez hídrica, em vigor desde setembro do ano passado, e adoção da
bandeira verde na conta de luz a partir de 16 de abril - uma antecipação,
portanto, em relação ao prazo esperado para troca da bandeira, que seria o
final do mês. Nas contas do presidente, a conta de luz terá redução de cerca de
20% com a medida.
Bolsonaro não citou em sua postagem, contudo, se a medida foi
acordada com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), órgão responsável
pela decisão e que se reuniria no final do mês. Procurado, o Ministério de
Minas e Energia tampouco se pronunciou sobre a postagem do presidente.
"Bandeira verde para todos os consumidores de energia a
partir de 16/04. A conta de luz terá redução de cerca de 20%", publicou
Bolsonaro na rede social. "Com o esforço de todos os órgãos do setor
elétrico, conseguimos superar mais esse desafio e o risco de falta de energia
foi totalmente afastado. Os reservatórios estão muito mais cheios do que no ano
passado. Os usos múltiplos da água foram preservados", completou.
De acordo com Bolsonaro, não será mais necessário o
acionamento de geração termelétrica adicional no sistema elétrico nacional, o
que aumenta o custo da energia e é repassado para o consumidor, com impactos na
inflação. "Com a redução da geração termelétrica mais cara e o aumento da
produção das hidrelétricas e das demais fontes renováveis, os custos serão
menores durante o próximo período seco, que vai de maio a novembro, o que se
traduzirá em menores tarifas para os consumidores", acrescentou o
presidente no Twitter.
Especialistas ouvidos pelo Estadão alertam, no entanto, que a
queda vai ser diluída com os reajustes tarifários das distribuidoras, que serão
estabelecidos ao longo deste ano. A PSR,
maior consultoria de energia elétrica do País, estima que, em média, esses
reajustes serão de 15%. Então, computados os aumentos tarifários em 2022, a
redução média na conta de luz do consumidor residencial deve ser de 6,5%.
Anunciada em agosto, a bandeira escassez hídrica foi uma das
medidas estabelecidas pelo governo em 2021 para evitar falhas no fornecimento
de energia em meio a grave crise hídrica. O patamar, que se encerra em 30 de
abril, representa uma cobrança adicional de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora
(kWh). Em um cenário muito diferente, já que choveu o suficiente para garantir
a recuperação dos reservatórios, o governo descarta a possibilidade de
prorrogar a cobrança adicional ou a criação de um patamar extraordinário.
Com a queda da tarifa extra, a Aneel voltará a adotar os
moldes tradicionais do sistema de bandeiras, criado em 2015. Além de
possibilitar ao consumidor saber o custo real da geração e adaptar o consumo,
as bandeiras atenuam os efeitos no orçamento das distribuidoras, que não
precisam “carregar” os custos até o reajuste anual quando é necessário comprar
uma energia mais cara. Na prática, as cores verde, amarela ou vermelha indicam
se haverá ou não cobrança extra nas contas de luz e o valor. O patamar para
maio será divulgado no dia 29 de abril.
Para o gerente de Preços e Estudos de Mercado da consultoria
Thymos Energia, Gustavo Carvalho, a cobrança mais cara já poderia ter sido
suspensa há alguns meses, dado o cenário positivo em relação às chuvas. Nos
últimos meses, o governo tem limitado a quantidade e o valor das usinas
térmicas em operação. “O propósito das bandeiras tarifárias é sinalizar o custo
do despacho térmico. Como o custo agora é menor, não faz sentido manter uma
bandeira”, afirma. Ele estima que em julho, agosto e setembro deve ser acionada
bandeira amarela.
Desaceleração da inflação
Além dos efeitos positivos para os consumidores, o fim da
bandeira extraordinária deve levar a uma desaceleração da inflação em maio. Em
2021, a economia foi fortemente impactada pelos sucessivos aumentos na conta de
luz. A criação do patamar extraordinário e outras medidas com custos
bilionários adotadas pelo governo foram responsáveis por pressionar os preços
da energia, que fecharam 2021 com alta de 21,21%. O cenário foi citado pelo
presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em carta enviada ao ministro
da Economia, Paulo Guedes, para explicar os motivos que levaram a inflação a
ficar fora da meta estabelecida.
O economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação
Getúlio Vargas (Ibre-FGV) André Braz afirma que, caso a agência decida, de
fato, acionar bandeira verde, o impacto será absorvido já em maio. "A mudança na bandeira vai trazer uma
redução destacada no preço da energia elétrica e um efeito grande na inflação
média, que pode até ser negativa. A previsão é de um IPCA médio de -0,20% em
maio", explica. "É um efeito nacional, todas as cidades vão registrar
o movimento ao mesmo tempo, diferente dos reajustes das distribuidoras, que
acontecem em datas diferentes."
Na mesma linha, o economista-chefe da Austin Rating, Alex
Agostini, afirma que qualquer redução na energia tem impactos positivos na
inflação, mas que isso é um movimento pontual. "Vai ser uma notícia boa,
pois energia elétrica é um dos itens que mais pesa na inflação. É um alívio,
mas não suficiente para tirar a inflação da trajetória de alta que vem sendo
observada nos últimos meses." Agostini destaca que outros componentes
podem fazer com que os preços desacelerem em maio, como o valor do dólar e uma
possível redução no preço do petróleo.
Tribuna do Norte
Morre Garibaldi Alves, pai do ex-governador Garibaldi Filho
Faleceu na madrugada desta quinta-feira (7), aos 98 anos, o
ex-senador e ex-vice-governador Garibaldi Alves, pai do ex-governador Garibaldi
Filho. A morte ocorreu por volta das 4h30, por causas naturais devido à idade
do político potiguar, que estava em casa, em Natal.
Natural de Angicos, filho de Manuel Alves Filho e Maria
Fernandes Alves, irmão dos também políticos Aluízio Alves e Agnelo Alves. É
viúvo de Vanice Chaves Alves desde 2019. Garibaldi Alves foi deputado estadual
por três mandatos, entre 1957 e 1969.
Entre 1987 e 1991, Garibaldi foi vice-governador durante a
gestão de Geraldo Melo e, em 2011, assumiu uma cadeira no Senado Federal como
suplente da então senadora Rosalba Ciarlini, que havia sido eleita para o
Governo do Estado. Permaneceu por quatro anos no cargo.
O velório está programado para começar ao meio dia. A missa
vai acontecer às 17:00 horas e o enterro às 18:00 horas, no Morada da Paz, em
Emaús.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN) lamentou a morte do
político em nota enviada à imprensa. "Tribunal de Contas do Estado, em
nome de todos os seus membros, servidores e colaboradores, manifesta o mais
profundo pesar pelo falecimento, nesta quinta-feira (7/4), do ex-senador e
ex-vice-governador do Rio Grande do Norte, Garibaldi Alves, pai do conselheiro
Paulo Roberto Alves, presidente do TCE".
A governadora Fátima Bezerra (PT) também prestou
solidariedade à figura do político em nota na sua conta pessoal do twitter.
"Com pesar, recebo a notícia do falecimento do ex-senador Garibaldi Alves.
O seu nome tem um importante significado para a política do RN. Que Deus possa
consolar o seu filho, o ex-governador Garibaldi Filho, o seu neto, o deputado
Walter, e demais familiares e amigos nesta hora".
Tribuna do Norte
06 abril 2022
Durante show, vocalista de banda puxa coro contra Bolsonaro, mas plateia responde com “Lula ladrão!”
Nasi, o vocalista da banda Ira, tentou puxar um
coro contra o presidente Bolsonaro em um show do grupo em Recife, no último
sábado (2), porém o público reagiu em protesto contra o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. Nasi tentou puxar um coro de “Bolsonaro, vai tomar no
c*”, no entanto, a plateia não aderiu ao grito.
Em
contrapartida, uma parte da plateia começou a entoar “Lula ladrão! Seu lugar é
na prisão”. O vídeo do momento foi parar na internet.
Confira outros artistas que protestaram contra o presidente
Nos últimos meses, diversos artistas
protestaram contra o presidente Jair Bolsonaro durante shows.
Gal Costa foi uma das primeiras que acompanhou
o público durante show de encerramento da turnê A pele do futuro, em Belém do
Pará, quando começou a gritar “Fora Bolsonaro”.
O mesmo aconteceu em um show da Ivete Sangalo
em Natal, no Rio Grande do Norte. O público puxou um coro de “Ei, Bolsonaro,
vai tomar no c*” que foi incentivado pela artista.
Mais recente, durante o festival Lollapalooza em
São Paulo, artistas como Pabllo Vittar, Emicida, Djonga, Gloria Groove e
outros, criticaram o atual presidente.
O Partido Liberal (PL), ao qual o presidente
Jair Bolsonaro está filiado, chegou a entrar com uma ação no TSE pedindo a
proibição de manifestação política durante os shows do evento.
Lula defende aborto e aliados de Bolsonaro reagem: ‘Pauta dele sempre foi cultura da morte’
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
defendeu a legalização do aborto nesta terça-feira, 5, durante debate promovido
pela Fundação Perseu Abramo e a pela entidade alemã Fundação Friedrich Ebert,
em São Paulo. Para o petista, o aborto deveria ser uma “questão de saúde
pública”, já que escancara as desigualdades sociais da sociedade brasileira.
Sem citar diretamente o presidente Jair Bolsonaro, Lula classificou a pauta da
família e dos valores pregados pelo governo como “muito atrasadas” e utilizadas
por “homem que não tem moral para fazer isso”. Bolsonaristas e evangélicos
reagiram às declarações.
Ex-ministra
da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos-DF) disse
que a “pauta do ex-presidente sempre foi a cultura da morte”. “Observem que ele
hoje está defendendo o aborto, e amanhã ele com certeza defenderá a eutanásia e
depois a eugenia”, disse em sua rede social. Os deputados federais Marco
Feliciano (PL-SP) e Guiga Peixoto (PSC-SP) e o deputado estadual Bruno Engler
(MG-PRTB) também criticaram o petista.
“Acredito
que pela primeira vez vi o Lula de quem sempre falei! Lula para maiores!
Apoiando o aborto e convocando os seus para intimidarem parlamentares
contrários ao seu comunismo! O ex-rei ficou nu!”, escreveu Feliciano nas redes.
Lula
disse que a proibição do aborto afeta principalmente as mulheres pobres, o que
enfatiza a questão de desigualdade social no País. “A mulher pobre fica
cutucando o seu útero com uma agulha de crochê, tomando chá de qualquer coisa.
Enquanto isso, a madame pode fazer um aborto em Paris, ela pode ir para Berlim,
encontrar uma boa clínica e fazer um aborto. Aqui no Brasil, ela não faz porque
é proibido”, disse.
O petista
defendeu a mudança da legislação sobre o assunto. “Na verdade, [o aborto]
deveria ser transformado em uma questão de saúde pública e todo mundo ter
direito e não ter vergonha. O que não dá é que a lei exija que ela tenha o
filho e essa lei não exige cuidar”, disse. Atualmente, o aborto é permitido no
Brasil apenas em caso de risco à vida da mãe e de estupro.
O
pré-candidato do PT classificou o debate atual, promovido pelo governo, sobre
família e valores como algo “muito atrasado” e utilizado por um “homem que não
tem moral para fazer isso”. “O comportamento dele com as mulheres não lhe dá o
direito desses valores. Ele não respeita. Ele acha que mulher é um objeto. É
esse cidadão que tenta pregar valores para um grupo de brasileiros que acredita”,
disse.
Antes
mesmo de assumir o cargo no Executivo, Bolsonaro levantava a bandeira da
proibição do aborto no País, com forte teor religioso. Durante o mandato, o
tema foi intensificado em seus discursos e defendido no pacote de pautas de
costume do presidente, como uma forma de fidelizar o apoio dos seus apoiadores
evangélicos, uma de suas principais bases eleitorais.
Histórico
O tema do
aborto é recorrente nos discursos de Lula. Em recente entrevista à rádio Super,
de Minas, o petista defendeu que determinados temas polêmicos não devem ser
discutidos com um viés de radicalização religiosa, principalmente aqueles que
dependem de uma “evolução da sociedade”.
“Eu,
Lula, pai de família, pai de 5 filhos, se perguntarem, eu falo que eu sou
contra o aborto e sempre fui contra. Agora, eu, chefe de Estado tenho que
tratar o aborto como uma questão de saúde pública. Então, o que eu penso
pessoalmente é meu. É o meu pensamento”, disse no dia 24 de março. “Agora, como
é que eu vou tratar isso como chefe de Estado, aí eu tenho que tratar sempre,
ou seja, todas as mulheres em igualdade de condições porque tem muita gente que
é contra o aborto e corre para Paris, corre para Nova York para fazer um aborto
escondido, então isso as famílias pobres morrem na rua.”
Fonte: Estadão
Com resistência de Ezequiel, oposição já procura ‘plano B’ para disputar governo contra Fátima
A oposição não acredita mais na pré-candidatura ao Governo do Estado do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB). Fontes ouvidas pelo PORTAL DA 98 FM nesta segunda-feira (4) disseram que a oposição cansou de tentar convencer o tucano a romper com a governadora Fátima Bezerra (PT) e disputar o governo contra ela, após inúmeras tentativas sem sucesso.
Neste fim de semana, segundo apurou a reportagem, Ezequiel conversou com o ex-ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho (PL), pré-candidato da oposição ao Senado. No contato, avisou que não vai adiante com a pré-candidatura, antes mesmo de oficializar a pretensão. Nas próximas horas, há uma expectativa de que o presidente da Assembleia deixe claro, através de nota oficial, que será candidato à reeleição em 2022.
O presidente da Assembleia Legislativa teve uma diverticulite neste fim de semana, chegando até a ser hospitalizado. Contudo, após ser liberado, não deixou de conversar com lideranças por telefone, deixando claro que não será candidato a governador, apesar dos inúmeros apelos.
O próximo passo deverá ser comunicar a Fátima Bezerra que segue aliado do governo, faltando definir a ocupação dos espaços na próxima gestão, caso ela seja reeleita.
Um deputado ouvido pela reportagem afirmou que já esperava esse desfecho. O parlamentar argumenta que Ezequiel já tinha dado sinais de que não iria para a disputa, pois não vinha adotando postura de candidato a governador nem manifestando o desejo claro de concorrer contra Fátima Bezerra.
Na ótica desse deputado, Ezequiel candidato a governador era muito mais um desejo da oposição do que exatamente uma vontade do deputado. É bem verdade que o deputado também não tinha descartado claramente a possibilidade de ser candidato.
Com o recuo de Ezequiel Ferreira, a oposição começa a ventilar outros nomes que possam ser candidatos contra Fátima Bezerra. Nesta segunda, Rogério Marinho, que vinha insistindo para Ezequiel ser candidato, teve um encontro com Brenno Queiroga (Solidariedade), que é pré-candidato a governador até agora em “carreira solo” com o seu partido.
Outro nome que chegou a ser especulado nas últimas horas é o do deputado federal General Girão (PL), que tem manifestado o desejo de disputar o governo. A possibilidade, porém, é considerada mais remota porque General Girão é altamente associado ao presidente Jair Bolsonaro, que tem rejeição na casa dos 45%, segundo pesquisa do Instituto Seta divulgada na sexta-feira (1º) pela 98 FM.
Um nome que também foi especulado foi o do ex-governador José Agripino Maia (União Brasil), mas ele disse ao PORTAL DA 98 FM que a possibilidade “não tem o menor fundamento”.
Em entrevista à 96 FM nesta segunda, Rogério Marinho disse que a oposição deve se reunir até o fim desta semana para tentar chegar a um projeto único. Ele disse que “deseja” que o grupo tenha um candidato a governador e descartou ir para a disputa “sozinho”. Ele falou que vai se reunir com líderes dos seguintes partidos: PL, PSC, PP, PSDB, PTB, PSC, Solidariedade e União Brasil.
“Estamos construindo um grupo de partidos de oposição ao Governo do Estado que deve se reunir até o fim desta semana. Não acredito que nós tenhamos um projeto sem cabeça de chapa. Nós teremos candidato a governador”, finalizou.
Portal 98 FM
Anitta causa polêmica ao falar que quer levar energia de ‘diversão e sexo’ do Brasil para o exterior
Anitta
causou polêmica por conta de uma declaração que saiu na capa da revista
americana “Nylon”, publicação que será distribuída no Coachella. A brasileira
está entre os artistas do line-up.
“No
Brasil, todo mundo quer se divertir e transar e eu quero trazer essa energia
para cá”.
Muitas
pessoas criticaram a fala da cantora nas redes sociais desta segunda (4), dia
em que a capa foi divulgada. A maior parte reclama de estimular a imagem
sexualizada dos brasileiros fora do país.
“Meu
Deus. Tira o ódio de dentro de mim pq a vontade é de mataaaaaarrrrrrr”,
escreveu Anitta no Twitter.
Em outros
posts, ela falou sobre a relação com a imprensa estrangeira e que a frase foi
tirada de contexto.
“Infelizmente
ainda não consigo colocar o Paulo [assessor de imprensa da cantora] pra
controlar essas coisas fora do país. Pq se eu conseguisse meu amorrrrr… sabe
quando que iam fazer sensacionalismo comigo??? Na pqp … mano eu tô soltando
fogo pelo nariz 😤 meu deusssssss tira de mim todo o ódio pelo amor”.
“Frustrante.
Cansativo. Desestimulante”, reclamou na sequência.
O post
com a capa foi excluído das redes sociais da revista. É a primeira vez desde
2017 que a publicação será impressa.
Brasil no
Coachella
Anitta e
Pabllo Vittar vão cantar no festival em abril, realizado no deserto Indio, no
sul da Califórnia.
O evento
acontece nos finais de semana de 15 a 17 e 22 a 24 de abril e tem Harry Styles,
Billie Eilish e Ye (Kanye West) como headliners.
Megan
Thee Stallion, Karol G, Lil Baby, Doja Cat e Banda MS também estão na
programação de retomada do festival após dois anos de cancelamentos por conta
da pandemia.
Fonte: G1
Governo prepara MP que flexibiliza cotas do programa Jovem Aprendiz
Antes mesmo de as sugestões de grupo de trabalho serem
avaliadas pelo Conselho Nacional do Trabalho (CNT), o governo prepara medida
provisória para flexibilizar o cumprimento das cotas do programa Jovem
Aprendiz. O Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo
Estado) apurou que a minuta da MP - com uma espécie de "força-tarefa"
para atingir as metas das cotas de aprendizagem - já foi concluída pelo Ministério
do Trabalho e Previdência e aguarda aval do Planalto para publicação, talvez
ainda esta semana.
Sancionada no fim de 2000, no governo de Fernando Henrique
Cardoso, a Lei do Aprendiz determina que empresas consideradas de médio e
grande porte devem reservar vagas para adolescentes e jovens de 14 a 24 anos,
sem idade máxima para os aprendizes com deficiência. A cota de vagas varia de
5% a 15% do quadro de funcionários.
No começo de março, o Grupo de Trabalho da Aprendizagem
Profissional (GT) publicou relatório propondo flexibilizações para o
cumprimento da cota de aprendizagem, como considerar como base a média de
empregados nos últimos 12 meses.
O grupo também propôs que as empresas de menor porte -
desobrigadas de cumprir a cota - contratem aprendizes em nome de outras firmas
que estejam com dificuldades em cumprir a regra. Outro ponto do relatório,
criticado pelas centrais sindicais e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT),
mandava incluir na base de cálculo da cota de aprendizagem as ocupações que
exigem formação de nível técnico e tecnólogo. Para os críticos da proposta, a
inclusão no programa de tecnólogos - de nível superior - acabaria elitizando o
programa.
A MP gestada no ministério também deve propor outras
alternativas para cumprimento da cota que já foram atacadas pelas centrais
sindicais. Entre elas, estaria o cômputo em dobro dos jovens considerados
vulneráveis. Ou seja, cada jovem em situação de miséria contratado pelo
programa contaria como dois aprendizes para se atingir a cota.
Além disso, jovens contratados em definitivo continuariam
sendo contabilizados de maneira artificial como aprendizes por mais um ano,
para efeito de cumprimento da cota.
Reação
A coordenadora nacional de Combate à Exploração do Trabalho
da Criança e do Adolescente do MPT, Ana Maria Villa Real, criticou as mudanças
propostas pelo governo no programa e considerou preocupantes tanto o relatório
final do grupo de trabalho quanto a proposta de MP que está prestes a ser
publicada.
"Além da alteração do critério da priorização da idade
pelo da escolarização, até o alinhamento da aprendizagem com o ensino
tecnológico, que é de nível superior, foi proposto no GT. Que justiça social se
pretende alcançar com essa proposta elitizante em um período em que a
vulnerabilidade socioeconômica das famílias aumentou imensamente em razão da
pandemia", argumenta a procuradora.
Como o Estadão mostrou em janeiro, a intenção original de
flexibilizar a exigência da frequência escolar do programa levou a fortes
reações das centrais sindicais e de entidades como o Centro de Integração
Empresa-Escola (Ciee), que alertaram para os riscos de a proposta acabar com o
programa.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Estadão Conteúdo
Planalto estuda adiar votação na Petrobras
Com
dificuldade para encontrar um novo nome para assumir a principal cadeira
executiva da Petrobras, após a desistência de Adriano Pires, o governo federal
colocou na mesa estratégias para conseguir ganhar tempo e mitigar a crise de
governança na qual mergulhou a empresa. Uma das opções que vem ganhando força
seria tirar da pauta da assembleia a votação do novo Conselho de Administração
– votando apenas as demais matérias, como a aprovação das contas da companhia
referentes ao ano passado. Essa possibilidade envolve a permanência do general
Joaquim Silva e Luna por mais tempo no comando da estatal.
Pelas regras do estatuto da estatal, o presidente da
companhia precisa ser membro do conselho de administração, por isso a
importância dessa eleição. No último documento entregue ao regulador, com os
nomes do governo indicados ao colegiado da companhia, ainda estão Rodolfo
Landim, presidente do Flamengo que já desistiu da posição, e do general Joaquim
Silva e Luna, demitido pelo presidente Jair Bolsonaro sob o contexto das altas
dos combustíveis. Adriano Pires não chegou a ter seu nome incluído na lista de
indicados.
Depois do imbróglio formado após a indicação de Pires ao
cargo, com potenciais conflitos de interesse vindo à tona, os nomes sondados
pelo governo estão preferindo se manter longe na companhia, ainda mais porque o
mandato é apontado como "tampão".
Segundo fontes, uma das apostas, o presidente da Enauta,
Decio Oddone, já recusou o convite. Afinal, são apenas oito meses até o fim do
mandato e o atual governo está atrás nas pesquisas eleitorais para a
presidência. Ou seja, um executivo do setor teria que se desvencilhar de suas
atuais funções sem a certeza de que continuaria na próxima gestão. É dado com
certo que se o pleito for vencido pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva haverá
troca da presidência da estatal.
Caso seja batido o martelo e o governo decida, de fato,
retirar a votação da pauta da assembleia marcada para o próximo dia 13, o atual
presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna, deverá ficar mais um
tempo no cargo. Isso ocorreria até que o governo conseguisse acertar um novo
nome e marcar uma assembleia para votar o conselho.
O Portal do Estadão informou que o general não veria
problemas em ficar mais um tempo no cargo. O governo corre para conseguir
encontrar um nome, mas a visão é de que há pouco tempo hábil. Faz parte do rito
da empresa uma verificação do nome pelo Comitê de Pessoas, órgão vinculado ao
Comitê de Pessoas (Cope) da companhia.
Cogitados
A desistência de Adriano Pires para a Presidência da
Petrobras e Rodolfo Landim para o Conselho de Administração da empresa explodiu
a bolsa de apostas para os novos nomes para o comando da petrolífera
brasileira. O nome do secretário especial de Desburocratização, Gestão e
Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Mario Paes de Andrade, ganhou
força, mas também outros nomes entraram no radar: Márcio Weber, Décio Oddone e
Vasco Dias.
Márcio Weber é atual conselheiro da empresa. Foi membro da
Diretoria de Serviços da Petrobras Internacional (Braspetro) e Diretor da
Petroserv S.A. Uma das vantagens é que ele pode “descer” do Conselho para a
Diretoria Executiva. Já sendo conselheiro, ele poderia ser aprovado como
presidente na reunião. Neste caso, contribui o fato de que os conselheiros já
passaram pelo crivo da checagem exigida pelas regras de governança.
Oddone é ex-diretor geral da Agência Nacional de Petróleo
(ANP) e atual diretor-presidente da Enauta. Foi CEO da Petrobras Bolívia e presidente
do Conselho de Administração e CEO da Petrobras Energia. Experiente, Oddone tem
como empecilho estar no comando da Enauta, que tem negócios com a Petrobras. O
Portal do Estadão apurou que Oddone já recusou o convite porque só restam oito
meses para o fim do atual governo.
Tribuna do Norte