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05 março 2023

Paraibana de 43 anos é atropelada e morta por motociclista ao tentar atravessar rua no Bairro Aeroporto II em Mossoró



Um trágico acidente de trânsito foi registrado na noite deste sábado 4 de março de 2023, na Rua Anderson Dutra, na localidade conhecida como Macarrão, no Bairro Aeroporto II em Mossoró no Rio Grande do Norte e teve como vítima fatal, Jucicleide Pereira de Sá, 43 anos.
Segundo testemunhas, a vítima, que era natural de Catolé ddo Rocha no estado da Paraíba, tentava atravessar a via quando foi atropelada por uma motoneta Jonny de cor vermelha.

Com o impacto da batida, a vítima bateu com a cabeça no asfalto e morreu na hora. O condutor da motoneta, ficou ferido, recebeu atendimento do SAMU no local e precisou ser conduzido para o Hospital Tarcísio Maia.
A motoneta, que ficou no local do acidente, foi recolhida pela Polícia Rodoviária Estadual e encaminhada para o pátio do Detran. O corpo de Jucicleide Pereira de Sá foi recolhido após a perícia do ITEP e levado para exames no Instituto de Medicina Legal. A Polícia Civil vai investigar as causas do acidente.

Fim da linha 

04 março 2023

Homem é preso por estuprar cunhada de 10 anos no interior do RN


A Polícia Civil do Rio Grande do Norte, por meio da 81° DP de Tangará, prendeu, nesta sexta-feira (03), um homem, de 30 anos, por cometer um estupro de vulnerável em 2013. Contra o suspeito, havia um mandado de prisão definitiva em aberto. Ele foi preso no município de Tangará, na região Trairi do RN.

Segundo informações, o homem beijou e acariciou sua própria cunhada que era uma criança de 10 anos, na época.

A Polícia Civil solicita que a população continue enviando informações, de forma anônima, por meio do Disque 181. 

Jair Sampaio

Inmet emite alerta de chuvas intensas para 118 municípios do RN


O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou um novo aviso de chuvas intensas, de até 50 milímetros por dia, além de ventos de 40 a 60 km por hora entre este sábado (4) e 10h de domingo (5), em praticamente todo o Rio Grande do Norte – 118 dos 167 municípios.

O aviso é de perigo potencial (amarelo), o segundo na escala de três graus de severidade.

Segundo o órgão, há baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.

O Inmet reforça que, em caso de rajadas de vento, a população não deve se abrigar debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas.


Outra recomendação é não estacionar veículos perto a torres de transmissão e placas de propaganda. Se possível, a população deve desligar aparelhos elétricos e quadro geral de energia.


Cidades em alerta amarelo até domingo (5


Assu

Afonso Bezerra

Água Nova

Alexandria

Almino Afonso

Alto do Rodrigues

Angicos

Antônio Martins

Apodi

Areia Branca

Campo Grande

Baraúna

Barcelona

Bento Fernandes

Bodó

Bom Jesus

Caiçara do Norte

Caiçara do Rio do Vento

Caicó

Caraúbas

Carnaubais

Ceará-Mirim

Cerro Corá

Coronel João Pessoa

Currais Novos

Doutor Severiano

Encanto

Extremoz

Felipe Guerra

Fernando Pedroza

Florânia

Francisco Dantas

Frutuoso Gomes

Galinhos

Governador Dix-Sept Rosado

Grossos

Guamaré

Ielmo Marinho

Ipanguaçu

Itajá

Itaú

Jandaíra

Janduís

Jardim de Angicos

Jardim de Piranhas

João Câmara

João Dias

José da Penha

Jucurutu

Lagoa de Velhos

Lagoa Nova

Lajes

Lucrécia

Luís Gomes

Macaíba

Macau

Major Sales

Marcelino Vieira

Martins

Maxaranguape

Messias Targino

Mossoró2408003RN

Natal2408102RN

Nísia Floresta2408201RN

Olho d’Água do Borges2408409RN

Paraná2408607RN

Paraú2408706RN

Parazinho2408805RN

Parnamirim

Patu

Pau dos Ferros

Pedra Grande

Pedra Preta

Pedro Avelino

Pendências

Pilões

Poço Branco

Portalegre

Porto do Mangue

Pureza

Rafael Fernandes

Rafael Godeiro

Riacho da Cruz

Riacho de Santana

Riachuelo

Rio do Fogo

Rodolfo Fernandes

Ruy Barbosa

Santa Maria

Santana do Matos

São Bento do Norte

São Fernando

São Francisco do Oeste

São Gonçalo do Amarante

São José de Mipibu

São Miguel

São Miguel do Gostoso

São Paulo do Potengi

São Pedro

São Rafael

São Tomé

São Vicente

Senador Elói de Souza

Serra do Mel

Serrinha dos Pintos

Severiano Melo

Sítio Novo

Taboleiro Grande

Taipu

Tenente Ananias

Tenente Laurentino Cruz

Tibau

Touros

Triunfo Potiguar

Umarizal

Upanema

Venha-Ver

Viçosa

g1-RN

PM prende suspeito de atentado em Batalhão de Natal


A Polícia Militar do Rio Grande do Norte capturou um homem foragido da Justiça com sentenças condenatórias acima de 30 anos de reclusão, em uma residência, no bairro Planalto, em Natal, na manhã deste sábado (4). O foragido também é suspeito de ter participado do atentado contra o 1º Batalhão da Polícia Militar, na Zona Leste da capital potiguar.

O suspeito foi encontrado após uma ação conjunta entre a Força-Tarefa de combate ao crime organizado do Sistema Único de Segurança Pública (FT-Susp/RN) de Mossoró e a Agência de Inteligência do 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM).
Rafael Douglas Ribeiro de Farias, mais conhecido por “Rafael da Burra” e “Faixa preta”, foi localizado por policiais militares do 9° BPM, em um imóvel, no bairro Planalto, Na Zona Oeste de Natal. Através de informações da Força Tarefa, uma operação de rastreamento foi iniciada e os policiais militares tiveram a localização exata do criminoso, que tinha mandado de prisão em aberto por crimes de tráfico, entre outros. O foragido ainda foi flagrado com uma pistola de munição calibre 40.

O homem é condenado por diversos crimes, cujo as sentenças condenatórias superam os 30 anos de reclusão. Após a prisão, Rafael foi conduzido para Delegacia de Plantão da Zona Sul de Natal e está à disposição da Justiça.

A Força-Tarefa de combate ao crime organizado do Sistema Único de Segurança Pública (FT-Susp/RN) é composta pela Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Departamento Penitenciário Nacional, Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (SEAP) e a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social do RN (SESED).

96 FM

Popular é morto a tiros no Bairro Santo Antônio em Mossoró



O crime aconteceu por volta das 19h00min deste sábado 04 de março de 2023 ao lado da Escola Inalda Cabral no Bairro Santo Antônio em Mossoró no Rio Grande do Norte.

Um homem ainda sem identificação foi morto a tiros em via pública. A Polícia Militar está no local isolando o corpo. Já Já mais detalhes

Fim da linha 

Pai e filho são baleados por criminosos durante tentiva de assalto no Bairro Dom Jaime Câmara (Malvinas) em Mossoró no RN


A ocorrência foi registrada por volta das 10h00min deste sábado 04 de março de 2023 no Bairro Dom Jaime Câmara em Mossoró no Rio Grande do Norte.

De acordo com informações repassadas ào Blog Fim da Linha, pelo sargento Sabino do 12º Batalhão de Polícias Militar, Roldõ Carlos de Medeiros de 70 anos e seu filho Carlos Regis Nascimento Medeiros, 37 anos estavam trabalhando quando dois criminosos chegaram de moto e anunciaram o assalto.

Uma das vítima teria reagido a ação dos bandidos e um dos assaltantes atirou contra o pai e o filho. O pai foi atingido por um disparo na região do braço, enquanto que seu filho fopi alvejado na perna, porém, ambos estavam conscientes e fora de risco, recebendo os devidos atendimentos médicos.

Após os atendimentos preliminares, pai e filho foram encaminhados ào Hospital Tartcísio Maia, para melhor avaliação médica. Os dois criminosos fugiram após atirarem nas vítimas, em sentido ignorado. A Polícia Militar realizou diligências na região, mas não conseguiu localizar os assaltantes.


Fim da linha 

Preso do semiaberto monitorado por tornozeleira eletrônica é assassinado em frente de casa em Apodi no Oeste Potiguar


O preso do regime semiaberto, monitorado por tornozeleira eletrônica Francisco Railton da Costa, o “Gato”, foi assassinado a tiros na calçada de casa em Apodi na região oeste do Rio Grande do Norte. O crime aconteceu na manhã deste sábado 04 de março de 2023.

Segundo a Polícia Militar, que foi acionada para isolar o corpo, o “Gato” como era mais conhecido, estava sentado em uma cadeira de balanço na calçada de sua residência, quando foi surpreendido pelos desafetos, que atiraram possivelmente de escopeta calibre 12.

A vítima teve a cabeça e um dos braços estourados, em decorrência dos disparos. A Polícia informou que a vítima respondia na justiça por crime de tráfico de drogas (artigo 33 do Código Penal) e era condenado a prisão, mas estava no regime semiaberto monitorado eletronicamente. Ainda não há informações sobre a motivação do crime.

O corpo dele será removido após a realização de perícia e encaminhado ao IML da unidade do ITEP em Mossoró, para ser examinado. A Polícia Civil daquela cidade, deverá instaurar inquérito para investigar o crime e tentar chegar aos seus autores.

Fim da Linha 

Polícia Militar prende suspeito com meio quilo de maconha e cocaína durante abordagem em Upanema no Oeste Potiguar


A Guarnição da Polícia Militar de Upanema, sob o comando do sargento Erivan prendeu na noite desta sexta feira 03 de março, naquela cidade um homem suspeito de tráfico de drogas. Célio Peixoto da Costa, trafegava de moto em atitude suspeita quando foi abordado pelos policiais.

Ele ainda tentou fugir da abordagem, quando avistou a viatura, mas sem êxito. Na revista pessoal foram encontrados, um tablete de maconha, pesando aproximadamente 600 gramas e 04 petecas de cocaína.

A polícia suspeita de que aquele homem, que mora em Paraú, teria ido a Upanema comprar droga e revender em sua cidade. Após ser preso o suspeito em condições de flagrante delito, foi conduzido à Delegacia de Plantão em Mossoró, onde fivcou a disposição da Polícia Judiciária.

O inquérito por tráfico de drogas será instaurado pelo delegado de plantão Dr. Renato Oliveira e remetido ao delegado de Upanema, DPC Christiano Oton de Melo, que vai investigar a origem da droga naquela cidade.

Fim da linha



Suspeito de tráfico é baleado após tentar fugir de abordagem policial com simulacro de arma de fogo na mão


Policiais da Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (ROCAM 06) do 2º Batalhão de Polícia Militar, em patrulhamento, na tarde desta sexta feira 03 de março, nas imediações da Rádio Difusora no Bairros Pereiros, resolveram abordar alguns indivíduos que se encontravam no conhecido Beco do Pedregrau, em atitudes suspeitas.

De acordo com a polícia, o local é conhecido por ter pontos de venda de drogas. Três indivíduos ao avistarem a Guarnição, saíram correndo com armas em punho, momento esse que em virtude da eminente ameaça foram efetuados alguns disparos tendo dois dos indivíduos adentrado a uma área de mata nas proximidades da AeC, e um outro elemento foi detido pelos ROCANIANOS.

No momento da abordagem ao suspeito foi constatado que o mesmo estava de porte de uma arma tipo simulacro de pistola, com a indentifição do cano (ponta laranja) raspada, que faz com que a mesma seja idêntica a uma arma de fogo de verdade, que também foi encontrado com o mesmo algumas trouxinhas de maconha.


Os policiais constaram que o suspeito detido, identificado como Pedro Henrique Lopes da Silva, havia sido atingido na perna por um disparo, momento esse que de imediato foi prestado os devidos socorros ao ferido, tendo sido conduzido ao Hospital Tar5císio Maia e em seguida a Delegacia de Plantão juntamente com o simulacro e a droga apreendida e apresentado a autoridade policial para os procedimentos cabíveis.

03 março 2023

Motorista morre em acidente de caminhão na BR-226 no RN


 O condutor de um caminhão morreu em acidente na manhã desta sexta-feira (3), na BR-226, em Florânia, na altura da Serra da Garganta. O veículo, com semirreboque, tombou e a cabine do motorista ficou destruída. A rodovia está totalmente interditada em ambos os sentidos.

A Polícia Rodoviária Federal foi acionada ao trecho do acidente por volta das 9h da manhã. Segundo a PRF, a vítima, de 49 anos, estava só no veículo. 

Após a interdição total do trânsito no local, uma faixa foi liberada no sentido decrescente (Currais Novos - Natal). 


“Dia F” de vacinação contra a febre amarela acontece neste sábado no RN


O Rio Grande do Norte realiza neste sábado (4) o “Dia F” de vacinação contra febre amarela com o objetivo de oportunizar a vacinação e aumentar a cobertura vacinal contra a doença no Estado. A iniciativa está sendo realizada  por meio do Programa Estadual de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e foca tanto no público infantil quanto adulto.  

Segundo a pasta, crianças com 9 meses de idade podem tomar a primeira dose. Os menores de cinco anos devem receber uma dose de reforço, e a população de 5 a 59 anos precisa receber apenas uma dose da vacina. A Sesap recomenda, ainda, que os municípios realizem ações de sensibilização para expor a importância da imunização no combate à doença. 

A vacina da febre amarela está implantada no  Rio Grande do Norte  desde abril de 2022, disponível para toda a população de 9 meses a 59 anos de idade, exceto para pessoas em condições de imunização especial. Antes disso, o Estado contava com apenas 9% da população vacinada e atualmente esse percentual está em torno de 22%. A  expansão da vacinação de rotina a partir de 2020 no Brasil  veio como resultado  da maior circulação viral observada no país nas últimas décadas. 

Esquema vacinal da Febre Amarela 

9 meses de idade  - 1º dose

Menores de 5 anos - Uma dose de reforço 

 5 a 59 anos - uma dose da vacina 


Transmissão e sintomas 

A febre amarela é transmitida pela picada dos mosquitos infectados. No Brasil, o principal mosquito vetor da febre amarela silvestre é o Haemagogus. Na forma urbana da doença, o Aedes aegypti pode ser o transmissor. 

A Sesap reforça que os macacos não transmitem a doença para os humanos, mas quando estão infectados sinalizam que o vírus da febre amarela está circulando, ou seja, atuam como sentinelas para alertar a população da circulação do vírus em uma determinada área.

Os sintomas iniciais da doença incluem febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia, hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Tribuna do Norte



Suspeito de assassinar homem em barbearia é preso no interior do RN


 Um homem suspeito de tráfico de drogas e homicídio foi preso durante a manhã desta sexta-feira (3) em Mossoró, município localizado no interior do RN. Policiais civis da Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP/Mossoró), com apoio da Divisão de Polícia Civil do Oeste do Estado (DIVIPOE), deram cumprimento a dois mandados de prisão referentes ao crimes cometidos.

Segundo a Polícia Civil, as diligências foram realizadas no bairro Belo Horizonte, em Mossoró, e estão relacionadas à investigação do homicídio praticado no dia 08 de dezembro de 2022 contra João Paulo de Souza Rosário. Na ocasião, a vítima estava em uma barbearia, localizada na Av. Alberto Maranhão, quando foi atingida por disparos de arma de fogo. O trabalho da Polícia Civil contou com a colaboração dos cães Toby e Bella, ambos da raça cocker spaniel. 


O suspeito por homicídio, de 24 anos, também foi autuado em flagrante por tráfico de drogas. Em sua posse, foram encontrados e apreendidos: dinheiro fracionado, uma balança de precisão, e maconha. Ele foi encaminhado para o sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça. 

Tribuna do Norte 

'Brasil está diante de um aumento de violência contra a mulher', diz pesquisadora


 O Brasil está diante de um aumento de violência contra a mulher. Pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública por meio do Instituto Datafolha revelou que todas as formas de violência desse tipo cresceram no período recente. "Foram mais de 18 milhões de mulheres vítimas de violência no último ano. São mais de 50 mil vítimas por dia, um estádio de futebol lotado", afirma Samira Bueno, diretora executiva do Fórum.

Ao mesmo tempo, o estudo revela que uma a cada três mulheres brasileiras (33,4%) com mais de 16 anos já sofreu violência física e/ou sexual de parceiros ou ex-parceiros. O índice é maior que a média global, de 27%. "Isso mostra o quão disfuncionais e problemáticas são as relações sociais no Brasil, e o quanto temos que avançar pensando políticas públicas de proteção", diz Samira. Confira principais trechos da entrevista com a pesquisadora.


Qual foi o principal achado da pesquisa?


O primeiro ponto que vale destacar é o crescimento de todas as modalidades de violência contra a mulher no ano passado. A pesquisa é de 2023, mas diz respeito à violência sofrida ao longo de 2022. É um survey que a gente faz sobre vitimização e a gente pergunta sobre violências sofridas nos 12 meses que antecederam a pesquisa.


Como a gente está na quarta edição dessa pesquisa - a gente faz ano sim, ano não desde 2017 -, é o maior número. A gente está diante de um recorde de violência contra mulher em todas as modalidades: violência psicológica, sexual e física tiveram crescimento. Assédio sexual também. Foram mais de 18 milhões de mulheres vítimas de violência no último ano. São mais de 50 mil vítimas por dia, um estádio de futebol lotado.


Ainda que grande parte dessas mulheres não tome uma atitude (o estudo fala que cerca da metade das vítimas não toma nenhuma ação após a agressão), o Estado brasileiro teria capacidade para atender toda essa demanda?


Pouco menos da metade dessas mulheres vítimas de violência estão situadas nas capitais e regiões metropolitanas, e 52% residem no interior. A gente sabe que equipamentos especializados estão muito concentrados nas capitais. Então, mulheres que vivem no interior não têm uma rede de acolhimento como aquelas que vivem em grandes cidades. Menos de 10% dos municípios brasileiros têm delegacias da mulher, são pouco mais de 600 unidades (em São Paulo, são 140). É um número muito elevado de casos todos os dias, e, mais do que isso, a gente tem uma distribuição dos serviços necessários ao acolhimento dessas mulheres que é muito desigual.


Um outro dado importante do estudo é que um terço das mulheres brasileiras com 16 anos ou mais já sofreu violência física e/ou sexual por parceiros ou ex-parceiros em algum momento da vida. É a primeira fez que essa informação é levantada por vocês?


Sim, é a primeira vez que a gente faz essa pergunta. Esse número não existia antes nas nossas pesquisas, mas a gente se baseou em algumas questões de um survey da Organização Mundial da Saúde (OMS), que foi aplicado em mais de cem países, e aplicou no Brasil. Agora, a gente tem o porcentual de mulheres que sofreram violência física, sexual e psicológica ao longo da vida.


Esse último tipo, em geral, é até mais frequente, o que revela um pouco da magnitude do problema, e como isso é algo frequente. Quando se considera esses três tipos de violência, chega a 43% das mulheres. No recorte de violência física e sexual, foram 33% número maior que a média global, que é de 27%. Isso mostra o quão disfuncionais e problemáticas são as relações sociais no Brasil, e o quanto temos que avançar pensando políticas públicas de proteção dessas mulheres.


O que o fato de a violência vir do próprio parceiro ou ex-parceiro na maioria dos casos diz sobre como as relações se configuram no País?


A gente está falando de uma violência que tem uma herança em raízes culturais. Elas vêm justamente dessa ideia da mulher submissa, da mulher como propriedade do homem, uma ideia de uma sociedade ainda machista e patriarcal, que considera essa desigualdade entre homens e mulheres algo normal.


Não é à toa que a gente vê que as mulheres divorciadas estão tão mais expostas à violência do que mulheres casadas ou solteiras. É muitas vezes no momento de essa mulher tentar romper com a violência em que esse homem se torna mais agressivo. A maior parte dos casos que a gente tem visto nos últimos tempos, inclusive, decorre desse tipo de comportamento por parte do agressor. O gatilho, muitas vezes, é a separação ou quando essa mulher passa a se relacionar com outra pessoa (após o término) e o ex-parceiro não aceita.


Os dados indicam que no último ano aumentou a procura das vítimas por delegacias da mulher (saltou de 11,8% dos casos, na pesquisa de 2021, para 14%, na de agora). Esse ímpeto de buscar ajuda é um ponto positivo?


Com certeza. A pesquisa traz algumas contradições. Por um lado, a gente tem o crescimento dessa procura por delegacias da mulher que são espaços especializados, o que é importante, já que a gente está falando de mais mulheres encorajadas a buscar o Estado.


Por outro, quando a gente pergunta para eles o porquê de não terem procurado a polícia, a gente também tem um porcentual significativo de mulheres que dizem que não achavam que a polícia fosse capaz de oferecer uma solução para aquele problema e de mulheres que achavam que não tinham provas suficientes. Essa contradição consiste em essa mulher achar que há uma certa transferência de responsabilidade, em que ela tem que produzir a prova. Em resumo, as mulheres dizem que procuram a polícia para punir o autor da violência de forma mais severa, mas ao mesmo tempo existe uma certa desconfiança nesse aparato institucional.


O que dizer sobre o perfil dessas vítimas?


A violência contra a mulher é muito "democrática", no sentido de que ela atinge mulheres de todas as classes sociais, de todas as raças e etnias etc. Mas tem grupos que são mais vulneráveis, como mulheres com baixa escolaridade (em geral, com ensino fundamental apenas), pretas e pardas, e que recebem até dois salários mínimos.


Quando a gente vai olhar o tipo de violência, às vezes a gente encontra algumas matizes que diferenciam um pouco. Por exemplo, mulheres jovens aparecem com mais frequência entre vítimas de violência sexual e psicológica. Já mulheres um pouco mais velhas acima dos 30 anos, aparecem mais frequentemente como vítimas de violências físicas, especialmente aquelas mais graves, como espancamento e ameaça com arma de fogo.


Esse padrão se manteve no último ano?


Sim, o que coincide, em grande medida, com o perfil da vítima de feminicídio. Quando a gente analisa os registros, é essa mulher que mais aparece. Não que a mulher com ensino superior completo e que ganha que mais de cinco salários mínimos não sofra violência doméstica. Ela também sofre. Mas, até pela formação e pela renda, ela tem mais capacidade de buscar ajuda.


Como os dados de violência da pesquisa dialogam com estatísticas de crimes mais brutais, como feminicídio e estupro? Nesta semana dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) apontaram alta de estupro em janeiro no Estado. Há uma tendência de alta de crimes contra mulher?


O que a gente percebe, não só pelos dados de janeiro da SSP, mas de todo o ano passado, é que o Brasil está diante de um aumento de violência contra a mulher, seja da violência sexual, seja de feminicídios. Eles cresceram em São Paulo no ano passado. Homicídios dolosos de mulheres também cresceram no ano passado. E o nosso entendimento é que isso ainda vai crescer, porque a vitimização (objeto da pesquisa) e esses dados administrativos andam mais ou menos com uma mesma tendência. Quando a gente soltar o Anuário, a gente muito provavelmente vai mostrar crescimento de homicídios dolosos de mulher, feminicídios e estupros de modo geral.


O que a pesquisa revela, e aí a vitimização nos ajuda a olhar aquele caso que não chega ao Estado, já que a mulher não vai até a delegacia fazer o registro, é uma bússola para a gente olhar o que está acontecendo. Houve aumento de violência contra a mulher no ano passado. Nosso desafio é tentar entender o que foi determinante nesse período e o que fazer para interromper esse quadro.


Existia uma aposta muito grande que a gente da violência contra a mulher aumentaria durante a pandemia, porque era algo que estava sendo observado em vários países, mas que, passada a fase mais grave da pandemia, esses números recuariam. E, na verdade, os números cresceram após a pandemia. A gente está diante, de fato, de um agravamento. É um País que ficou mais inseguro para a mulher.


Esse foi até um alerta que o Fórum fez na divulgação do Anuário do ano passado, que, por mais que os feminicídios não tivessem tido alta, os casos de agressão estavam em uma crescente. Isso, de certa forma, cria uma tensão para esses crimes mais graves?


Exatamente. Na pesquisa, a gente chama atenção para os casos de perseguição, chamado stalking, e de ameaça com arma de fogo. Esses dois indicadores são dois fatores de risco para feminicídio. Se essas duas coisas estão crescendo, a gente sabe que tem mais armas em circulação na sociedade, é quase que questão de tempo.


Quando a gente vê tudo isso começando a crescer, infelizmente daqui a alguns meses os números da violência letal também começam a andar na mesma direção. Nesse caso, a gente nem está falando de um crescimento só de registros específicos de feminicídio, mas os homicídios dolosos contra mulheres estão crescendo também. Mais mulheres estão morrendo, assim como mais mulheres sendo agredidas fisicamente, sendo vítimas de perseguição, sendo ameaçadas.


Quais são as soluções possíveis a curto prazo? Aumentar o número de delegacias da mulher é um caminho?


Na pesquisa, a gente não coloca a criação de delegacias especializadas (como uma prioridade) no estudo, porque a conta não fecha. São tão poucas, considerando a dimensão do Estado brasileiro. Mas a gente aposta em outras sugestões.


A primeira é o fortalecimento das redes de acolhimento, principalmente por município e Estado. Assistente social, saúde, integração com outros serviços, como de polícia e Ministério Público... A mulher que foi vítima de violência precisa ter acesso a uma rede minimamente estruturada. Muitas vezes no interior isso não existe.


A segunda é ampliar investimento do Estado brasileiro nessa área. Um estudo do ano passado mostra que a gente teve o menor orçamento voltado por parte do governo federal na história. Antes de 2022, o pior tinha sido em 2021. E antes tinha sido o de 2022. A gente está numa redução, no mínimo, há uma década, dos valores empenhados. Sem dinheiro, você não faz política pública. A gente conecta isso inclusive com uma legislação que foi aprovada no ano passado que muda a Lei do Fundo Nacional de Segurança Pública. A partir de 2023, 5% dos recursos do fundo precisam ser aplicados em políticas de enfrentamento de violência contra a mulher. Os recursos vêm direito da Caixa Econômica Federal. Isso dá mais do que a gente teve nos últimos quatro anos somados, mas não adianta ter o dinheiro se não tiver por parte do governo federal uma diretriz clara de onde ele vai ser aplicado, para quem vai ser transferido, quais são os Estados prioritários.


Um terceiro ponto que vale destacar é a padronização de protocolos. Isso é uma outra coisa que o governo federal, especificamente o Ministério da Justiça, poderia fazer para não deixar a violência contra a mulher como algo restrito das delegacias especializadas. Assim como todo policial aprende a tirar, ele precisa saber atender a mulher vítima de violência.


O que São Paulo fez foi instalar salas 24 horas de delegacia da mulher pelo Estado para que policiais especializados atendam as vítimas...


Sim, essa mulher vai numa delegacia comum e pode ser atendido pela Central da Delegacia da Mulher, virtualmente. Se ela está numa delegacia comum, ela pode ser conectada por videoconferência com uma delegacia da mulher. Tem uma equipe que atende 24 horas, de plantão na cidade de São Paulo. É uma boa ideia. Não tem uma especializada na cidade que ocorreu a violência, mas tem uma delegada na capital que pode auxiliar no atendimento. Tem que pensar nessas medidas como complementares.


Estadão Conteudo