“Elaborar um projeto para acabar
com o crime no Rio Grande do Norte”, declarou o ex-policial militar Wendel
Lagartixa (PL), o mais votado para a Assembleia Legislativa, ao defenderque uma
das prioridades do seu mandato parlamentarserá em favor daluta em defesa da
segurança pública. Ele teceu duras críticas ao Governo do Estado e acusou de
ser “omisso”, por não investir na área de segurança e defendeu a urgência na
contratação de novos policiais para reforçar as forças de segurança do Rio
Grande do Norte.
“A secretaria de Segurança não
tem ação. A polícia não age, não tem efetivo, não tem policial. A contratação
de homens deve ser urgente, o crime tem que entender que o Estado é que tem o
poder sobre a vida do povo e não uma facção, que quer ser juiz, promotor, quer
expulsar, entrar e intervir na vida das pessoas, como se tivesse direito sobre
a vida das pessoas. Um maconheiro bota uma rua todinha para correr, quando diz
que é do sindicato”, lamentou.
Segundo Wendel Lagartixa é
preciso “elaborar um projeto para acabar com o crime aqui no Rio Grande do
Norte, ou seja, expulsar a facção que tem amedrontado o cidadão, investimentos,
comerciantes e empresários, quer dizer, essas camaradas que pensam que são
alguma coisa, mas que não são nada, aterrorizando o povo, um bando de mela
cueca, brincando de querer ser bandido no Rio Grande do Norte e o Estado
calado, omisso”, ressaltou em entrevista à Rádio 96 FM Natal, nesta
segunda-feira 03.
De acordo com o ex-policial
militar, “hoje a urgênciaa necessidade que o Estado tem de se investir na
segurança e em homens. De que se adianta ter a riqueza que o Estado tem, o
comércio gerar emprego como está se gerando, a gente ter uma vida boa, ter
tudo, mas você não pode mais parar em um sinal de trânsito, você não pode mais
abrir uma porta, o povo está dentro de casa. É casa por casa com cerca
eletrônica. As empresas [especializadas em segurança privada] no Rio Grande do
Norte tem faturado milhões com a instalação de câmeras, circuito [interno].
Ninguém se sente seguro no Rio Grande do Norte, uma vez que o Estado não tem
condições de garantir suporte ao povo, o Estado parece que é conivente com tudo
isso”, concluiu.
ACUSAÇÃO
O Ministério Público do Rio
Grande do Norte (MPRN) ofereceu denúncia contra Lagartixa, Francisco Rogério,
João Maria da Costa Peixoto, conhecido como João Grandão e um quarto suspeito
de envolvimento por três homicídios consumados e três tentados, cometidos em
Natal. Yago Lucena Ferreira, Rommenigge Camilo dos Santos e Felipe Antoniere
Araújo foram mortos a tiros no dia 29 de abril deste ano, dentro de um bar no bairro
da Redinha, na zona Norte da capital potiguar.
De acordo com Márcio Lemos,
diretor da DHPP, os dois presos na Operação e o foragido participaram
diretamente dos homicídios. Segundo o delegado, há fortes indícios que apontam
que os acusados participam de um grupo de extermínio, mas o foco da operação
foi somente o caso envolvendo o triplo homicídio na Redinha.
Wendel Lagartixa já havia sido
preso pela operação Hecatombe, da Polícia Federal, em 2013, acusado de parte de
um grupo de extermínio. Em maio de 2015, ele foi solto porque a Justiça
entendeu que o prazo da prisão preventiva estava extrapolado. O PM reformado
havia sido apontado como um dos líderes da organização criminosa à época. Ele
também esteve envolvido em outras operações, como a Fronteira da Polícia Civil.
AGORA RN