04 março 2023
PM prende suspeito de atentado em Batalhão de Natal
Popular é morto a tiros no Bairro Santo Antônio em Mossoró
Pai e filho são baleados por criminosos durante tentiva de assalto no Bairro Dom Jaime Câmara (Malvinas) em Mossoró no RN
A ocorrência foi registrada por volta das 10h00min deste sábado 04 de março de 2023 no Bairro Dom Jaime Câmara em Mossoró no Rio Grande do Norte.
De acordo com informações repassadas ào Blog Fim da Linha, pelo sargento Sabino do 12º Batalhão de Polícias Militar, Roldõ Carlos de Medeiros de 70 anos e seu filho Carlos Regis Nascimento Medeiros, 37 anos estavam trabalhando quando dois criminosos chegaram de moto e anunciaram o assalto.
Uma das vítima teria reagido a ação dos bandidos e um dos assaltantes atirou contra o pai e o filho. O pai foi atingido por um disparo na região do braço, enquanto que seu filho fopi alvejado na perna, porém, ambos estavam conscientes e fora de risco, recebendo os devidos atendimentos médicos.
Após os atendimentos preliminares, pai e filho foram encaminhados ào Hospital Tartcísio Maia, para melhor avaliação médica. Os dois criminosos fugiram após atirarem nas vítimas, em sentido ignorado. A Polícia Militar realizou diligências na região, mas não conseguiu localizar os assaltantes.
Fim da linha
Preso do semiaberto monitorado por tornozeleira eletrônica é assassinado em frente de casa em Apodi no Oeste Potiguar
Polícia Militar prende suspeito com meio quilo de maconha e cocaína durante abordagem em Upanema no Oeste Potiguar
A Guarnição da Polícia Militar de Upanema, sob o comando do sargento Erivan prendeu na noite desta sexta feira 03 de março, naquela cidade um homem suspeito de tráfico de drogas. Célio Peixoto da Costa, trafegava de moto em atitude suspeita quando foi abordado pelos policiais.
Suspeito de tráfico é baleado após tentar fugir de abordagem policial com simulacro de arma de fogo na mão
Policiais da Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (ROCAM 06) do 2º Batalhão de Polícia Militar, em patrulhamento, na tarde desta sexta feira 03 de março, nas imediações da Rádio Difusora no Bairros Pereiros, resolveram abordar alguns indivíduos que se encontravam no conhecido Beco do Pedregrau, em atitudes suspeitas.
De acordo com a polícia, o local é conhecido por ter pontos de venda de drogas. Três indivíduos ao avistarem a Guarnição, saíram correndo com armas em punho, momento esse que em virtude da eminente ameaça foram efetuados alguns disparos tendo dois dos indivíduos adentrado a uma área de mata nas proximidades da AeC, e um outro elemento foi detido pelos ROCANIANOS.
No momento da abordagem ao suspeito foi constatado que o mesmo estava de porte de uma arma tipo simulacro de pistola, com a indentifição do cano (ponta laranja) raspada, que faz com que a mesma seja idêntica a uma arma de fogo de verdade, que também foi encontrado com o mesmo algumas trouxinhas de maconha.
Os policiais constaram que o suspeito detido, identificado como Pedro Henrique Lopes da Silva, havia sido atingido na perna por um disparo, momento esse que de imediato foi prestado os devidos socorros ao ferido, tendo sido conduzido ao Hospital Tar5císio Maia e em seguida a Delegacia de Plantão juntamente com o simulacro e a droga apreendida e apresentado a autoridade policial para os procedimentos cabíveis.
03 março 2023
Motorista morre em acidente de caminhão na BR-226 no RN
O condutor de um caminhão morreu em acidente na manhã desta sexta-feira (3), na BR-226, em Florânia, na altura da Serra da Garganta. O veículo, com semirreboque, tombou e a cabine do motorista ficou destruída. A rodovia está totalmente interditada em ambos os sentidos.
A Polícia Rodoviária Federal foi acionada ao trecho do acidente por volta das 9h da manhã. Segundo a PRF, a vítima, de 49 anos, estava só no veículo.
Após a interdição total do trânsito no local, uma faixa foi liberada no sentido decrescente (Currais Novos - Natal).
“Dia F” de vacinação contra a febre amarela acontece neste sábado no RN
O Rio Grande do Norte realiza neste sábado (4) o “Dia F” de vacinação contra febre amarela com o objetivo de oportunizar a vacinação e aumentar a cobertura vacinal contra a doença no Estado. A iniciativa está sendo realizada por meio do Programa Estadual de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e foca tanto no público infantil quanto adulto.
Segundo a pasta, crianças com 9 meses de idade podem tomar a primeira dose. Os menores de cinco anos devem receber uma dose de reforço, e a população de 5 a 59 anos precisa receber apenas uma dose da vacina. A Sesap recomenda, ainda, que os municípios realizem ações de sensibilização para expor a importância da imunização no combate à doença.
A vacina da febre amarela está implantada no Rio Grande do Norte desde abril de 2022, disponível para toda a população de 9 meses a 59 anos de idade, exceto para pessoas em condições de imunização especial. Antes disso, o Estado contava com apenas 9% da população vacinada e atualmente esse percentual está em torno de 22%. A expansão da vacinação de rotina a partir de 2020 no Brasil veio como resultado da maior circulação viral observada no país nas últimas décadas.
Esquema vacinal da Febre Amarela
9 meses de idade - 1º dose
Menores de 5 anos - Uma dose de reforço
5 a 59 anos - uma dose da vacina
Transmissão e sintomas
A febre amarela é transmitida pela picada dos mosquitos infectados. No Brasil, o principal mosquito vetor da febre amarela silvestre é o Haemagogus. Na forma urbana da doença, o Aedes aegypti pode ser o transmissor.
A Sesap reforça que os macacos não transmitem a doença para os humanos, mas quando estão infectados sinalizam que o vírus da febre amarela está circulando, ou seja, atuam como sentinelas para alertar a população da circulação do vírus em uma determinada área.
Os sintomas iniciais da doença incluem febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia, hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Tribuna do Norte
Suspeito de assassinar homem em barbearia é preso no interior do RN
Um homem suspeito de tráfico de drogas e homicídio foi preso durante a manhã desta sexta-feira (3) em Mossoró, município localizado no interior do RN. Policiais civis da Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP/Mossoró), com apoio da Divisão de Polícia Civil do Oeste do Estado (DIVIPOE), deram cumprimento a dois mandados de prisão referentes ao crimes cometidos.
Segundo a Polícia Civil, as diligências foram realizadas no bairro Belo Horizonte, em Mossoró, e estão relacionadas à investigação do homicídio praticado no dia 08 de dezembro de 2022 contra João Paulo de Souza Rosário. Na ocasião, a vítima estava em uma barbearia, localizada na Av. Alberto Maranhão, quando foi atingida por disparos de arma de fogo. O trabalho da Polícia Civil contou com a colaboração dos cães Toby e Bella, ambos da raça cocker spaniel.
O suspeito por homicídio, de 24 anos, também foi autuado em flagrante por tráfico de drogas. Em sua posse, foram encontrados e apreendidos: dinheiro fracionado, uma balança de precisão, e maconha. Ele foi encaminhado para o sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Tribuna do Norte
'Brasil está diante de um aumento de violência contra a mulher', diz pesquisadora
O Brasil está diante de um aumento de violência contra a mulher. Pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública por meio do Instituto Datafolha revelou que todas as formas de violência desse tipo cresceram no período recente. "Foram mais de 18 milhões de mulheres vítimas de violência no último ano. São mais de 50 mil vítimas por dia, um estádio de futebol lotado", afirma Samira Bueno, diretora executiva do Fórum.
Ao mesmo tempo, o estudo revela que uma a cada três mulheres brasileiras (33,4%) com mais de 16 anos já sofreu violência física e/ou sexual de parceiros ou ex-parceiros. O índice é maior que a média global, de 27%. "Isso mostra o quão disfuncionais e problemáticas são as relações sociais no Brasil, e o quanto temos que avançar pensando políticas públicas de proteção", diz Samira. Confira principais trechos da entrevista com a pesquisadora.
Qual foi o principal achado da pesquisa?
O primeiro ponto que vale destacar é o crescimento de todas as modalidades de violência contra a mulher no ano passado. A pesquisa é de 2023, mas diz respeito à violência sofrida ao longo de 2022. É um survey que a gente faz sobre vitimização e a gente pergunta sobre violências sofridas nos 12 meses que antecederam a pesquisa.
Como a gente está na quarta edição dessa pesquisa - a gente faz ano sim, ano não desde 2017 -, é o maior número. A gente está diante de um recorde de violência contra mulher em todas as modalidades: violência psicológica, sexual e física tiveram crescimento. Assédio sexual também. Foram mais de 18 milhões de mulheres vítimas de violência no último ano. São mais de 50 mil vítimas por dia, um estádio de futebol lotado.
Ainda que grande parte dessas mulheres não tome uma atitude (o estudo fala que cerca da metade das vítimas não toma nenhuma ação após a agressão), o Estado brasileiro teria capacidade para atender toda essa demanda?
Pouco menos da metade dessas mulheres vítimas de violência estão situadas nas capitais e regiões metropolitanas, e 52% residem no interior. A gente sabe que equipamentos especializados estão muito concentrados nas capitais. Então, mulheres que vivem no interior não têm uma rede de acolhimento como aquelas que vivem em grandes cidades. Menos de 10% dos municípios brasileiros têm delegacias da mulher, são pouco mais de 600 unidades (em São Paulo, são 140). É um número muito elevado de casos todos os dias, e, mais do que isso, a gente tem uma distribuição dos serviços necessários ao acolhimento dessas mulheres que é muito desigual.
Um outro dado importante do estudo é que um terço das mulheres brasileiras com 16 anos ou mais já sofreu violência física e/ou sexual por parceiros ou ex-parceiros em algum momento da vida. É a primeira fez que essa informação é levantada por vocês?
Sim, é a primeira vez que a gente faz essa pergunta. Esse número não existia antes nas nossas pesquisas, mas a gente se baseou em algumas questões de um survey da Organização Mundial da Saúde (OMS), que foi aplicado em mais de cem países, e aplicou no Brasil. Agora, a gente tem o porcentual de mulheres que sofreram violência física, sexual e psicológica ao longo da vida.
Esse último tipo, em geral, é até mais frequente, o que revela um pouco da magnitude do problema, e como isso é algo frequente. Quando se considera esses três tipos de violência, chega a 43% das mulheres. No recorte de violência física e sexual, foram 33% número maior que a média global, que é de 27%. Isso mostra o quão disfuncionais e problemáticas são as relações sociais no Brasil, e o quanto temos que avançar pensando políticas públicas de proteção dessas mulheres.
O que o fato de a violência vir do próprio parceiro ou ex-parceiro na maioria dos casos diz sobre como as relações se configuram no País?
A gente está falando de uma violência que tem uma herança em raízes culturais. Elas vêm justamente dessa ideia da mulher submissa, da mulher como propriedade do homem, uma ideia de uma sociedade ainda machista e patriarcal, que considera essa desigualdade entre homens e mulheres algo normal.
Não é à toa que a gente vê que as mulheres divorciadas estão tão mais expostas à violência do que mulheres casadas ou solteiras. É muitas vezes no momento de essa mulher tentar romper com a violência em que esse homem se torna mais agressivo. A maior parte dos casos que a gente tem visto nos últimos tempos, inclusive, decorre desse tipo de comportamento por parte do agressor. O gatilho, muitas vezes, é a separação ou quando essa mulher passa a se relacionar com outra pessoa (após o término) e o ex-parceiro não aceita.
Os dados indicam que no último ano aumentou a procura das vítimas por delegacias da mulher (saltou de 11,8% dos casos, na pesquisa de 2021, para 14%, na de agora). Esse ímpeto de buscar ajuda é um ponto positivo?
Com certeza. A pesquisa traz algumas contradições. Por um lado, a gente tem o crescimento dessa procura por delegacias da mulher que são espaços especializados, o que é importante, já que a gente está falando de mais mulheres encorajadas a buscar o Estado.
Por outro, quando a gente pergunta para eles o porquê de não terem procurado a polícia, a gente também tem um porcentual significativo de mulheres que dizem que não achavam que a polícia fosse capaz de oferecer uma solução para aquele problema e de mulheres que achavam que não tinham provas suficientes. Essa contradição consiste em essa mulher achar que há uma certa transferência de responsabilidade, em que ela tem que produzir a prova. Em resumo, as mulheres dizem que procuram a polícia para punir o autor da violência de forma mais severa, mas ao mesmo tempo existe uma certa desconfiança nesse aparato institucional.
O que dizer sobre o perfil dessas vítimas?
A violência contra a mulher é muito "democrática", no sentido de que ela atinge mulheres de todas as classes sociais, de todas as raças e etnias etc. Mas tem grupos que são mais vulneráveis, como mulheres com baixa escolaridade (em geral, com ensino fundamental apenas), pretas e pardas, e que recebem até dois salários mínimos.
Quando a gente vai olhar o tipo de violência, às vezes a gente encontra algumas matizes que diferenciam um pouco. Por exemplo, mulheres jovens aparecem com mais frequência entre vítimas de violência sexual e psicológica. Já mulheres um pouco mais velhas acima dos 30 anos, aparecem mais frequentemente como vítimas de violências físicas, especialmente aquelas mais graves, como espancamento e ameaça com arma de fogo.
Esse padrão se manteve no último ano?
Sim, o que coincide, em grande medida, com o perfil da vítima de feminicídio. Quando a gente analisa os registros, é essa mulher que mais aparece. Não que a mulher com ensino superior completo e que ganha que mais de cinco salários mínimos não sofra violência doméstica. Ela também sofre. Mas, até pela formação e pela renda, ela tem mais capacidade de buscar ajuda.
Como os dados de violência da pesquisa dialogam com estatísticas de crimes mais brutais, como feminicídio e estupro? Nesta semana dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) apontaram alta de estupro em janeiro no Estado. Há uma tendência de alta de crimes contra mulher?
O que a gente percebe, não só pelos dados de janeiro da SSP, mas de todo o ano passado, é que o Brasil está diante de um aumento de violência contra a mulher, seja da violência sexual, seja de feminicídios. Eles cresceram em São Paulo no ano passado. Homicídios dolosos de mulheres também cresceram no ano passado. E o nosso entendimento é que isso ainda vai crescer, porque a vitimização (objeto da pesquisa) e esses dados administrativos andam mais ou menos com uma mesma tendência. Quando a gente soltar o Anuário, a gente muito provavelmente vai mostrar crescimento de homicídios dolosos de mulher, feminicídios e estupros de modo geral.
O que a pesquisa revela, e aí a vitimização nos ajuda a olhar aquele caso que não chega ao Estado, já que a mulher não vai até a delegacia fazer o registro, é uma bússola para a gente olhar o que está acontecendo. Houve aumento de violência contra a mulher no ano passado. Nosso desafio é tentar entender o que foi determinante nesse período e o que fazer para interromper esse quadro.
Existia uma aposta muito grande que a gente da violência contra a mulher aumentaria durante a pandemia, porque era algo que estava sendo observado em vários países, mas que, passada a fase mais grave da pandemia, esses números recuariam. E, na verdade, os números cresceram após a pandemia. A gente está diante, de fato, de um agravamento. É um País que ficou mais inseguro para a mulher.
Esse foi até um alerta que o Fórum fez na divulgação do Anuário do ano passado, que, por mais que os feminicídios não tivessem tido alta, os casos de agressão estavam em uma crescente. Isso, de certa forma, cria uma tensão para esses crimes mais graves?
Exatamente. Na pesquisa, a gente chama atenção para os casos de perseguição, chamado stalking, e de ameaça com arma de fogo. Esses dois indicadores são dois fatores de risco para feminicídio. Se essas duas coisas estão crescendo, a gente sabe que tem mais armas em circulação na sociedade, é quase que questão de tempo.
Quando a gente vê tudo isso começando a crescer, infelizmente daqui a alguns meses os números da violência letal também começam a andar na mesma direção. Nesse caso, a gente nem está falando de um crescimento só de registros específicos de feminicídio, mas os homicídios dolosos contra mulheres estão crescendo também. Mais mulheres estão morrendo, assim como mais mulheres sendo agredidas fisicamente, sendo vítimas de perseguição, sendo ameaçadas.
Quais são as soluções possíveis a curto prazo? Aumentar o número de delegacias da mulher é um caminho?
Na pesquisa, a gente não coloca a criação de delegacias especializadas (como uma prioridade) no estudo, porque a conta não fecha. São tão poucas, considerando a dimensão do Estado brasileiro. Mas a gente aposta em outras sugestões.
A primeira é o fortalecimento das redes de acolhimento, principalmente por município e Estado. Assistente social, saúde, integração com outros serviços, como de polícia e Ministério Público... A mulher que foi vítima de violência precisa ter acesso a uma rede minimamente estruturada. Muitas vezes no interior isso não existe.
A segunda é ampliar investimento do Estado brasileiro nessa área. Um estudo do ano passado mostra que a gente teve o menor orçamento voltado por parte do governo federal na história. Antes de 2022, o pior tinha sido em 2021. E antes tinha sido o de 2022. A gente está numa redução, no mínimo, há uma década, dos valores empenhados. Sem dinheiro, você não faz política pública. A gente conecta isso inclusive com uma legislação que foi aprovada no ano passado que muda a Lei do Fundo Nacional de Segurança Pública. A partir de 2023, 5% dos recursos do fundo precisam ser aplicados em políticas de enfrentamento de violência contra a mulher. Os recursos vêm direito da Caixa Econômica Federal. Isso dá mais do que a gente teve nos últimos quatro anos somados, mas não adianta ter o dinheiro se não tiver por parte do governo federal uma diretriz clara de onde ele vai ser aplicado, para quem vai ser transferido, quais são os Estados prioritários.
Um terceiro ponto que vale destacar é a padronização de protocolos. Isso é uma outra coisa que o governo federal, especificamente o Ministério da Justiça, poderia fazer para não deixar a violência contra a mulher como algo restrito das delegacias especializadas. Assim como todo policial aprende a tirar, ele precisa saber atender a mulher vítima de violência.
O que São Paulo fez foi instalar salas 24 horas de delegacia da mulher pelo Estado para que policiais especializados atendam as vítimas...
Sim, essa mulher vai numa delegacia comum e pode ser atendido pela Central da Delegacia da Mulher, virtualmente. Se ela está numa delegacia comum, ela pode ser conectada por videoconferência com uma delegacia da mulher. Tem uma equipe que atende 24 horas, de plantão na cidade de São Paulo. É uma boa ideia. Não tem uma especializada na cidade que ocorreu a violência, mas tem uma delegada na capital que pode auxiliar no atendimento. Tem que pensar nessas medidas como complementares.
Estadão Conteudo
STF: Moraes dá dez dias para INSS ter plano para revisão da vida toda
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que o Instituo Nacional do Seguro Social (INSS) apresente, em dez dias, um plano para realizar a chamada revisão da vida toda em aposentadorias. O prazo começa a contar nesta sexta-feira (3).
A revisão da vida toda foi autorizada em dezembro, quando o Supremo reconheceu o direito de recalcular benefícios de aposentados, encerrando décadas de disputas judiciais.
Pela decisão, a revisão pode ser solicitada por aposentados e pensionistas que começaram a contribuir para o INSS antes de julho de 1994, mês de criação do Plano Real, e que se aposentaram entre 1999 – quando o governo alterou as regras de cálculo dos benefícios após fazer uma reforma da Previdência –, e a reforma da Previdência de 2019.
O INSS, contudo, pediu ao Supremo para suspender o andamento dos processos judiciais sobre o assunto, pois não teria, atualmente, possibilidades técnicas de recalcular as aposentadorias com base na nova regra. A autarquia estimou que o procedimento deve envolver 51 milhões de benefícios ativos e inativos.
Uma das dificuldades apresentadas foi que os sistemas atuais do Dataprev não preveem o cálculo considerando salários anteriores a julho de 1994, sendo necessárias mudanças tecnológicas que viabilizem o procedimento. Isso num momento em que a fila atual de beneficiários à espera de cálculos previdenciários chega a 5 milhões de pessoas, frisou o órgão.
Moraes reconheceu as dificuldades técnicas, mas afirmou que a decisão do STF não pode ficar sem resultado prático. “De fato, milhões de beneficiários da Previdência Social aguardam há anos por uma resposta do Poder Judiciário, em matéria relacionada a direitos fundamentais básicos, ligados à própria subsistência e à dignidade da pessoa humana”, escreveu ele na decisão.
O ministro acrescentou que “é preciso que a autarquia previdenciária requerente informe de
que modo e em que prazos se propõe a dar efetividade ao entendimento definido” pelo STF. Somente após receber e analisar o plano é que decidirá sobre o pedido de suspensão dos processos, afirmou Moraes, que é o relator do recurso em que o tema foi julgado.
Juiz autoriza paciente a plantar maconha em casa para uso medicinal
O juiz federal Antonio Claudio Macedo da Silva, titular da 10ª Vara Criminal da Justiça Federal em Brasília, concedeu salvo-conduto a um paciente que sofre de ansiedade e insônia poder cultivar maconha em casa para fins medicinais. A doença causa-lhe decorrências psicológicas como falta de memória, concentração e crises de pânico.
Ele informa ainda que, dentre diversos tratamentos, realizou terapia experimental à base de óleo de canabidiol, extrato derivado de Cannabis (CBD), “o qual surtiu efeitos de melhora não apresentados em tratamentos ortodoxos”.
O homem impetrou um habeas corpus alegando que seu quadro de saúde estava lhe causando falta de memória, de concentração e crises de pânico, e que tentou vários tratamentos, sendo que o melhor foi uma terapia experimental à base de óleo de CBD. Nas suas alegações, afirma não ser possível a aquisição regular dos medicamentos com CBD “devido aos exorbitantes preços em território nacional”.
Nesse contexto, argumenta que não resta outra alternativa a não ser a realização do plantio de Cannabis com o fim de utilização terapêutica, garantindo-se o tratamento médico realizado pelo paciente.
Na sua decisão, divulgada nessa quinta-feira (2), o magistrado determina que a polícia do Distrito Federal deve “a abster-se de promover quaisquer atos que atentem contra a liberdade física, bem como de apreender materiais e insumos destinados ao seu tratamento de saúde, ou mesmo destruí-los”.
O juiz diz ainda, em sua decisão, que a polícia, inclusive, abstenha-se de abordar o paciente até mesmo durante o caminho entre “a residência e institutos de pesquisa de aferimento da qualidade destes insumos e também durante o trajeto das sementes importadas, até que não seja mais necessário o uso e cultivo in natura do vegetal Cannabis Sativa”.
Agência Brasil
Detento é aprovado no curso de Direito da UFRN após prestar Enem pela 2ª vez
Um detento da Penitenciária Rogério Madruga Coutinho, em Nísia Floresta, na Grande Natal foi um dos aprovados no curso de Direito, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Ele ficou em 1º lugar em vagas destinadas a cotistas. Preso há quatro anos e um mês, ele vai progredir para cumprimento de pena ainda neste mês, o que possibilitará o início da sua graduação.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), o interno é classificado como de boa conduta carcerária e, por isso, ele fica em um pavilhão diferenciado da penitenciária, onde os presos estudam e trabalham. O homem, de 37 anos, trabalha no refeitório da unidade há um ano e seis meses.
Ele foi aprovado no curso de Direito com a nota do Enem 2022. Esse foi o segundo exame que ele prestou. Durante o período dentro do presídio, o homem também participou de projeto de remissão de pena por leitura, além de cursos de qualificação profissional.
Com o resultado, ele ficou na primeira posição dos candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, com renda familiar bruta per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo e que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas.
O nome do interno do sistema prisional não foi divulgado pela Seap, por uma política própria de não divulgação de nomes dos apenados.
Ensino na prisão
Na Penitenciária Rogério Coutinho Madruga, cerca de 30 internos cursam o Ensino Fundamental e outros quatro presos fazem o Ensino Superior, na modalidade Ensino à Distância (EaD).
Segundo a Seap, cerca de 80 detentos fazem o Ensino Superior no formato EaD no Rio Grande do Norte, enquanto 800 internos estudam regularmente os ensinos Fundamental e Médio.